O que é o Copom?

O Comitê de Política Monetária (Copom) é um órgão pertencente ao Banco Central do Brasil (BCB).

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É a partir da reunião do Copom que o BCB define a taxa básica de juros da economia, chamada de Selic, e os rumos da política monetária nacional.

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Como funciona o Copom?

Geralmente, as reuniões ocorrem a cada 45 dias, em dois dias seguidos, e são compostas pelo Presidente do BCB e seus diretores.

O calendário com as datas das reuniões de cada ano é divulgado até o mês de junho do ano anterior.

A reunião do Copom serve para que se discuta uma série de fatores para que a tomada de decisão da política monetária seja realizada da melhor forma possível. 

Os membros do Copom fazem e assistem às apresentações técnicas dos funcionários técnicos do BCB.

Essas apresentações buscam divulgar as informações acerca da evolução e perspectivas das economias brasileira e mundial, das condições de liquidez e do comportamento dos mercados. 

Por ser a definição da taxa de juros uma decisão de grande relevância para a economia, o Comitê utiliza um amplo conjunto de informações para embasar sua decisão.

A decisão é tomada com base na avaliação do cenário macroeconômico e os principais riscos associados. 

Terminada a reunião, é reservado um tempo para a discussão das opiniões dos membros e decidirem o que será feito. 

A decisão é tomada com base numa votação realizada entre os membros do Copom

Quando a decisão é tomada, o Copom faz a divulgação no mesmo dia, através de comunicado na internet. 

As atas das reuniões do Copom são publicadas em até seis dias úteis após a data da realização das reuniões.

Normalmente, as reuniões do Copom ocorrem em dias de terças e quartas-feiras, sendo a ata divulgada na terça-feira da semana seguinte, por volta das 8 horas da manhã.

As atas do Copom são muito aguardadas pelos agentes do mercado financeiro, pois elas contém informações relevantes sobre quais poderão ser os rumos futuros da política monetária.

Uma vez definida a taxa Selic, o BCB atua diariamente para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.

A atuação se dá por meio de operações de mercado aberto.

Nesta, o BCB age comprando e vendendo títulos públicos federais de acordo com a oferta e demanda no mercado interbancário.

Objetivos da política monetária

A política de juros do BCB é atrelada ao Regime de Metas de Inflação (RMI).

O RMI é um regime monetário no qual o BCB se compromete a atuar de forma a garantir que a inflação efetiva esteja em linha com uma meta pré-estabelecida e anunciada publicamente.

A meta de inflação é definida pelo Comitê Monetário Nacional (CMN).

Assim, as decisões do Copom são tomadas visando com que a inflação, mais especificamente o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), fique dentro da meta estabelecida pelo CMN.

Na teoria, quando a inflação está elevada, o BCB deve elevar a taxa Selic, para diminuir as pressões de demanda que causam a elevação nos preços.

Já quando a taxa de inflação está baixa, deve o BCB avaliar a possibilidade de baixar os juros para permitir a economia acelerar até o ponto em que a inflação não ultrapasse a meta.

A importância de administrar a taxa de juros Selic é que ela serve de referência para os demais juros da economia. 

A Selic nada mais é do que a taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).

Ademais, para que a política monetária atinja seus objetivos de maneira eficiente, o BCB deve se comunicar de forma clara e transparente.

Além do comunicado e da ata da reunião, o BCB publica, a cada trimestre, o Relatório de Inflação.

Este relatório analisa a evolução recente e as perspectivas da economia, dando ênfase sobre as perspectivas para a inflação.