Os riscos dos investimentos são um dos pontos mais avaliados pelos investidores, podendo ser maior ou menor, dependendo do tipo de investimento.

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Risco é um conceito relacionado a perigo, incerteza ou insucesso de um evento futuro que não depende exclusivamente da vontade dos interessados.

Isso vale para tudo na vida, inclusive para o mercado financeiro.

Todo investimento tem riscos. Em menor ou maior grau, sempre existe a chance de que alguma ocorrência impacte negativamente nos resultados.

Porém, em todos os casos, existem formas de lidar com os riscos dos investimentos, minimizá-los e até mesmos aproveitar deles.

Mas para isso, é preciso conhecê-los e traçar estratégias para enfrentá-los, tomando uma decisão mais consciente.

“O risco vem de não saber o que está fazendo.”Warren Buffett.

Entenda o que é o risco dos investimentos e como reduzi-lo ao máximo.

Neste post você vai ver:

  • Tipos de risco;
  • Investimentos sujeitos a ele;
  • Como evitá-lo e/ou amenizá-lo.

Então, você está pronto para conhecer os principais riscos dos investimentos e como mitigá-los?

O que são os Riscos dos Investimentos

No mundo dos investimentos, o risco está relacionado com a incerteza do retorno.

Ou seja, no futuro você pode não ganhar aquilo que esperava no momento em que decidiu fazer o investimento.

Esse receio pode se concretizar com um retorno abaixo do esperado, nenhum retorno ou até a perda do capital inicial.

Todo investimento possui algum nível de risco, portanto, deve-se avaliar o risco como uma variável importante na hora de escolher onde investir.

As aplicações em renda fixa, por exemplo, são conhecidas por oferecerem maior segurança ao investidor.

Estas apresentam baixa volatilidade e grande parte dos investimentos conta com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Já a renda variável está sujeita a maiores riscos, mas também possibilita ganhos maiores.

Fatores como os riscos dos investimentos, rentabilidade e liquidez (tripé dos investimentos) são fatores fundamentais a serem considerados na hora de investir.

A escolha dos melhores investimentos depende do perfil de investidor para uma escolha mais consciente de acordo com seus objetivos, tolerância ao risco e entendimento do mercado.

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Tipos de Riscos dos Investimentos

Os riscos dos investimentos são classificados em dois grandes grupos: os riscos sistemáticos e os não sistemáticos.

O investidor que possui conhecimento sobre estes dois conceitos consegue montar uma carteira de investimentos protegida contra qualquer situação do mercado.

Veja como o risco diversificável (não sistemático) e o risco não diversificável (sistemático) afetam a rentabilidade e a segurança dos seus investimentos.

Risco sistemático

O risco sistemático, ou sistêmico, é aquele que afeta a economia de uma forma geral.

Ou seja, é o risco ao qual não apenas um ou outro ativo está sujeito, mas todo o sistema e empresas que estão inseridas.

Um exemplo seria um colapso no sistema financeiro ou de capitais que afete toda a economia brasileira.

Obviamente, algumas empresas ou setores sofrerão mais ou menos que outras, mas de uma forma ou de outra, todos os componentes deste sistema serão afetados.

O risco sistemático também é conhecido também como risco não diversificável, uma vez que ele não pode ser anulado, a não ser que o investidor tenha recursos para aplicar fora daquele sistema.

Porém, alguns países possuem um risco sistemático maior que outros.

Quando comparamos o Brasil e os Estados Unidos, por exemplo, o EUA é um país com uma economia já consolidada e uma moeda forte.

Portanto, a percepção de risco sistemático nos EUA é menor que a no Brasil.

Alguns fatores que influenciam o risco sistemático são:

  • Queda acentuada do PIB;
  • Crise política;
  • Insegurança jurídica no país.

Em alguns casos o risco sistemático pode ultrapassar as fronteiras e influenciar toda a economia global.

Um exemplo disto foi a crise de 2008, que começou mercado imobiliário dos EUA, mas teve impacto em todo o mundo e recentemente a pandemia do coronavírus.

Risco não sistemático

O risco não sistemático, ou não sistêmico é localizado. Ou seja, diferente do primeiro, ele não afeta todo o sistema, mas sim determinado segmento do mercado.

Nesse caso, a diversificação na carteira de investimentos já seria capaz de minimizar os riscos dos investimentos.

Existem diferentes riscos não sistêmicos que variam de acordo com o fator que o origina. Os principais são:

  • Risco de mercado;
  • Risco de liquidez;
  • Risco de crédito.

Risco de Mercado

O risco de mercado refere-se à possibilidade de o investidor perder dinheiro em função das oscilações no mercado financeiro, seja na taxa de juros, câmbio, ou do mercado acionário.

Esse tipo de risco é medido pela diferença entre o desempenho de um investimento e alguma referência, como a variação do CDI ou do Ibovespa.

Os investimentos da renda variável são os mais impactados, porém, todos os investimentos possuem certa volatilidade.

Como amenizar o risco de mercado

A melhor forma de reduzir o risco de mercado é diversificar seus investimentos entre diferentes classes de ativos.

Assim, além de diminuir as chances de perda, é possível maximizar o retorno, já que investimentos não correlacionados reagem de maneiras diferentes.

Risco de Liquidez

Liquidez é a facilidade de converter um ativo em dinheiro sem perda de valor. Quanto mais rápida essa conversão, maior é a liquidez do investimento.

Portanto, o risco de liquidez é o perigo de não obter o dinheiro do investimento quando precisa.

Os investimentos podem ter diferentes tipos de liquidez, podendo ser diária ou podem ter prazo para resgate e demorarem alguns dias para serem negociados.

A poupança e Tesouro Selic são conhecidos pela sua alta liquidez, já que permitem fazer saques no mesmo dia (D+0) ou no seguinte (D+1), sem perda de valor.

Outros exigem que o dinheiro permaneça aplicado sem que possa ser movimentado por longos períodos de tempo. 

Além disso, existem opções em que o saque antecipado implica gastos.

Geralmente existe uma relação entre liquidez e retorno na renda fixa

Investimentos com baixa liquidez costumam apresentar maiores taxas de retorno, como algumas LCIs, e alguns títulos do Tesouro Direto.

Como amenizar o risco de liquidez

Para reduzir o risco de liquidez é necessário conhecer bem os detalhes do produto antes de investir.

O ideal é definir os investimentos para os objetivos de curto, médio e longo prazo e contar com uma reserva de emergência para se proteger de imprevistos.

Uma boa alocação de ativos destina parte das aplicações para o longo prazo, a fim de se beneficiar do maior retorno dos produtos de menor liquidez.

E definir o quanto precisa aplicar em produtos com liquidez para formar sua reserva e também caixa para aproveitar as oportunidades.

Risco de Crédito

Risco de crédito é o risco relacionado à possibilidade de o emissor do título não honrar com o pagamento aos investidores.

É o famoso risco de inadimplência, ou “calote”.

Este risco está diretamente ligado ao perfil das instituições que estão oferecendo o investimento. 

No caso dos Títulos Públicos, seria o risco do Governo não devolver o dinheiro dos investidores.

Já no caso de uma debênture, por exemplo, seria da empresa que emitiu o título de dívida não pagar.

Por isso, investimentos assegurados pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), como poupança, CDBs, LCI e LCA, são considerados mais seguros nesse quesito.

Pois caso a instituição financeira que emitiu o título quebre, o FGC garante o pagamento de até R$ 70 mil por CPF.

Em caso de falência de uma gestora de fundos de investimentos, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) transfere a gestão do fundo para outra instituição, sem prejuízo para os investidores.

Como amenizar o risco de crédito

Para amenizar o risco de crédito o mais importante é se atentar para a qualidade do emissor e buscar informações sobre a instituição em que está investindo.

Empresas especializadas na avaliação de risco, como a Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch podem auxiliar com essas informações.

Essas agências dão “notas” (ratings) que variam de AAA até C ou D.

Quanto mais próxima de AAA a nota for, mais a empresa ou País em questão tem capacidade de honrar seus compromissos e menor o risco do investimento.

Risco Operacional

Toda operação está sujeita a falhas ou até mesmo uma fraude no processo de operação, o que, normalmente, prejudica diretamente o investidor.

O risco operacional reflete justamente as falhas que podem ocorrer no decorrer do investimento, como problemas nos equipamentos, falhas humanas, má administração, estratégia inadequada, entre outros.

Como amenizar o risco operacional

O primeiro passo para reduzir o risco operacional é identificar quais são os riscos existentes, uma vez que cada tipo de operação tem um risco diferente.

No caso das empresas, uma análise qualitativa para se informar sobre sua capacidade administrativa é fundamental.

Como a maior parte dos investimentos é feito online, é preciso contar um bom servidor de internet e um ótimo Home Broker.

Já para amenizar os erros humanos, o principal é investir em treinamentos e capacitações. 

Risco legal

O risco legal é a possibilidade de algum fator relacionado à legislação afetar as atividades de uma entidade.

Está associado tanto com a quebra de termos contratuais quanto ao descumprimento da própria legislação.

Está mais suscetível a esse tipo de risco quem negocia com agentes não são autorizados ou instituições que atuam em um mercado desregulamentado.

Como amenizar o risco legal

Para evitar o risco legal procure por instituições renomadas do mercado e investimentos acompanhados por regulamentados e fiscalizados por órgãos como o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Por que conhecer os riscos dos investimentos?

Identificar os riscos dos investimentos permite que você faça melhores decisões de investimento e, assim, aumentar suas chances de ganhos financeiros.

Conhecer os riscos dos investimentos permite:

  • Ajudar na decisão de onde investir;
  • Fornecer uma visão melhor sobre os tipos de investimentos;
  • Escolher os melhores ativos dentro de uma mesma faixa de risco;
  • Aumentar as chances de alcançar seus objetivos;

A gestão de riscos envolve:

Evitar o risco

O perfil de investidor ajuda a entender a sua tolerância ao risco.

Investidores conservadores têm aversão ao risco. Nesse caso o mais recomendado é evitá-lo.

Conforme o investidor se torna mais experiente e acumula patrimônio, está pronto para investir parte do dinheiro em aplicações que lhe ofereçam maior risco.

Aceitar o risco

O investidor que já possui uma reserva de emergência e elaborou seu planejamento financeiro pessoal pode tolerar um pouco mais de risco para obter um retorno financeiro maior.

Reduzir o risco

É possível reduzir o risco de um investimento com uma boa alocação de ativos.

De modo que possíveis perdas com determinado ativo sejam amortecidas por esses investimentos descorrelacionados.

Explorar o risco

Investidores com mais experiência e perfil arrojado podem utilizar de diferentes ferramentas e estratégias que exploram o risco e a volatilidade em busca de ganhos maiores.

Um exemplo é explorar mercado futuro, a alavancagem e o day trade.

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Conclusão

Qualquer investimento envolve riscos. Até mesmo não investir resulta em riscos.

Deixar seu dinheiro na conta corrente, por exemplo, é uma atitude arriscada, uma vez que você pode gastá-lo sem nem perceber, ou perder valor para a inflação.

Em geral, existem três principais categorias de riscos:

  • Risco de crédito;
  • Risco mercado;
  • Risco de liquidez.

Nem sempre é possível fugir deles, mas é necessário conhecê-los para amenizá-los.

O gerenciamento dos riscos dos investimentos permite que você melhore seus ganhos.

Na hora de investir, é importante olhar para a segurança, rentabilidade e liquidez de uma determinada aplicação financeira.

E também se ela está de acordo com seu perfil de investidor.

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