Pode até parecer engraçado (e absurdo) afirmar isso estando a menos de um mês do pleito, mas hoje, no meio de setembro de 2022, o mercado mostra que pouco se importa com a disputa presidencial entre Lula e Bolsonaro.

A razão é simples.

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O mercado financeiro precifica o futuro e se ajusta conforme as expectativas vão marginalmente mudando.

A bolsa de valores brasileira também conhece os dois candidatos. Ambos já foram presidentes e não há surpresas.

Pelo contrário: de um lado, Bolsonaro sinaliza por um governo de continuidade e, de outro, Lula vem dando sinalizações bastante contundentes ao centro político.

Claro, eu não estou dizendo que “dá no mesmo”!

Cada candidato tem as suas particularidades, mas dado o cenário-base, a chance do mercado financeiro ser pego de surpresa parecem cada vez mais baixas.

Se no palanque e nas redes sociais o clima de polarização segue intenso, as coisas parecem andar em uma direção mais branda na comunicação dos candidatos com o mercado financeiro.

Por último, mas não menos importante, as eleições presidenciais de 2022 já estão embutidas no preço há um bom tempo.

Você deve lembrar do 7 de setembro do ano passado, quando o presidente Bolsonaro adotou um tom mais duro em relação aos demais poderes.

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Ao mesmo tempo, o ex-presidente Lula se colocava como oposição falando em políticas mais populistas, como revogação da reforma trabalhista, aumento de benefícios, etc.

Ali sim o mercado olhou para a eleição e, sem o surgimento de uma terceira via, os dois principais candidatos se viram obrigados a convergir mais ao centro político, falar com grupos fora do seu eleitorado fiel e, com isso, o mercado financeiro foi se ajustando aos poucos.

Como já venho falando aqui há algum tempo, o Brasil tende a andar bem nos próximos anos.

Os termos de troca do Brasil estão muito favoráveis, a inflação por aqui já atingiu seu pico.

Então, com Bolsonaro ou com Lula, veremos um processo de queda da taxa de juros ao longo dos próximos 18 a 24 meses.

O risco para a bolsa brasileira segue sendo o cenário lá de fora.

Estamos longe de uma crise energética tal qual a Europa passa.

Mas há uma China inteira parada e com uma possível bolha imobiliária e, ainda mais assustador, vemos a inflação americana vindo seguidamente além das expectativas do mercado.

Ontem, na terça-feira (13), por exemplo, o mercado financeiro global tomou mais um susto.

Com a inflação americana subindo mais do que a expectativa de consenso, as bolsas caíram generalizadamente e aumentou a probabilidade de uma elevação de 75 pontos da taxa de juros americana na próxima reunião do Fed.

E por que é esse o assunto que mais nos preocupa, mais até do que as eleições  nacionais?

Primeiro, porque independente do resultado das eleições, o mercado financeiro já tem um cenário traçado para um ou outro candidato.

Segundo, porque conforme o cenário inflacionário externo se deteriora, aumentam os juros futuros americanos.

Quanto maior o prêmio oferecido pelos títulos públicos americanos, aumentam as chances de termos um grande fluxo de capital saindo daqui e indo para lá.

As consequências disso seriam mais desvalorização cambial, mais inflação e um cenário de juros altos mais duradouro, o que desaceleraria a economia doméstica.

Isso sim geraria uma grande desancoragem de expectativas para o mercado local, já que afetaria diretamente os valuations

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Por ora, o mercado aguarda um cenário mais claro em relação aos desdobramentos da política monetária dos EUA.

No momento, não há mistério em relação a como o investidor deve agir na prática: ter caixa é fundamental.

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Ademais, uma menor parte do portfólio precisa estar estrategicamente alocada em ações brasileiras, aproveitando os valuations ainda descontados e a iminência da continuação dos ventos favoráveis.

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