Conhecer os investimentos de renda variável vai permitir que você faça o melhor investimento hoje, mesmo sem ter conhecimento em finanças e economia.

Carteira Recomendada? Faça um Diagnóstico Online e Receba uma Carteira Gratuita.

No mundo dos investimentos, existe uma regra: quanto maior o risco, maior o potencial de ganho. 

É justamente a principal característica dos investimentos em Renda Variável que explica a oportunidade de maior retorno: você não sabe que rendimento terá na data da aplicação. 

Esse é o motivo que afasta muitas pessoas da Renda Variável. Ela é conhecida pela alta volatilidade, que obviamente aumenta o risco.

Mas os investimentos, se bem escolhidos, podem surpreender positivamente!

E ajudar a atingir todos seus objetivos financeiros de forma mais rápida.

Olhe só como: os rendimentos de ações de boas empresas, nos últimos 17 anos, variaram de 5 a 18,6 vezes o rendimento da renda fixa.

O Brasil vem passando por uma mudança de cenário, com redução das taxas de juros de forma consistente nos últimos anos. 

Em 2019, o Banco Central reduziu a taxa básica de juros, a Selic, para 6% ao ano. E o mercado acredita em mais quedas.

Com a perda de rentabilidade dos investimentos de renda fixa, os grandes investidores vão ter que migrar muito dinheiro, que antes estava na renda fixa, para a renda variável.

E quando isso acontecer, os preços das ações vão disparar ainda mais.

Caso a Taxa Selic atinja 4,75% ao ano, qualquer fundo de renda fixa com taxa de administração de 1% ao ano já ficará com rentabilidade abaixo da inflação.

A caderneta de poupança, então, nem se fala: terá um rendimento anual de apenas 3,3% ao ano, abaixo da inflação, que hoje acumula alta de 3,4% nos últimos 12 meses.

Quer saber onde investir nas melhores oportunidades da renda variável?

Neste artigo, você vai descobrir: 

  • O que é Renda Variável;
  • Por que você deve investir na Renda Variável;
  • Tipos de Ativos de Renda variável;
  • Como investir em Renda Variável de forma simples e rápida.

Leia até o final e descubra como escolher o melhor investimento hoje!

O que é Renda Variável

Renda Variável é uma classe de ativos na qual não estão definidos antes da aplicação o prazo de investimento e o rendimento obtido com ele.

Como em outros investimentos, ao aplicar ativos de Renda Variável, busca-se obter retornos. 

No caso da Renda Variável, o rendimento só será conhecido no momento do resgate da aplicação. 

Por isso, considera-se que a Renda Variável apresenta mais risco do que outras categorias de investimentos, como a Renda Fixa. 

Como Funciona a Renda Variável

O investimento em ativos de Renda Variável acontecem nos ambientes das bolsas de valores e mercadorias e futuros. 

No Brasil, esse ambiente é concentrado na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão).

Para fazer seu investimento, você deve contar com o serviço de intermediação de uma corretora de valores.

A escolha dos investimentos de Renda Variável pode acontecer de diversas formas.

Para investidores pessoa física, as ações e os fundos são as aplicações mais acessíveis e comuns de fazer.

E para elas, especialmente no caso do investimento em ações, há duas técnicas que ajudam na escolha do melhor investimento:

  • Análise Fndamentalista;
  • Análise Técnica ou Gráfica. 

Tipos de Investimentos de Renda Variável

Ações

São ativos representativos de dívidas, que as empresas fazem para levantar recursos.

Para emitir ações, as empresas precisam fazer uma Oferta Pública Inicial.

Ao fazer isso, as pessoas compram, pela primeira vez, as ações das companhias.

Depois disso, os investidores compram e vendem uns dos outros no mesmo ambiente de bolsa: a B3. 

BDR

Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são títulos emitidos na B3 por empresas estrangeiras. 

Por estarem na bolsa de valores brasileira, são acessíveis aos investidores locais. 

Algumas das empresas mais conhecidas com BDRs listadas na bolsa de valores brasileira são:

  • Apple;
  • Berkshire Hathaway INC (empresa de Warren Buffett);
  • Best Buy;
  • Citigroup;
  • Coca-Cola;
  • Facebook;
  • Fedex;
  • Ford Motors;
  • Goldman Sachs Group INC;
  • Intel;
  • McDonalds Corp.;
  • Microsoft;
  • Netflix;
  • Starbucks;
  • Tesla;
  • Tiffany.

Commodities

Estes são contratos que representam uma quantidade determinada de produtos agrícolas, moedas ou ativos financeiros ou mesmo recursos energéticos, como o etanol. 

No Brasil, os tipos de commodities negociados na bolsa de valores são:

  • Açúcar;
  • Boi Gordo;
  • Café;
  • Etanol;
  • Milho;
  • Ouro;
  • Petróleo;
  • Soja.

Clubes de Investimentos

Os clubes de investimento constituem-se por um conjunto de pessoas que reúnem recursos e decidem no que investir.

Diferentemente de um fundo de investimentos, os próprios cotistas têm a possibilidade de fazer a gestão, ou seja, a escolha, compra ou venda de ativos nos quais investem. 

Os clubes têm diferentes políticas de investimento, de acordo com a necessidade e interesse dos seus investidores. 

E também são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Contratos Futuros

Contratos Futuros são contratos padronizados, de compra ou venda, referentes a algum ativo, seja ele físico ou financeiro.

Por exemplo, contratos futuros de dólar, de juros, de Boi Gordo. 

Criptomoedas

Criptomoedas são contratos de troca que utilizam meios eletrônicos para ser realizados.

Não são moedas físicas, como o dólar ou o real, mas apenas virtuais.

Sua existência é possível devido ao que se chama de blockchain, um protocolo eletrônico de segurança. 

Fundos de Ações

O Fundo de Ações é uma carteira de ações, que funciona como um condomínio.

Diversas pessoas investem e compartilham ganhos e custos. 

As ações devem ser o ativo com maior percentual de investimento nesta classe de fundo. 

Fundos Cambiais

Os Fundos Cambiais reúnem, em sua carteira, uma diversidade de moedas com o objetivo de trazer ganhos a seus cotistas. 

As moedas e contratos relacionados devem ser a maior aplicação do fundo para que seja caracterizado como cambial. 

Fundos Imobiliários

Os Fundos Imobiliários ou FIIs têm como ativos imóveis físicos e títulos de dívidas do setor imobiliário.

Assim como outros fundos, permitem o investimento de diversas pessoas. 

Os FIIS são negociados na bolsa de valores.

Podem aplicar em outros tipos de ativos, mas, majoritariamente, a composição da carteira deve ser de ativos do setor imobiliário. 

Fundos Multimercado

Os Fundos Multimercado têm maior liberdade na composição da carteira de investimento.

Podem aplicar em ativos de diversos mercados, inclusive de renda fixa. 

ETFs (Exchange Traded Fund)

Os ETFs são conhecidos como fundos de índice.

Suas carteiras têm composição espelhada em índices da bolsa de valores.

O objetivo é perseguir retornos semelhantes.

Suas cotas são negociadas na bolsa de valores. 

Moedas

As moedas são valores financeiros representativos de cada país.

Na bolsa de valores, são negociadas de forma física ou por meio de contratos. 

Os negócios são realizados por bancos, por empresas que atuam com importação e exportação, por investidores que buscam ganhar com a alta ou baixa da cotação, entre outros. 

Os tipos de moedas negociadas na bolsa de valores são:

  • Dólar Australiano;
  • Dólar Canadense;
  • Dólar da Nova Zelândia;
  • Dólar dos Estados Unidos;
  • Euro;
  • Franco Suíço;
  • Iene Japonês;
  • Yuan Chinês;
  • Libra Esterlina;
  • Lira Turca;
  • Peso Chileno;
  • Peso Mexicano;
  • Rande da África do Sul.

Opções

Uma opção é o instrumento que garante ao investidor direito de compra ou venda de um ativo por determinado tempo.

Entre os objetivos com o investimento em opções, e não o ativo propriamente, estão minimizar os riscos de perda e maximizar as possibilidades de ganho com um mesmo ativo. 

Renda Fixa vs Renda Variável

Reuni, no quadro abaixo, as características dos investimentos em renda fixa e daqueles que se caracterizam como Renda Variável.

A comparação vai ajudar a entender as diferenças. 


Renda FixaRenda Variável
Previsibilidade de Retorno FinanceiroPrevisívelImprevisível
RiscoBaixo ou MédioAlto
Potencial de GanhoBaixoAlto
Conhecimento NecessárioBaixoMédio ou Alto
Opções de InvestimentoPoucasMuitas (ações, moedas, imóveis, etc.)
Perfil de InvestidorConservadorModerado ou Agressivo
GarantiaFundo Garantidor de CréditoSem Garantia
BenchmarkCDIBovespa, IFIX, etc.

É interessante lembrar que a opção por uma classe de ativos não exclui a outra.

Investidores de Renda variável costumam utilizar a renda fixa como reserva de emergência, ou para comprar ações de boas empresas quando a bolsa de valores está em baixa.

Essa complementaridade entre elas se dá no momento em que você faz a Alocação de ativos. Ou seja, a escolha de quanto vai investir e em que. 

Conhecer seu Perfil de Investidor ajuda nas decisões de investimento. 

A renda fixa e a renda variável possuem benchmarks diferentes e suas próprias regras. 

Por isso, tome cuidado com comparações. 

São tipos de investimentos complementares, usados para determinados objetivos, e possuem indicadores diferentes.

Confira alguns dos indicadores:

CDI

O CDI, Certificado de Depósito Interbancário, é um título emitido e negociado entre bancos com o objetivo de captar recursos entre eles, com duração de 1 dia.

Por isso, o CDI é a base dos rendimentos obtidos com investimentos realizados através dos bancos, ou seja, da Taxa DI. 

IPCA

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) indica a variação dos preços dos produtos e serviços voltados diretamente ao consumidor final.

É um dos principais índices de inflação do país. 

Por isso, é um indicador de rendimento a ser acompanhado ou ultrapassado.

Se o investimento render menos do que o IPCA, em um mesmo período, significa que, na prática, você perdeu dinheiro. 

IBovespa

O Ibovespa é uma carteira teórica que reúne as ações mais negociadas na bolsa de valores durante um período de três meses.

É o benchmark mais importante para ativos de Renda Variável

Por que Investir em Renda Variável?

O Brasil tem passado por uma mudança no cenário de taxas de juros. 

Ao longo dos últimos anos, a taxa básica, a SELIC, vem caindo.

Esse movimento é histórico: está acontecendo pela primeira vez no Brasil.

E isso vem diminuindo a rentabilidade dos investimentos de renda fixa, abrindo espaço para os ativos de Renda Variável.

Em 2019, o Banco Central reduziu a taxa Selic para 6% ao ano e o mercado acredita em mais quedas.

Caso a Taxa Selic atinja 4,75% ao ano, qualquer fundo de renda fixa com taxa de administração de 1% ao ano renderá abaixo da inflação.

A caderneta de poupança nem se fala: terá rendimento anual de apenas 3,3% ao ano, abaixo da inflação que hoje acumula alta de 3,4% nos últimos 12 meses.

Com a perda de rentabilidade dos investimentos de renda fixa, os grandes investidores vão ter que migrar seu dinheiro, que antes estava na renda fixa, para a renda variável.

E quando isso acontecer, os preços das ações vão disparar ainda mais.

Veja como o Índice Bovespa sobe quando a Taxa Selic cai:

Gráfico selic vs Ibovespa
Taxa Selic vs Ibovespa (bolsa de valores)

Rentabilidade da Renda Variável

A principal característica dos investimentos em Renda Variável é não saber quanto de rendimento você terá na data da aplicação. Como o próprio nome sugere: “renda variável varia”.

Esse é o motivo que afasta muitas pessoas, que não têm tolerância para a variação deste investimento, conhecido como de alta volatilidade, o que obviamente aumenta o risco.

Existem fatores que influenciam a rentabilidade desses investimentos, tanto positiva, quanto negativamente:

  • Expectativa do mercado;
  • Desempenho das empresas;
  • Oferta e procura;
  • Taxa de juros;
  • Câmbio;
  • Inflação;
  • PIB.

Um dos aspectos positivos de ativos de Renda Variável é que ações de boas empresas têm potencial de valorização muito maior que o próprio Ibovespa.

O principal índice da bolsa de valores é composto apenas pelas ações com maior volume de negociação (entre outros critérios).

Veja a rentabilidade de algumas ações de boas empresas:

As ações do Banco do Brasil (BBAS3), um dos maiores bancos do país e um dos poucos ainda com capital misto, privado e público, são um exemplo.

Nos últimos 17 anos, renderam 5,2 x mais que a renda fixa. 

Gráfico da Rentabilidade das ações do Banco do Brasil vs CDI
Rentabilidade ações Banco do Brasil vs CDI

Outro exemplo é a rentabilidade das ações da multinacional catarinense WEG S.A. (WEGE3), uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo.

Suas ações renderam mais de 9,6 x o CDI, principal indicador de retorno da renda fixa, no mesmo período.

Gráfico da rentabilidade das ações da WEG vs CDI
Rentabilidade ações WEG vs CDI

A rentabilidade das ações da Alpargatas S.A. (ALPA4) também é um ótimo exemplo.

A paulista produtora de calçados e lonas apresentou um rendimento superior à renda fixa em 18,6 x.

Rentabilidade das ações Alpargatas vs CDI
Rentabilidade ações Alpargatas vs CDI

Como se pode ver, os rendimentos de algumas ações de boas empresas, nos últimos 17 anos, variaram entre 5 e 18,6 vezes o rendimento da renda fixa.

Se eventualmente a Taxa Selic chegar a 5% ao ano, estaremos falando de rentabilidades anuais que vão de 26% a 93% ao ano.

Só utilizei esses exemplos por um motivo: são reais.

É interessante sempre lembrar que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura, pois a renda variável não tem garantia de rendimento como a renda fixa.

No mundo dos investimentos, a regra é: quanto maior o risco, maior o potencial de ganhos.

Para minimizar o risco do investimento em renda variável, muito investidores utilizam a Análise Fundamentalista, a fim de identificar as melhores empresas da bolsa de valores.

E a Análise Técnica para definir o melhor momento para comprar ou vender um ativo de renda variável.

Quando Investir em Renda Variável

O melhor momento para investir em renda variável é sempre

Mesmo que a bolsa de valores pareça estar “cara”, historicamente ela mostra recuperação após as crises.

Veja o gráfico da rentabilidade do Ibovespa desde 1965: após as grandes crises, a bolsa de valores mostrou fortes ganhos.

Gráfico Rentabilidade Ibovespa
Gráfico Rentabilidade Ibovespa

Nos 4 grandes ciclos de alta da bolsa brasileira, houve crescimento mínimo de 1.573% e máximo de 3.415%.

A recomendação dos especialistas é fazer aportes regulares e manter o investimento em renda variável por um longo período de tempo, fazendo um preço médio das aplicações.

E não esqueça que existem ferramentas para investir em Renda Variável que ajudam na tomada de decisões, como a Análise Fundamentalista e a Análise Técnica.

Outra providência é fazer uma análise do seu Perfil de Investidor.

Vantagens da Renda Variável

As principais características dos ativos de Renda Variável explicam suas vantagens, entre elas: 

  • Potencial de ganho;
  • Foco no longo prazo;
  • Renda extra;
  • Facilidade de investir; e 
  • Diversificação. 

Potencial de Ganho

É ilimitado!

Por não definir a taxa de retorno no momento da aplicação, não há limites para os ganhos vindos dos investimentos em Renda Variável.

Relacionam-se a diversos fatores e aos objetivos do investimento. 

O tipo de ativo que você escolher para investir vai sinalizar o nível de retorno possível. 

Foco no Longo Prazo

De modo geral, os investimentos em Renda Variável são direcionados a objetivos e estratégias de longo prazo. 

Isso significa possibilidade de maiores ganhos e de ajuste na estratégia de investimento ao longo do tempo.

Essa característica torna a Renda Variável essencial para a preparação da aposentadoria ou o alcance da tão sonhada liberdade financeira.  

Renda Extra

A não fixação de um percentual de ganho no momento da aplicação permite que você tenha ganhos acima do esperado. 

Além disso, ativos de Renda Variável, como, por exemplo, ações que pagam bons dividendos ou os Fundos Imobiliários, entregam rendimentos além do principal. 

Facilidade de Investir

Em alguns casos, pela característica dos produtos, a aplicação em ativos de Renda Variável é tão simples quanto colocar o dinheiro na poupança.

Para aplicação de outros ativos, como no caso das ações, o uso de plataformas digitais deixa você a 1 clique do seu investimento.  

Diversificação

A diversidade de ativos de Renda Variável possibilita montar a estratégia que você quiser.

É possível lidar com riscos e prazos de retorno complementares, lançando mão da classe de investimentos mais rentável que existe. 

Desvantagens da Renda Variável

As desvantagens de investir em ativos de Renda Variável são relacionadas a aspectos que, se não conhecidos e mediados, reduzem os atrativos deste investimento. 

Sem Garantia

Os investimentos em Renda Variável não possuem cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), como a  renda fixa possui, para aplicações de até R$ 250 mil. 

Exige Conhecimento

Para fazer uma escolha acertada dos ativos em que investir e decidir o momento certo de aplicar ou resgatar, é preciso ter conhecimento.

Para isso, você deve buscar informação, o que é possível de diversas formas.

Uma delas é por meio de assessorias de investimento, fornecidas gratuitamente por boas corretoras de valores.

Risco Elevado

A não definição da taxa de retorno no momento da aplicação representa um risco mais elevado em comparação a um investimento que tem isso definido.

Esse risco está relacionado também ao fato do retorno oportunizado por ativos de Renda Variável ser afetado e influenciado por diversos tipos de fatores. 

Isso representa maior volatilidade na taxa de retorno. 

Imprevisibilidade de Rentabilidade

Não saber o quanto vai ganhar ao investir é um fato para quem escolhe a Renda Variável.

Isso significa que o ganho pode ser zero ou até ocorrer perda com o investimento. 

Controle de Impostos

Por serem mais complexos e diversos, os ativos de Renda Variável sofrem a incidência do Imposto de Renda e outras tarifas de formas variadas.

Esse conhecimento e cuidado exige de você uma atenção a mais quando opta por investir neles. 

Riscos da Renda Variável

Investir em Renda Variável é optar pelos ativos e operações mais arriscados do mercado.

Mesmo não sabendo o retorno da aplicação, o que representa o maior risco, esse aspecto sinaliza a oportunidade de maiores retornos.

E, diante do atual cenário econômico e financeiro, torna a Renda Variável a opção mais indicada para obtenção de rendimentos que fazem diferença, especialmente, no longo prazo.  

Taxas da Renda Variável

Para investir em ativos de Renda Variável é preciso abrir conta em uma corretora de valores e proceder com o investimento no ambiente da bolsa de valores, a B3.

Para intermediar e oportunizar tais negócios, as corretoras e a B3 cobram taxas.

Os custos que você tem ao fazer investimentos em Renda Variável são:

A corretagem é a remuneração paga às corretoras de valores pelos serviços de intermediação que prestam.

A taxa de administração é paga aos gestores e administradores dos fundos de investimento.

A taxa de performance é cobrada por alguns fundos de investimento quando seus gestores entregam uma performance superior ao esperado.

E o come-cotas é um adiantamento da cobrança do Imposto de Renda (IR), que acontece duas vezes por ano naquelas aplicações sobre as quais incide o IR.

Tributação da Renda Variável

A incidência de Imposto de Renda (IR) acontece de forma diferente em cada tipo de ativo de Renda Variável. 

Em alguns deles, não existe a cobrança.

Na tabela abaixo, há um resumo da tributação e quais são estas modalidades:

InvestimentoAlíquota de IR
Operações com ações até R$ 20 mil no mêsisenta
Operações de Normais15%
Ações (ganho de capital acima de R$ 20 mil)/day trade20%
Fundos de Investimento22% a 15% (regressiva)
Fundos de Ações15% sobre o lucro

IOF

O Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) é cobrado quando você resgata uma aplicação em menos de 30 dias. 

A tarifa cobrada segue conforme a tabela abaixo:

DiasIOF (%)DiasIOF (%)DiasIOF (%)
19611632130
29312602226
39013562323
48614532420
58315502516
68016462613
77617432710
8731840286
9701936293
10662033300

Come-Cotas

O come-cotas é uma antecipação da tarifa do IR. 

Portanto, é descontado naqueles ativos que pagam Imposto de Renda sobre o rendimento.

Os fundos de multimercado têm come-cotas, por exemplo. 

Esta antecipação acontece duas vezes ano, nos meses de abril e novembro.

Como Declarar Renda Variável no Imposto de Renda

Se você tem aplicações em Renda Variável, deve incluí-las na declaração anual do Imposto de Renda.

Neste caso, mesmo se você não estiver entre as pessoas obrigadas a declarar, terá de fazer a do seu investimento. 

Para saber quais informações deve declarar, procure nas notas de corretagem ou peça à sua corretora de valores ou banco. 

Veja as seções onde declarar:

Bens e Direitos

Para ativos de renda variável (ações, fundos, etc), deve lançar no Imposto de Renda na seção “Bens e Direitos“.

Tela de bens e direitos da declaração do imposto de renda
Declarar renda variável no Imposto de Renda

O registro dos ativos em “Bens e Direitos” demonstra o patrimônio em renda variável e o valor pago, para em uma venda futura poder calcular o lucro ou prejuízo.

Declarar renda variável
Como declarar renda variável no Imposto de Renda

1. Código: selecione a opção:

  • Código 31: ações;
  • Código 73: fundos imobiliários;
  • Código 74: fundos de ações e ETFs.

2. Discriminação: detalhes do ativo, como:

  • nome do ativo e CNPJ da empresa/fundo;
  • nome e CNPJ da corretora;
  • para ações: quantidade e preço médio (opcional, mas facilita na hora de verificar lucro ou prejuízo nas vendas).

3. Situação anterior: posição da carteira na declaração do ano anterior.

4. Situação atual: posição da carteira em 31/12.

Repita essa operação para toda corretora em que possuir ativos, declarando os dois bens separados e indicando a corretora.

Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva

Os rendimentos dos fundos de investimento são declarados na aba “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva”, no item “Rendimentos de Aplicações Financeiras”, conforme a figura a seguir:

Declarar rendimentos renda variável
Declarar rendimentos em renda variável no Imposto de Renda

Informe o que consta em seu Informe de Rendimentos, como o nome do fundo e o CNPJ do administrador.

Tela dos rendimentos na declaração do imposto de renda
Como declarar rendimento renda variável no Imposto de Renda

Demonstrativo de Renda Variável

Você é obrigado a declarar o resultado da operação neste caso:

Quando acumulou valor de vendas (e não lucro) de ações ou em fundo de ações acima de R$ 20 mil no mês, independente de ter obtido lucro ou prejuízo na operação.

Se obteve lucro, terá que recolher o Imposto de Renda, e se teve prejuízo, poderá informar para compensação de lucros futuros.

Acesse a seção “Renda Variável”:

  • Ações: “Operações Comuns/Day-Trade”. 
  • Fundos: “Operações Fundos Invest. Imob.”
Declaração de renda variável no imposto de renda
Declarar lucro ou prejuízo em renda variável

O valor do lucro ou prejuízo deve ser declarado mês a mês em:

Declarar ganhos em renda variável
Como declarar ganhos ou perdas em renda variável

Para outras informações e mais detalhes, veja o artigo Como Declarar Imposto de Renda Sobre Investimentos Sem Erro.

Como Começar a Investir em Renda Variável

Se você ainda não investe, esquematizei um passo-a-passo para ajudá-lo a começar a investir em ações sem erros. 

Passo 1: Busque Informação

Conhecer no que vai investir é essencial antes de começar. 

A busca por informação acontece de duas formas: 

  • Conhecimento por conta própria: cursos, vídeos, podcasts e artigos de sites especializados;
  • Assessoria Gratuita de Investimentos: assim como existe o gerente de banco, nas corretoras de valores existe o Assessor de Investimentos (explicar o que ele faz).

Passo 2: Conheça seu Perfil de Investidor

Conhecer seu Perfil de Investidor é fundamental para todas as decisões que você venha a tomar em relação a seus investimentos.

Este teste de perfil vai ajudar. 

Passo 3: Abra Conta em uma Corretora de Valores

Você precisa de uma corretora de valores para fazer seus investimentos.

É ela quem intermedia os negócios no ambiente da bolsa de valores.

A escolha de uma boa corretora de valores faz parte desta etapa. 

Leia o artigo Como Investir nas Melhores Corretoras do Brasil e conheça a melhor corretora para você.

Passo 4: Transfira o Dinheiro

A transferência do dinheiro acontece para a conta da corretora de valores por meio de uma transferência bancária (TED). 

Passo 5: Faça uma Alocação de Ativos

A Alocação de ativos é aquela etapa em que, conhecendo seu perfil de investidor, você escolhe como distribuir os investimentos.

É uma forma de potencializar ganhos e responder a seus objetivos.

Passo 6: Faça as Aplicações

De posse da estratégia de investimento, a aplicação do dinheiro acontece por meio de uma plataforma eletrônica disponibilizada por sua corretora de valores. 

Passo 7: Acompanhe seus Investimentos

Acompanhar seus rendimentos e revisitar o perfil de investimento é tão essencial quanto decidir no que vai aplicar a primeira vez.

Essa revisão permite que você vá adequando a estratégia ao momento de vida e objetivos financeiros.

Além disso, ajuda a não perder oportunidades que, até então, não estavam mapeadas. 

Renda Variável Vale a Pena?

Sim!

O Brasil tem passado por uma mudança nunca vista antes no cenário de taxas de juros. 

Ao longo dos últimos anos, a remuneração dos investimentos mais conservadores vem caindo.

Esse movimento é histórico: está acontecendo pela primeira vez no Brasil!

Isso vem diminuindo a rentabilidade dos investimentos de renda fixa e possibilitando maiores retornos à Renda Variável

Portanto, esta é a oportunidade!

Você não vai perder, não é?

Se você já investe em renda variável, sabe se seu dinheiro está bem aplicado?

Conte para mim nos comentários, quem sabe eu possa ajudar?

Não esqueça de diversificar os seus investimentos, fazendo uma alocação de ativos de acordo com o seu perfil de investidor, você pode descobrir o seu com esse teste online e receber gratuitamente uma carteira de ativos.

Infográfico - O que é Renda Variável

Infográfico: O que é Renda Variável