Nós investidores talvez estejamos passando pelo momento mais desafiador da nossa jornada.
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E aqui não estou me refiro à turbulência dos mercados.
Na verdade, o ângulo do desafio está na dificuldade em interpretar tudo que está acontecendo, formatar uma opinião e por consequência, decisões de investimentos.
Vou tentar simplificar as variáveis e clarear o caminho para sua tomada de decisão.
Vamos do início…
Veja o gráfico abaixo:
A linha laranja é a cotação de preços do principal índice americano (S&P500) e a linha azul é do principal índice brasileiro (Ibovespa).
Perceba que após março de 2020, que foi o momento mais tenso da pandemia, o IBOV engatou uma alta simultaneamente ao S&P500.
Entretanto, em julho de 2021 o IBOV reverteu sua tendência e começou a cair enquanto o S&P500 continuava subindo.
Nessa época, alguns sinais da redução do crescimento econômico no Brasil começaram a surgir.
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A inflação acelerou acima do previsto e o Banco Central precisou aumentar rapidamente a taxa básica de juros (Selic), como medida de contenção.
Não foi apenas no Brasil, a inflação também atingiu as grandes economias, como é o caso dos Estados Unidos.
Em 2020, o Federal Reserve (Fed), que é o equivalente ao nosso Banco Central, reduziu a taxa de juros básica para praticamente zero.
O objetivo era manter os estímulos na economia apesar dos impactos da pandemia.
Mas, com a pandemia sob controle e a normalização da economia, o excesso de liquidez no mercado americano colaborou para a maior alta na inflação desde 1980.
As medidas propostas pelo Fed para controle da inflação, foram postas em prática apenas em 2022, quase 1 ano após o Brasil dar início às medidas de controle.
O fato é que o mundo está com dificuldade de conter a alta da inflação, boa parte é gerada pela alta das commodities decorrentes do fechamento da economia Russa, que é forte produtora de commodities.
Outra variável que colabora para a elevação dos preços das commodities são os recentemente lockdowns na China, que acabam gerando um desequilíbrio nas cadeias produtivas globais.
A consequência para tentar amenizar esse cenário é o aumento dos juros em diversas economias, o que pode levar a futuras recessões econômicas.
Por aqui, o Brasil se destaca, já que antecipou o ciclo econômico de aperto monetário frente ao mundo e provavelmente conseguirá antecipar o ciclo de crescimento.
A tempestade perfeita foi criada, vivemos um momento ímpar na bolsa de valores.
Enquanto no cenário global, a leitura é ruim na ótica de assimetrias de preços, no Brasil estamos em um mar de oportunidades.
Veja o gráfico abaixo comparando o múltiplo de preço/lucro entre a bolsa de valores americana e a brasileira.
Perceba que a média das empresas que compõem o índice S&P500 estão negociando a quase 20x o lucro.
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Enquanto isso, a média das empresas brasileiras negociam próximo a 5x o lucro.
Isso é uma distorção clara entre preço e valor.
Lá fora, muita expectativa foi gerada sobre as entregas de resultados das empresas, levando a uma alta exagerada dos preços.
Já por aqui, as expectativas foram totalmente contrárias jogando os preços para baixo.
Mas as empresas estão surpreendendo a cada novo resultado trimestral:
A tabela acima apresenta o percentual de empresas que surpreenderam positivamente em seus respectivos setores.
A combinação de lucros crescentes e preços em queda, cria um ambiente maravilhoso para Value Investors.
Esse é o melhor momento para comprar ações.
Entretanto, me obrigo a deixar um importante aviso: só compre ações se você tiver estômago.
Vamos ganhar dinheiro, mas não sem passar por momentos turbulentos.
Para quem vier para o #timejoias, vai valer a pena.