Entender o que é IGP-M e como esse índice afeta a subida de preços de bens e serviços é essencial para avaliar o mercado financeiro e investir melhor seu dinheiro.

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As variações do IGP-M afetam diretamente seu bolso. Quando o indexador se eleva, o dinheiro vale menos. Numa baixa, o sentido é inverso.

O impacto das variações no índice é parte do seu dia-a-dia. Aumentos na tarifa de energia elétrica e correções no valor do aluguel são exemplos.

Conhecer a movimentação do IGP-M é de interesse geral, pois afeta a todos os brasileiros, mas para quem busca maneiras de investir melhor o dinheiro essa informação é fundamental.

Entender como se dá o cálculo e os títulos atrelados a ele garante uma análise de mercado mais completa, impactando sua estratégia de alocação de ativos.

“Existem dois principais fatores de retorno da classe de ativos: inflação e crescimento.” Ray Dalio, investidor bilionário e fundador da Bridgewater Associates.

E então? Está pronto para aprender tudo sobre IGP-M e sua relação com o poder aquisitivo e o mercado financeiro?

Você vai descobrir tudo o que precisa sobre IGP-M para avaliar os melhores investimentos do mercado ainda hoje:

  • O que é IGP-M;
  • Como é calculado;
  • Para que serve;
  • Como calcular o reajuste do aluguel;
  • O que é IGP-M acumulado;
  • Qual é o IGP-M acumulado em 2019;
  • Qual é o IGP-M acumulado em 2018;
  • Quais são os investimentos influenciados;
  • A diferença entre IGP-10, IGP-DI e IGP-M.

Leia até o final e entenda como o IGP-M afeta seu bolso e seus investimentos! 

O que é IGPM - Índice Geral de Preços do Mercado?

IGP-M, ou Índice Geral de Preços do Mercado, é um indicador econômico que acompanha as variações de preços e mensura a inflação e a atividade econômica no país. 

O objetivo é servir como indexador para atualização de preços em aluguéis, energia elétrica e outras tarifas.

Para quem investe, conhecer o IGP-M é essencial. Acompanhando os índices, é possível diminuir riscos de aplicações e avaliar o momento mais adequado para a compra de certos títulos.

O IGP-M é semelhante ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) na periodicidade de cálculo, que é mensal, e quanto a ser um indexador de inflação. 

No entanto, há grandes diferenças entre eles.

O IPCA é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e serve como indexador para grande parte dos investimentos de renda fixa.

É focado no consumidor final. Representa o consumo de famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos.

O IGP-M é calculado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Leva em consideração uma composição de índices, o que o distingue do foco do IPCA. De fato, apenas 30% de seu valor é composto pelos preços ao consumidor.

Assim, o cálculo do IGP-M independe do Governo e é encarado pelo mercado financeiro como um cálculo mais realista da inflação.

Como é Calculado o IGP-M

O cálculo do IGP-M é feito a partir de três índices que recebem diferentes pesos: 

  • 60% – Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA);
  • 30% – Índice de Preços ao Consumidor (IPC);
  • 10% – Índice Nacional de Custo de Construção (INCC).

Tais pesos foram atribuídos em correspondência com a distribuição dos gastos que se observam nas Contas Nacionais, que informam sobre geração, distribuição e uso de renda no país. 

É interessante conhecer o que cada um dos índices representa para compreender a amplitude do cálculo do IGP-M. 

IPA – Índice de Preços ao Produtor Amplo

Este índice registra a variação de valores em produtos industriais e agropecuários em transações anteriores ao consumo final, entre as empresas. 

Criado em 1947, o IPA foi inicialmente batizado como Índice de Preços por Atacado, mas recebeu a atual nomenclatura em abril de 2010. 

A mudança no significado da sigla tem a ver com modificações estruturais da economia e formas de comercialização, que alteraram a função principal da taxa. 

Há algumas décadas, era o indexador dos títulos do Tesouro Nacional. Hoje, a principal utilidade é ser um índice de valores de venda praticados entre produtores

IPC – Índice de Preços ao Consumidor

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avalia o poder de compra do consumidor no Brasil. 

Para isso, mensura a variação de preços em despesas familiares habituais, como alimentação, moradia, vestuário, educação, saúde, lazer e outros

A pesquisa de preços do IPC é feita entre famílias com renda de 1 a 33 salários mínimos, de forma contínua e diária, em sete capitais do país: 

  • São Paulo;
  • Rio de Janeiro;
  • Belo Horizonte;
  • Recife;
  • Salvador;
  • Porto Alegre;
  • Brasília. 

INCC – Índice Nacional de Custo de Construção

O Índice Nacional de Custo de Construção foi idealizado para medir a evolução de custos na construção civil, especificamente na moradia. 

Criado em 1944, a primeira divulgação ocorreu em 1950. Até 1985, somente eram mensurados custos no Rio de Janeiro.

Em busca de dados mais relevantes, a pesquisa foi feita em 20 capitais distintas. Atualmente, a coleta de dados é feita nas mesmas sete capitais avaliadas no IPC. 

Os cálculos do IGP-M são feitos pela FGV com esses índices e pesos determinados, entre o 21º dia de um mês e o 20º dia do mês seguinte. 

A divulgação acontece segundo o Calendário de Divulgação da IBRE (Instituto Brasileiro de Economia), a divisão da Fundação Getúlio Vargas responsável pela pesquisa. 

Para que Serve o IGP-M

O IGP-M é um medidor de inflação. Como tal, avalia o poder de compra da população brasileira.

No entanto, esse índice tem usos práticos, no dia-a-dia não só de consumidores mas também de quem está investindo: 

  • Correção de valores em contratos de aluguel;
  • Aumento de preços de bens e serviços, como energia elétrica e telefonia;
  • Reajuste de investimentos, como Debêntures e Títulos do Tesouro Direto.

De fato, se você se preocupa em investir melhor seu dinheiro, deve avaliar o IGP-M em conjunto com outros indexadores para prever o comportamento do mercado e otimizar os ganhos. 

Quando o IGP-M aumenta, indica não apenas que o poder de compra caiu, mas que existe instabilidade na economia. 

Isso afeta o dinheiro porque reflete a desconfiança do mercado em relação ao futuro. Assim, as decisões tomadas pelo investidor precisam levar em conta esse movimento. 

Em 2018, o IGP-M fechou em média de 7,55%. 

Quem fez um contrato de aluguel no valor de R$1 mil, em janeiro deste ano, passou a pagar o valor de R$ 1.075,50 em janeiro de 2019. 

Como Calcular o Reajuste do Aluguel?

Para saber como calcular o reajuste do aluguel corretamente, basta conhecer o IGP-M do período e fazer um cálculo de soma entre o valor inicial e essa porcentagem. 

No exemplo utilizado acima, de um contrato iniciado em janeiro de 2018, no valor de R$ 1 mil, o cálculo foi o seguinte: 

R$ 1.000,00 x 7,55%= R$ 1.075,50

Foi utilizada a média anual do IGP-M, pois se considerou a data de aniversário em janeiro. 

O aniversário do contrato é a data da assinatura e entrega de chaves. Não a confunda com a data de pagamento, nem sempre idêntica. 

Conhecer a data de aniversário é imprescindível. É através do IGP-M acumulado entre o início da locação e o aniversário (ou entre eles) que o cálculo será feito.

A maneira mais prática de efetuar o cálculo é através da ferramenta de Correção de Valores do Banco Central, dentro da Calculadora do Cidadão. 

Para utilizá-la corretamente, siga o passo a passo: 

  1. Acesse a Calculadora do Cidadão;
  2. Selecione a correção de valores por índices de preços;
  3. Em “Data inicial”, insira a data de início da locação para a primeira correção, ou a data de aniversário do contrato no ano anterior para as seguintes; 
  4. Em “Data final”, complete a data de aniversário do contrato no ano corrente;
  5. Em “Valor a ser corrigido”, insira o valor do aluguel acordado no contrato, ou o valor atual quando já existiu correção prévia. 
  6. Clique na opção “Corrigir Valor”. 

A ferramenta retornará os detalhes sobre o cálculo e o valor corrigido. 

A correção de financiamentos de imóveis não segue o mesmo parâmetro. Normalmente, o reajuste é feito através de um outro indicador, a taxa TR (Taxa Referencial). 

O que é IGP-M Acumulado?

O IGP-M acumulado é a combinação do índice ao longo de um período.

O raciocínio do cálculo é o mesmo dos juros compostos, em que o valor aplicado acumula seguidamente. Veja um exemplo: 

Em janeiro de 2019, o índice marcou 0,01% e, em fevereiro, 0,88%. Essas taxas devem ser multiplicadas da seguinte forma: 

1,0001 X 1,0088= 1,00890088

O resultado significa 0,89% de IGP-M acumulado até aquele momento. 

A taxa em março foi de 1,26%, elevando o acumulado a 2,16%, e assim sucessivamente, como se pode ver na tabela mais abaixo. 

É conveniente verificar as altas e baixas do índice mês a mês, além do acúmulo nos últimos 12 meses. 

Isso facilita a análise da variação entre o final de um ano e o começo do seguinte, por exemplo. 

IGP-M Acumulado 2019

A responsabilidade pela coleta de dados, cálculo do IGP-M e divulgação de dados é da Fundação Getúlio Vargas, através do IBRE. 

A divulgação de dados é feita mensalmente, em data programada pelo Instituto em seu calendário. 

Acompanhe os valores de perto através da tabela IGP-M mensal:

IGP-M - Índice Geral de Preços do Mercado 2019

Mês/AnoÍndice do mês (%)Índice acumulado no ano (%)
Jan/20190,010,01
Fev/20190,880,89
Mar/20191,262,1613
Abr/20190,923,1012
Mai/20190,453,5651
Jun/20190,804,3937
Jul/20190,404,8112
Ago/2019-0,674,109
Set/2019 -0,014,099
Out/2019 0,684,806
Nov/2019 0,305,121

Fonte: IBRE

IGP-M Acumulado 2018

Já os valores do IGP-M em 2018 foram:

IGP-M - Índice Geral de Preços do Mercado 2018

Mês/AnoÍndice do mês (%)Índice acumulado no ano (%)
Jan/20180,760,76
Fev/20180,070,83
Mar/20180,641,47
Abr/20180,572,05
Mai/20181,383,46
Jun/20181,875,39
Jul/20180,515,93
Ago/20180,706,67
Set/20181,528,29
Out/20180,899,26
Nov/2018-0,498,71
Dez/2018-1,087,55

Fonte: IBRE

IGP-M Acumulado

Você pode consultar os dados do IGP-M no histórico abaixo:


JanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDezAcumulado
1989-----19,6835,9136,9139,9240,6440,4847,13805,76%
199061,4681,2983,9528,355,939,9412,0113,6212,8012,9716,8618,001.699,87%
199117,7021,029,197,817,488,4813,2215,2514,9322,6325,6223,63458,38%
199223,5627,8621,3919,9420,4323,6121,8424,6325,2726,7623,4325,081.174,67%
199325,8328,4226,2528,8329,7031,4931,2531,7935,2835,0436,1538,322.567,34%
199439,0740,7845,7140,9142,5845,214,333,941,751,822,850,84869,74%
19950,921,391,122,100,582,461,822,20-0,710,521,200,7115,23%
19961,730,970,400,321,551,021,350,280,100,190,200,739,18%
19971,770,431,150,680,210,740,090,090,480,370,640,847,73%
19980,960,180,190,130,140,38-0,17-0,16-0,080,08-0,320,451,78%
19990,843,612,830,71- 0,290,361,551,561,451,702,391,8120,10%
20001,240,350,150,230,310,851,572,391,160,380,290,639,95%
20010,620,230,561,000,860,98 1,481,380,311,181,100,2210,37%
20020,36 0,060,090,560,831,541,952,322,403,875,193,7525,30%
20032,332,281,530,92- 0,26- 1,00- 0,420,381,180,380,490,618,69%
20040,880,691,131,211,311,381,311,220,690,390,820,7412,42%
20050,390,300,850,86 - 0,22- 0,44- 0,34- 0,65-0,530,600,40- 0,011,20%
20060,920,01- 0,23- 0,420,380,750,180,370,290,470,750,323,84%
20070,500,270,340,040,040,260,280,981,291,050,691,767,74%
20081,090,530,740,691,611,981,76-0,320,110,980,38-0,139,80%
2009-0,440,26-0,74 -0,15-0,07-0,10-0,43-0,360,420,050,10-0,26-1,71%
20100,631,180,940,771,190,850,150,771,151,011,45  0,6911,32%
20110,791,000,620,450,43-0,18-0,120,440,650,530,50-0,125,09%
20120,25-0,060,430,851,020,661,341,430,970,02-0,030,687,81%
20130,340,290,210,150,000,750,260,151,500,860,290,605,52%
20140,480,381,670,78-0,13-0,74-0,61-0,270,200,280,980,623,67%
20150,760,270,981,170,410,670,690,280,951,891,520,4910,54%
20161,141,290,510,330,821,690,180,150,200,16-0,030,547,19%
20170,640,080,01-1,10-0,93-0,67-0,720,100,470,200,520,89-0,53%
20180,760,070,640,571,381,870,510,701,520,89-0,49-1,087,55%
20190,010,881,260,920,450,800,40-0,67-0,010,680,30-5,12%

Fonte: IBRE

Investimentos Influenciados pelo IGP-M

Além de sua função quanto ao reajuste de aluguéis ou tarifas de serviços, existem várias outras aplicações que sofrem influência do IGP-M. 

Tesouro IGP-M+ (NTN-C)

O tesouro IGP-M+, conhecido como NTN-C, é um título público do Tesouro Direto indexado pelo IGP-M e acrescido de juros pactuados na compra. 

Esse título não é mais comercializado pelo Tesouro Direto, mantendo-se disponível apenas no mercado secundário. 

Hoje, os títulos disponíveis são atrelados à Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) ou ao IPCA. 

Existem dois motivos para essa descontinuidade: favorecer o investidor quanto aos tributos e adaptar os prazos da dívida pública do país, evitando riscos de refinanciamento. 

A questão tributária tem a ver com a tabela regressiva do Imposto de Renda, cuja alíquota inicia em 22,5% e regride até 15% após 720 dias de investimento. 

Assim, títulos com prazo inferior a dois anos são retirados do mercado para assegurar que a alíquota possa ser a menor possível ao se manter os papéis até o vencimento. 

Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI)

CRI, ou Certificado de Recebíveis Imobiliários, é um título emitido por empresas privadas e negociado por securitizadoras. 

O objetivo é conseguir fundos para financiar operações no mercado imobiliário. 

São títulos de renda fixa, em que a compra funciona como um empréstimo ao emissor, em troca de juros. 

Existem 3 tipos de CRI, segundo a rentabilidade: 

  • Prefixado: se sabe o valor a receber no momento da contratação;
  • Pós-fixado: a remuneração varia de acordo com indexadores, como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário);
  • Híbrido: combina parte da rentabilidade atrelada à taxa prefixada e parte a um indexador, como o IGP-M. 

Letra de Crédito Imobiliário (LCI)

A Letra de Crédito Imobiliário é um título emitido por bancos, como forma de captar recursos para financiar operações no ramo de imóveis. 

São aplicações de renda fixa, livres de Imposto de Renda e garantidas pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) até o valor de R$ 250 mil por CPF e emissor. 

O IGP-M é um dos indexadores utilizados para calcular a rentabilidade das LCI no tipo híbrido. 

Para conhecer mais sobre as características desse investimento, recomendo a leitura do artigo Letra de Crédito Imobiliário (LCI): como ter os melhores ganhos livres de impostos. 

Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)

Com um funcionamento muito semelhante ao da Letra de Crédito Imobiliário, a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) visa reunir capital para investimento no ramo que lhe dá o nome. 

Da mesma forma que na LCI, estes títulos contam com isenção de tributos e a garantia do FGC. 

Além disso, o IGP-M pode ser o indexador utilizado para calcular a rentabilidade de LCA do tipo híbrido. 

Debêntures

Debêntures são investimentos em que seu dinheiro financia uma empresa privada. Em contrapartida, você recolhe juros sobre o valor aplicado. 

São emitidas com a finalidade de garantir dinheiro em caixa para a empresa em questão, ou mesmo apostar no desenvolvimento de operações. 

As Debêntures são a forma pela qual empresas privadas podem acessar o capital de pessoas que desejam investir sem comercializar suas ações. 

O IGP-M afeta a rentabilidade de Debêntures do tipo híbrido, cuja taxa prefixada é somada a um indexador. 

Fundos Imobiliários (FII)

Fundos Imobiliários são grupos de pessoas que reúnem capital para investir no ramo de imóveis. 

É uma excelente maneira de aproveitar as vantagens do mercado imobiliário sem incorrer no risco de liquidez que a compra de um imóvel pessoalmente significa. 

Melhor investimento do momento para quem busca receber aluguéis e contar com renda extra mensal, os FII não são uma aplicação atrelada ao IGP-M. 

Porém, certos fundos imobiliários corrigem os aluguéis mensais pelo indexador. 

Dividendos

Dividendos são porcentagens do lucro de uma empresa, divididas entre os acionistas. 

A relação com o IGP-M se dá pelo impacto do indexador sobre os lucros de certas empresas. Assim, um aumento na taxa significa aumento nos pagamentos de dividendos. 

Um exemplo é a TAESA (TAEE11), Transmissora Aliança de Energia Elétrica. No terceiro trimestre de 2018, a empresa registrou 87,6% de  crescimento da receita em relação ao mesmo período de 2017. 

Esse aumento ocorreu devido à influência do IGP-M superior registrado no trimestre em questão, e foi repassado aos acionistas. 

Qual a Diferença entre IGP-M, IGP-10 e IGP-DI?

A principal diferença entre as três versões do Índice Geral de Preços (IGP) é o período de coleta de informações para o cálculo, como detalharei a seguir. 

Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10)

O IGP-10 começou a ser divulgado em 1993. No cálculo, são medidas as evoluções de preços entre o 11º dia do mês anterior e o 10º dia do mês de referência. 

Trata-se de um indicador que representa a evolução dos preços nesse período. É utilizado para a correção de certas tarifas públicas, por exemplo. 

Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI)

O IGP-DI é divulgado desde 1947 e tem período de coleta de dados entre o primeiro e o último dia do mês de referência. 

Este índice é utilizado para correção de preços e contratos de aluguel, porém tem função específica: é empregado no cálculo do PIB (Produto Interno Bruto) e Contas Nacionais

Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M)

O IGP-M passou a ser calculado em maio de 1989. O período de coleta de dados é entre o 21º dia do mês anterior e o 20º dia do mês de referência. 

Além do período, o que o diferencia das demais versões é o fato de contar com apurações prévias, divulgadas antes de seu fechamento

As prévias - chamadas de decêndios - trazem resultados parciais do índice, baseados em coletas realizadas em períodos de 10 dias. 

O primeiro decêndio apresenta dados coletados entre os dias 21 e 30 do mês precedente, e o segundo traz os dados dos dias 1º ao 10º do mês de referência. 

O terceiro decêndio corresponde ao próprio índice, em seu fechamento. 

Dúvidas sobre IGP-M

Até aqui você aprendeu o que é IGP-M e como esse índice influencia contratos de aluguel, aumento de tarifas de serviços e investimentos. 

É possível que dúvidas tenham surgido e respondo-as de forma direta agora. 

Qual a diferença entre IGP-M e IPCA?

A diferença mais considerável entre o IGP-M e o IPCA são os dados utilizados para sua formação. 

Enquanto o IPCA representa os gastos do consumidor amplo, o IGP-M considera um conjunto de índices para sua composição.

No IGP-M, os preços ao consumidor representam apenas 30% da composição. Os preços para produtores têm peso de 60% no cálculo e o custo de habitação ocupa os restantes 10%.

Além disso, o IPCA é calculado pelo governo, através do IBGE. O IGP-M é calculado de maneira independente, pela FGV.

Isso faz com que o IGP-M seja encarado pelo mercado como um índice de inflação mais realista, ademais de constatar oscilações mais frequentes. 

Quem faz o cálculo do IGP-M?

O cálculo do IGP-M é feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), uma unidade da Fundação Getúlio Vargas. 

Fundado em 1951, o IBRE desenvolve uma série de estudos sócio-econômicos, pesquisa e análise, destacando os índices de preços, indicadores de tendência e ciclos de negócios. 

Como é reajustado o meu aluguel?

A maior parte dos contratos de aluguel é reajustado através do IGP-M acumulado no período de um ano a partir da assinatura do contrato, ou entre aniversários. 

Para isso, se leva em consideração a data de assinatura do contrato e entrega de chaves. 

Qual o reajuste de aluguel em 2019?

Depende da data de aniversário do contrato, já que o IGP-M acumulado no período varia em relação a isso. 

Um contrato com aniversário em maio, por exemplo, receberá um reajuste de 9,14%. Um outro, com aniversário em agosto, será reajustado em 5,69%.

Como aumentar o meu o aluguel?

O aumento deve ser pactuado em contrato, utilizando um índice para tanto. O IGP-M é o mais utilizado. 

O aumento de aluguel é lícito, de acordo com a legislação. No entanto, existem limitações para tal, que precisam ser seguidas. 

A melhor maneira de investir em imóveis e receber aluguéis é aplicar em fundos imobiliários

Aplicando em Fundos, você diminui os riscos de liquidez e inadimplência e acessa empreendimentos de maior porte com pouco dinheiro, em alguns casos com menos de R$ 2 mil.

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Conclusão

Compreender o IGP-M e seu impacto sobre preços e rendimento de aplicações é essencial para quem se preocupa com o efeito da inflação sobre o patrimônio. 

O índice é composto por preços praticados entre empresas, valores de bens e serviços ao consumidor final e custos com moradia. 

Tal característica o torna um indexador mais realista que o IPCA ou a Taxa Selic, sendo uma informação relevante para análise de mercado focada em otimizar ganhos. 

O IGP-M não é apenas um índice utilizado para o reajuste de aluguéis, mas um avaliador panorâmico do poder de compra do brasileiro, independentemente de sua renda. 

Além disso, conhecê-lo faz muito sentido para planejar variações em sua estratégia de alocação de ativos! 

Restaram dúvidas sobre o IGP-M? Deixe-as nos comentários! Quem sabe eu possa ajudar. 

Infográfico IGP-M

O que é IGP-M e como funciona