Opções são Derivativos. Logo que pensamos neste termo, nos vêm à cabeça aquela famosa frase de Warren Buffett: “Derivativos são armas de destruição em massa”.

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No fundo ele está correto. Como eu sempre ressalto aos meus alunos “opções são cemitério de malandro”.

Ou seja, quem usa opções de forma especulativa, para ganhar dinheiro rápido pode perder dinheiro mais rápido ainda.

Mas vamos dar um passo atrás.

É possível, para qualquer investidor, usar opções de forma 100% segura, desde que as utilize da maneira correta. Vamos entender então o que são opções e para o que servem.

Opções são consideradas derivativos porque são ativos financeiros que “derivam” das ações.

Assim, as opções da Petrobras derivam e são influenciadas pelos movimentos das ações da Petrobras (PETR4).

As opções foram originalmente criadas para fazer hedge e proteção de carteira de ações.

Depois disso, a inventividade humana fez surgir uma série de usos criativos paralelos para as opções.

Veja abaixo as formas de usar as opções no mercado financeiro e o nível de risco de cada modalidade.

Hedge de Carteira

Hedge de carteira são operações que visam travar ou limitar as perdas de posições acionárias a um custo de limitar também os ganhos.

A típica operação de Hedge busca a manutenção do valor patrimonial. Nestas operações o risco é zero, uma vez que o uso das opções não é especulativo

Seguro de Carteira

Na operação de seguro de carteira, o investidor busca proteção contra quedas na bolsa de valores.

As inúmeras operações de seguro utilizam opções conhecidas como PUTs (opções de venda).

São operações muito simples e indicadas até para investidores iniciantes.

Da mesma forma que as operações de hedge, o risco é zero.

Esse método eu ensino no meu Curso Seguro com Opções.

Remuneração de Carteira

Estas são operações conhecidas como venda coberta, na qual o investidor busca uma remuneração extra para a sua posição acionária de longo prazo.

Por exemplo: o investidor possui 10 mil ações do Banco do Brasil (BBAS3) e não pretende vender.

Desta forma sua única forma de rentabilizar estas ações é através dos dividendos que recebe anualmente.

Entretanto, usando esta estratégia de opções ele poderia mensalmente vender Opções CALLs do Banco do Brasil (opções de compra) para rentabilizar esta sua posição acionária em 0,5% a 1,0% ao mês.

Dessa forma, você turbina os seus dividendos de 6% a 12% por ano.

São operações com risco zero de perda patrimonial se feitas da forma correta e conservadora, pois são cobertas, protegidas, pelas ações que possuem.

Algumas destas operações, ensino no meu Curso Dividendos Turbinados.

Operações Estruturadas

Operações estruturadas são operações especulativas, mas que possuem um “risco controlado”.

Isso porque o investidor é capaz de calcular, à priori, a probabilidade de ganho e de perda da operação. As operações mais comuns são as Travas de Alta e Trava de Baixa.

Outras operações possuem nomes mais exóticos como: condor, borboleta, poor man, straddle, Strangle, etc.

Existem centenas, milhares de combinações possíveis em operações estruturadas.

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Trade com Opções

Trade com opções são operações de alto risco. Envolvem a compra de PUTS e CALLS

Por exemplo: Um trader acredita que as ações da Petrobras irão se valorizar.

Isso faz com que ele compre CALLs da Petrobras porque são ativos que têm maior exponencialidade que as ações.

Por exemplo: se a ação da Petrobras valoriza 5% em uma semana, uma CALL pode valorizar 100% ou mais na mesma semana e, assim, ele otimiza os seus ganhos.

Por outro lado, da mesma forma que os ganhos são maximizados, as perdas também são.

Se a ação da Petrobras não se valorizar, o trader pode perder todo o capital alocado na operação.

Venda de Opções a Seco

A venda de opções a seco é, sem dúvidas, a operação mais arriscada envolvendo opções. Trata-se da venda de Call e Puts sem cobertura, por isso o nome.

Por exemplo: O preço da ação da Petrobras (PETR4) está em R$ 33.

O especulador vende 10 mil opções (CALL de Petrobras por exemplo) apostando que o preço não vai passar de R$ 40 nos próximos 30 dias (até o dia do vencimento).

Ao vender as CALLs ele ganha o dinheiro no momento da venda, e isso é ótimo.

Contudo, o vendedor assume um compromisso de comprar a ação caso seu preço ultrapasse o valor determinado na “aposta” que ele fez, que foi de R$ 40.

Tecnicamente, nesse caso, dizemos que ele vendeu a CALL com Strike de R$ 40.

Chegando a data do vencimento, se o preço da PETR4 estiver acima de R$ 40, o especulador terá que desembolsar o valor de R$ 400 mil (por serem 10 mil opções) no momento do vencimento.

Apesar da operação dar certo na maioria das vezes, quando dá errado, as perdas podem ser ilimitadas, levando o investidor a perder todo seu patrimônio.

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Mercado de Opções: Operações Sem Risco

Como vimos, o mercado das opções é vasto e complexo. Existem operações sem risco e seguras que até mesmo o investidor iniciante pode utilizar sem sustos.

Por outro lado, outras operações trazem mais risco e complexidade. São operações que eu não recomendo e particularmente evito usar.

Conheço muito investidor experiente que já “quebrou” operando opções de forma indevida, então todo cuidado é pouco.

Aqui, vale a mensagem:

Não acredite em “promessas” de lucros fáceis, mas não deixe que esses casos te causem medo e te impeçam de usar opções que, quando aplicadas da maneira correta, são ferramentas magníficas de remuneração e proteção de carteira.

Todo investidor de longo prazo deveria usar opções no seu dia a dia, pois com as estratégias corretas, além de proteger a carteira podem representar um incremento de 50% a 100% dos dividendos pagos por suas ações.

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