A bolsa de valores brasileira começou a semana no positivo nesta última segunda-feira (19) por influência do cenário político e contando com uma trégua nas quedas do mercado externo.
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Apesar do momento de aversão a risco dos mercados globais, no aguardo da decisão do comitê de política monetária americano (FOMC), o cenário local ganhou força, com a redução do preço do óleo diesel pela Petrobras, que pode colaborar para novas revisões de baixa para a inflação.
O apoio formal do ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles a Lula também colaborou.
Na visão do mercado financeiro, isso poderia sinalizar um maior controle da política fiscal, no caso de Lula ser eleito.
Um possível confronto entre os ministros Henrique Meirelles e Paulo Guedes soa muito bem a Faria Lima e agora aguardamos os desdobramentos disso.
Seria esse apoio de Meirelles um sinal positivo ou apenas um ruído?
Ainda sem essa resposta, mas supondo que isso seja um sinal, entende-se que esse seria mais um elemento da tese que venho aqui defendendo de que essa eleição é a mais tranquila das últimas 3 para a bolsa.
Vamos esperar a passagem do 1º turno das eleições para especularmos menos e colocarmos os fatos em perspectiva.
Enquanto isso, hoje aguardamos a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
A nossa expectativa é de manutenção da taxa básica de juros em 13,75% nessa reunião.
Porém, no nosso entendimento, o colegiado deixará em aberto uma possível elevação adicional.
De toda forma, espera-se um discurso duro do Banco Central.
O cenário externo exige cautela e sabemos que o risco vindo de fora não é pequeno.
Dados os últimos movimentos do mercado financeiro, sugere-se que uma posição pós-fixada segue sendo um bom porto seguro para o investidor, ao passo que, conforme a bolsa brasileira sobe, aumenta o nível de exigência das ações que devem compor a alocação de ativos.
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Com um dólar pouco acima de R$ 5, começa a ser favoravelmente assimétrico carregar um pouco da moeda norte-americana.
Não porque acredito que ela vai se valorizar frente ao real, mas sim porque o downside potencial é pequeno e porque isso serviria como uma boa proteção caso a tese de “eleições tranquilas” se mostre totalmente equivocada.
Ao montar uma carteira de investimentos, devemos também colocar em perspectiva aquilo que pode dar errado e tudo aquilo que ameaça as nossas próprias convicções.
