Vou voltar a ser enfático: a bolsa de valores brasileira está muito barata.

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A grande questão por trás disso é que nada fica barato de graça.

Ora, se bolsa barata é sinônimo de um retorno potencial maior à frente, então é porque há uma percepção de risco maior por essas bandas.

Não há prêmio de risco adicional sem um risco percebido adicional.

O Brasil fez por merecer por estar assim.

E disso deriva uma nova questão: é mais arriscado comprar ativos da bolsa brasileira agora ou lá em junho, quando falavam em Ibovespa a 150 mil pontos até o final do ano?

A resposta parece intuitiva.

Veja, não quero impor verdades aqui, mas para compradores de bolsa, nada melhor do que um preço mais camarada para comprar ativos de qualidade.

Mais margem de segurança, maior retorno potencial de longo prazo e menor o risco de perda caso a tese de investimento esteja errada.

Os juros longos brasileiros parecem precificar algo perto de uma ruptura institucional ou de uma “aventura macroeconômica”.

Não me parece razoável acreditar em um ou outro.

Sim, temos ventos contra, mas existe uma máxima que diz o seguinte: “a boa notícia é que está tudo ruim”.

Nesse exato momento acho difícil as coisas desandarem por aqui. Aliás, já desandou o que havia para desandar.

A inflação medida pelo IPCA deve ter batido o pico agora em setembro.

Com a forte queda no minério de ferro, atividade econômica ainda fraca apesar da recuperação e verificação de um processo deflacionário (isso mesmo, deflação) nos preços do atacado, esse problema passa a naturalmente ser endereçado.

A taxa Selic deve ir para além de 8% ainda esse ano e confesso meu receio do Banco Central “errar a mão” subindo a taxa em uma magnitude maior do que a necessária.

O sacrifício do produto em troca do controle da inflação pode ser um remédio mais amargo que o necessário em 2022.

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A grande questão é que no momento estamos com muitas perguntas e nenhuma resposta sobre as incertezas no mercado financeiro.

  • Vamos acertar uma gambiarra qualquer em relação aos precatórios?
  • Teremos reformas relevantes ainda neste mandato presidencial?
  • Teremos uma terceira via forte?
  • Lula e Bolsonaro abrandarão seus discursos voltados unicamente para suas bases eleitorais para capturar o centro político?
  • Teremos uma Selic de dois dígitos?
  • A retirada dos estímulos do Federal Reserve começarão quando e com qual intensidade?
  • A crise da Evergrande já passou?
  • A desaceleração chinesa é para valer a partir de agora?

Os preços atuais refletem as piores respostas para absolutamente todas essas perguntas.

Não me parece que o que nos aguarda será tão ruim. Pelo menos não em todos esses aspectos.

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Como diz Howard Marks, é com o pensamento de segunda ordem que podemos ganhar dinheiro. 

Aquilo que todos já sabem e temem, já está nos preços.

Se todo mundo acha que as coisas vão piorar e você também acha que isso vai acontecer em menor magnitude que o esperado, então há dinheiro na mesa.

O momento é difícil, sim, e você deve agir como tal.

Ter reserva estratégica e, eventualmente, um pouco de dólar é interessante. Há muitas oportunidades hoje e novas podem surgir.

Mas a maior loucura do investidor de longo prazo é ficar fora da bolsa neste exato momento.

Insisto: tem coisa barata demais para ser verdade.

Se você pode esperar no mínimo 5 anos para ver o resultado dos seus investimentos, a hora é agora.

Não mude seu processo de investimento por causa do cenário recente.

Quando qualquer pergunta listada acima for respondida, os preços já serão outros.

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