Em ano de eleição presidencial, existe uma pergunta que paira sobre a cabeça de todo investidor: em quais setores e empresas devo investir meu dinheiro?

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A pergunta é genuína, já que a troca do comando do país pode alterar a direção dos ventos na economia e, consequentemente, nos setores do mercado financeiro

Até que a disputa entre os candidatos seja finalizada, iremos conviver com volatilidade e inúmeras incertezas, receita ideal para péssimas decisões de investimentos. 

Para evitar decisões erradas, vamos analisar o que poderá acontecer com os principais setores da bolsa de valores.

É importante que você saiba que o melhor momento para comprar ações nunca será no melhor momento do mercado de ações e da economia.

Na verdade, é quase sempre o contrário.

As melhores compras ocorrem em meio a muita barulheira.

Independente do candidato que ganhar as eleições, existe uma possibilidade de uma resposta positiva na bolsa, já que o grau de incerteza sobre esse assunto terminará. 

O investidor reage pior ao “escuro” do que em cenários negativos previstos

Ele precisa saber minimamente onde está inserido. 

Dito isso, cabe aqui uma breve avaliação dos setores e empresas que irão se beneficiar nos dois cenários políticos.

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Cenário de Eleição de Lula

Caso o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito, poderemos esperar um ambiente favorável para os setores:

  • Financeiro: bancos;
  • Construção civil: baixa renda;
  • Varejo;
  • Educacional.

O setor bancário é beneficiado pelos juros altos e com perspectiva de crescimento dos gastos no governo do PT, será necessário a manutenção da taxa elevada por mais tempo. 

Dentro do setor bancário, duas empresas podem ser boas opções: Itaú (ITUB3) e Bradesco (BBDC4)

Já no setor de construção civil, as construtoras que serão beneficiadas serão as que operam através do sistema Casa Verde e Amarela (antigo Minha Casa Minha Vida). 

Existe grande possibilidade de aceleração dos subsídios nos financiamentos imobiliários, já que sempre foi uma bandeira forte do partido.  

No setor a MRV (MRVE3) e a Direcional (DIRR3) serão beneficiadas por atuarem no segmento de baixa renda. 

Vale destacar que a MRVE3 está negociando a preços mais descontados que a DIRR3, observados através dos múltiplos de preços.

Boa parte dos gastos públicos propostos pelo partido serão direcionados a assistência social e distribuição de renda, aumentando a liquidez do mercado e por consequência o consumo

Considerando que o setor varejista exige capital de giro extensivo para sua operação, naturalmente torna-se uma alocação mais arriscada, por isso, aqui não se deve “inventar moda”

Uma posição em uma grande e sólida varejista como a Lojas Renner (LREN3), é capaz de cumprir muito bem o papel. 

Por fim, o setor educacional

Em diversos momentos o candidato deixou claro a intenção de retomar os programas de financiamento estudantil, que no passado gerou muita liquidez para o setor.

Dentro desse setor, a Cogna (COGN3) pode ser uma posição interessante, já que está no meio de uma reestruturação aparentemente bem sucedida e por isso opera a preços descontados.

Cenário de Eleição de Bolsonaro

Na outra ponta, caso o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) seja reeleito, os setores beneficiados seriam:

No governo Bolsonaro o benefício das varejistas, não necessariamente é a liquidez do mercado como explicado anteriormente, mas a austeridade fiscal

Com um governo mais controlado em seus gastos, as taxas de juros tendem a cair, já que o mercado faz a leitura que o risco do país se reduz. 

Uma queda nos juros, implica numa redução de custo de capital para as varejistas, que pela natureza do negócio, demandam muito crédito para capital de giro. 

Nesse sentido, Guararapes (GUAR3) e Americanas (AMER3) são nomes que podem merecer lugar na carteira e que hoje negociam a múltiplos atrativos

O setor do agronegócio teve seu espaço ampliado no governo do Bolsonaro e com sua reeleição esse movimento poderá se intensificar.

O setor apresenta boas empresas, entretanto, a SLC Agrícola (SLCE3) é uma escolha que dificilmente alguém terá argumento contrário. 

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A queda dos juros além de beneficiar o setor de varejo, também beneficia o setor de shoppings, a correlação com os juros é muito forte.

Dentro do setor temos opções, mas me restrinjo a citar a Multiplan (MULT3) e o Iguatemi (IGTI11).

Os dois grupos operam com shoppings de alta qualidade e ainda permanecem com distorções em suas cotações

Por fim, as empresas estatais no geral serão beneficiadas sob a ótica de  privatizações que o governo Bolsonaro mantém, além do risco de intervenção ser significativamente inferior ao do outro partido. 

Nesse sentido, o Banco do Brasil (BBAS3) pode ser uma posição interessante. 

O Banco do Brasil apresentou uma notável evolução em sua governança e em seu corpo executivo, refletindo em crescimento de lucros a patamares recordes.

Se não ocorrer a mudança do governo, podemos esperar a continuidade dessa postura do Banco do Brasil.Vale ressaltar que o banco permanece negociado a preços descontados.

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Agora peço muita atenção no que vou dizer: jamais posicione sua carteira de investimentos 100% em ações

Você estaria expondo seu patrimônio a um risco muito elevado e desnecessário

Uma carteira de investimentos vai muito além das posições em ações

Para realmente se beneficiar em qualquer um dos cenários procure montar uma carteira com uma alocação estratégica, com capacidade de capturar oportunidades e defender seu patrimônio quando as coisas não acontecerem como o previsto.

Foque no seu portfólio e lembre que eleições presidenciais ocorrem de 4 em 4 anos.

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