O que é melhor: ser feliz ou ter razão?

Se na vida esse dilema muitas vezes parece real, no mercado financeiro não é muito diferente.

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Ter razão e ganhar dinheiro parecem ser uma real dicotomia no mercado de ações.

Acertar no argumento e perder dinheiro é o famoso “morreu, mas passa bem”.

Pedro Cerize, gestor o qual admiro, já relatou sobre a sua mal sucedida operação short de GameStop, que se mostrou correta nas premissas, mas não lhe trouxe o retorno esperado.

Simplesmente o fluxo especulativo sobre o papel nunca mais o trouxe para os preços que antecederam esse mesmo fluxo especulativo, de maneira que o gestor teve que pagar por diversas chamadas de margem na sua operação short.

Não entrando em detalhes do que é uma chamada de margem, mas o fato é que o custo da operação saiu caro e o gestor zerou essa posição com um retorno negativo.

Basicamente, Cerize contou a história em que perdeu dinheiro estando certo.

Pensar nisso nos faz refletir na situação de Estados Unidos e Brasil.

Se formos parar para olhar a economia real de ambos os países, as perspectivas macro não são das melhores.

Temos inflação alta e persistente lá fora e uma possível recessão econômica à frente.

Por aqui, deveremos ter mais uma alta de juros hoje, com eleições em dois meses e perspectiva de uma atividade em um nível de aceleração ainda medíocre.

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Se pensarmos no mês de julho lá nos Estados Unidos, quem confirmou suas expectativas de que a coisa iria piorar (e piorou de fato) se deu mal, enquanto os otimistas, mesmo “equivocados”, ganharam dinheiro.

A inflação americana veio surpreendentemente alta, computando uma alta de 9,1% no acumulado de 12 meses, maior nível em 40 anos.

O nosso pensamento linear nos diz que quando uma estatística vem pior do que expectativa média do mercado haverá uma reação negativa.

Já a vida real, que de linear não tem nada, nos mostra que podemos estar errados.

O mês de julho nos EUA foi excelente para as bolsas de valores, com quase 10% de alta em um único mês.

O fato é que o mercado americano de ações já está muito leve.

A posição dos institucionais já está em um nível muito conservador e não há potencial de um grande fluxo de saída.

A posição de caixa dos institucionais americanos já é a maior em quase 15 anos, a recessão já o cenário base e o risco tomado médio já é menor do que o verificado no fundo da queda de 2008.

Basicamente, parece que tudo de ruim já está precificado.

Até mesmo com as empresas reportando resultado abaixo do esperado em relação aos resultados de 2T22, o mercado já não está mais cedendo com tanta veemência.

Lembre-se: estar no mercado é sobre ganhar dinheiro, não sobre ter razão.

Ter um portfólio diversificado, equilibrado e ajustado ao nosso perfil é uma questão do dia-a-dia, de rotina.

Tentar ajustar um portfólio às nossas convicções políticas ou sobre desdobramentos futuros sempre vai acabar por ser um tiro no pé.

Se nos momentos de euforia o mercado começa a cair antes das coisas começarem a piorar, nos momentos de depressão, o mercado volta a subir antes das coisas começarem a melhorar.

Enquanto isso,  aqui no Brasil os dados de inflação seguem arrefecendo, com núcleos mais estáveis e índices de difusão melhorando.

Sim, houve uma “pedalada” inflacionária deste ano para o ano que vem com a questão do ICMS sobre os combustíveis, tanto que o mercado já ajustou suas expectativas para uma inflação maior no ano que vem.

Mas do ponto de vista dos demais bens e serviços que compõem o IPCA, as coisas começam a dar sinais de melhora.

Mas o investidor pessoa física não quer saber de investir em renda variável nesse cenário…

O tema principal segue sendo eleição, algo que, junto com juro alto, tem afastado a pessoa física da bolsa.

O que poucos percebem é o quanto essa eleição já está em grande parte embutida nos preços atuais e o resultado dessa eleição não é binário para os seus investimentos.

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Junte isso ao fato de que a bolsa brasileira está muito barata.

Já parece consensual entre gestores que, considerando os preços atuais, a bolsa deve subir no curto-médio prazo, independente de eventos políticos.

Falando estritamente do impacto dessa eleição no mercado financeiro e deixando questões ideológicas de lado, o mercado também já parece não demonstrar preocupação com o resultado do pleito, independente de qual seja.

Independente do sentimento agora, a história nos mostra que dar muito peso à política na hora de tomar decisões de investimento nunca trouxe bons resultados.

Ficar com medo de Lula em 2002, com medo da Dilma em 2015, do Joesley Day em 2017, de Bolsonaro em 2018 ou do Covid em 2020, tirou os investidores de fortes rallys de alta posteriores.

Ao final do texto de hoje, termino com o velho questionamento: você quer ser feliz ou ter razão?

Na GuiaInvest Wealth nós oferecemos suporte para você atravessar as turbulências do mercado com segurança, construindo e preservando o seu patrimônio em qualquer ambiente.

Deixemos nosso ego de lado e pensemos pragmaticamente.

Acertar o cenário futuro formou mais videntes do que investidores.

Um investidor feliz é aquele investidor que coloca dinheiro no bolso.

Fica aqui o convite para caminhar conosco nessa jornada.

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