O mercado financeiro passou por mais um estresse ao ver o nome do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega integrando a equipe de transição do governo eleito.
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Mantega, nomeado para a equipe de Planejamento e Orçamento, esteve no governo desde o segundo mandato de Lula e no primeiro de Dilma, sendo um dos maiores entusiastas ao que se convencionou chamar de Nova Matriz Econômica.
O projeto, um tanto quanto faraônico com desonerações a grupos empresariais específicos, redução forçada da taxa de juros e aumento da carteira de crédito via bancos públicos ameaçou a institucionalidade do tripé macroeconômico e colocou o país em uma séria recessão a partir da segunda metade de 2014, manchando o nome do ministro.
Na última quinta-feira (10), o mercado financeiro viu todo um filme passando pela cabeça.
No dia seguinte, o próprio Mantega veio a público dizer que não será ministro.
O mercado de ações e de câmbio vem se acalmando desde então.
Outros nomes confirmados, como Pérsio Arida e André Lara Resende, fazem um contrapeso na turbulência por serem nomes bastante amigáveis ao mercado.
O grande problema até aqui é que o governo eleito tem nomeado muito, mas falado pouco.
Para além da conversa de palanque, ainda não há clareza de qual será a diretriz econômica e quem de fato integrará os cargos estratégicos nas pastas econômicas.
Há muita retórica e pouca sinalização prática.
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Esse ambiente aumenta a percepção de risco e já vimos uma significativa abertura na curva de juros.
Títulos indexados à inflação pagando 6% ao ano de juros reais se tornam oportunidades atrativas.
Os próprios títulos pós-fixados ainda oferecem um bom carrego sem correr absolutamente nenhum risco.
Enquanto isso, nossos analistas enxergam oportunidades gritantes na bolsa de valores brasileira.
Claro, há de se ter distinção, pois vários setores estão enfraquecidos.
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