O preço das ações da Oi (OIBR3) vai aumentar em 10 vezes a partir do pregão do dia 9 de janeiro de 2023. Você sabe o que o investidor pode ganhar com isso?

A empresa telefônica aprovou em Assembleia Geral Extraordinária a proposta de grupamento de todas as ações da Oi na proporção de 10 para 1, conforme anunciado no início de dezembro.

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A Oi é uma das empresas da bolsa de valores brasileira com maior número de investidores, são mais de 1,35 milhão de pessoas físicas que possuem OIBR3 ou OIBR4.

Ao todo, a companhia possui atualmente quase 6 bilhões de ações em circulação no mercado acionário, entre ordinárias e preferenciais, sendo que a OIBR3 representa 97% dos papéis.

Por isso, é importante entender o que muda na companhia e como o processo de grupamento de ações (inplit) impacta os investidores da Oi.

O Que Acontece no Grupamento de Ações da Oi?

Para entender melhor como o grupamento de ações vai impactar os investidores da Oi, é preciso saber como funciona o processo de inplit.

O grupamento dos papéis da operadora vai ser realizado na proporção de que cada lote de 10 ações será agrupado em uma única ação da Oi de mesma espécie.

Ou seja, a Oi vai unir várias ações em uma só, reduzindo a quantidade de ações existentes e aumentando o preço delas.

Entretanto, isso não causará mudança no capital social da empresa.

Então, para você visualizar melhor como isso ocorre, vamos usar uma metáfora.

Imagine uma pizza grande de 35 cm fatiada em 9 pedaços, que será compartilhada igualmente entre três pessoas.

Se você pegar essa pizza e cortar em apenas 3 pedaços, isso não afetará o tamanho dela, certo? Além disso, as três pessoas continuam comendo a mesma proporção da pizza.

Em vez de terem três pequenas fatias por pessoa, agora cada um poderá comer uma grande fatia de pizza.

O mesmo processo acontecerá com as ações da Oi (OIBR3) após o grupamento.

Para que os investidores possam continuar com sua participação acionária na mesma proporção atual, há um período de livre ajustepara adaptar a quantidade de ações a múltiplos de 10.

Como a assembleia que aprovou o grupamento ocorreu em 1º de dezembro de 2022, então os investidores terão até dia 6 de janeiro para ajustarem a quantidade de ações que possuem.

A partir disso, no dia 9 de janeiro de 2023, todos os acionistas terão seu número de papéis dividido por 10.

Por exemplo: alguém com 100 ações ordinárias da Oi em 6 de janeiro passará a possuir 10 papéis de OIBR3 no dia 9, com a somatória dos valores sendo a mesma.

O Que Muda na Cotação das Ações da Oi?

Atualmente, no fechamento do dia 19 de dezembro, as ações da Oi estão cotadas a R$ 0,19 (OIBR3) e R$ 0,53 (OIBR4).

Então se o grupamento ocorresse a partir dessa cotação, a OIBR3 passaria a custar R$ 1,90 e a OIBR4 seria negociada a R$ 5,30.

Usando o mesmo exemplo anterior, alguém com 100 unidades OIBR3 continuaria a ter os mesmos R$ 19 em ações ordinárias da Oi, mesmo com elas se tornando apenas 10 papéis.

Portanto, o investidor não ganha e nem perde nada com o processo de grupamento de ações.

Por Que Fazer Grupamento de Ações?

Além de saber como funciona o processo de grupamento de ações é importante saber porque isso está acontecendo.

A Oi está fazendo o inplit de ações para se enquadrar nas regras da B3.

A bolsa de valores brasileira não permite que as ações de uma empresa sejam negociadas abaixo de R$ 1,00 por mais de 30 pregões consecutivos.

O objetivo do grupamento da Oi é o enquadramento da cotação das ações de emissão da companhia em valor igual ou superior a R$ 1,00 por unidade.

A Oi pretende atingir o valor exigido no Regulamento para Listagem de Emissores e Admissão à Negociação de Valores Mobiliários e no Manual do Emissor da B3.

O grupamento de ações da Oi permite também que os papéis da empresa voltem a atender um dos critérios para que sejam elegíveis à composição de índices de mercado, como o índice Bovespa da B3.

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O Que É o Período de Livre Ajuste?

Entre 2 de dezembro de 2022 e 6 de janeiro de 2023, os acionistas da Oi podem ajustar suas posições de ações em lotes múltiplos de 10 ações, através da bolsa de valores.

Assim, os investidores poderão continuar fazendo parte do quadro acionário da companhia depois da efetivação do grupamento.

O dia 9 janeiro de 2023 será marcado pela primeira sessão depois do término desse Período de Livre Ajuste.

Isso significa que as ações da operadora vão passar a ser negociadas de forma exclusiva na proporção resultante do grupamento.

As eventuais frações de ações depois do fim do Período de Livre Ajuste devem ser reagrupadas em números inteiros de ações da Oi e vendidas em negociações na B3.

Nesse caso, serão realizados todos os leilões que forem necessários para que o montante total seja liquidado.

American Depositary Shares (ADSs) da Oi

Vale lembrar que as ações da Oi que são negociadas na forma de American Depositary Shares (ADSs) não participarão do processo de grupamento.

As paridades dos American Depositary Shares com as ações locais sofrerão um ajuste, visando a manutenção do total de ADSs, mas não serão agrupadas como as ações brasileiras.

A partir do pregão do dia 9 de janeiro, cada ação ordinária da Oi (OIBR3) vai passar a representar 2 ADSs ON.

Enquanto isso, uma ação preferencial da Oi (OIBR4) será equivalente a 10 ADSs PN.

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Vale a Pena Investir na Oi com o Grupamento de Ações?

Como explicado, os fundamentos da Oi não vão mudar com o grupamento de ações. Ou seja, o inplit não contribui e nem prejudica os resultados da empresa.

Da mesma forma, a atratividade do preço das ações também não deve ser alterada, já que não deve haver qualquer mudança no capital social da companhia.

Considerando isso, a Oi continua sendo uma companhia de fundamentos ruins, como mostram os resultados trimestrais mais recentes da operadora.

O resultado da Oi no terceiro trimestre de 2022 (3T22), divulgado em 09 de novembro, apresentou prejuízo de R$ 3,0 bilhões, apontando uma melhora de 36,4% no prejuízo em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Já o Ebitda da Oi atingiu R$ 168,0 milhões no 3T22, o que representou uma retração de -88,5% na comparação com o 3T21. 

Enquanto isso, a margem líquida da Oi totalizou -110,5% no 3T22, apresentando retração de -4,1 pontos percentuais na comparação com o 3T21. 

Sendo assim, é recomendável que os investidores mantenham uma posição neutra em relação às ações da Oi (OIBR3) e acompanhem os resultados futuros da companhia.

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