Fundo imobiliário RBRP11 anuncia venda de dois conjuntos por R$ 5,83 milhões. Ganho de capital estimado da operação é de R$ 0,07 por cota.
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O fundo imobiliário RBRP11 investe em lajes corporativas localizadas nas principais regiões de negócios do país.
No mês de junho (11), o Fundo Imobiliário RBRP11 divulgou um Fato Relevante onde comunicou a venda dos conjuntos 131 e 132 do Ed. Mykonos, localizados na Vila Olímpia, SP.
A operação tem valor total de R$ 5,83 milhões. O acordo prevê um sinal de R$ 1,5 milhão e saldo restante pago em 60 parcelas com juros de 9% ao ano.
Considerando o recebimento de todas as parcelas, a gestão estima o ganho de capital em R$ 0,07 por cota, equivalente a uma Taxa Interna de Retorno de 11,13%.
De acordo com a gestora, o desinvestimento está em linha com a estratégia de renovação de seu portfólio e foco em ativos onde a gestão tenha controle do condomínio.
Se você busca maneiras mais eficientes de aumentar seu patrimônio e receber renda mensal isenta de impostos, deve investir nos melhores fundos imobiliários do mercado.
Por isso, conhecer as características e o histórico do RBRP11 é fundamental.
Neste artigo você descobrirá:
- O que é RBRP11;
- Rendimentos do RBRP11;
- Resumo da carteira do RBRP11;
- Liquidez do RBRP11;
- Principais riscos do RBRP11;
- Se vale a pena investir no RBRP11.
Leia até o final e descubra se o RBRP11 vale a pena e deve fazer parte da sua carteira de investimentos.
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O que é RBRP11 FII?
RBRP11 é o ticker, ou sigla, que identifica o Fundo Imobiliário RBR Properties, gerido pela RBR Asset Management e administrado pela BRL Trust.
Trata-se de um fundo imobiliário do tipo tijolo com estratégia de investimento híbrida.
Embora a maior parte de seus recursos seja destinada aos imóveis, ele investe em cotas de outros fundos e em desenvolvimento imobiliário.
Com o aluguel e venda desses ativos, o RBRP11 gera renda mensal isenta de imposto de renda para seus cotistas e eventual ganho de capital.
O RBRP11 foi constituído em 2015 e realizou três Ofertas 476, destinadas somente a investidores profissionais e qualificados.
A oferta pública para investidores em geral chegou apenas em 2019, e gerou uma captação de R$ 480 milhões com cotas comercializadas a R$ 87,45 com taxas.
Uma nova emissão (5 ͣ) veio em 2021, finalizando-se em abril passado. Com cotas vendidas a R$ 88,27 foram captados R$ 321,6 milhões.
Ao final de maio de 2021, o patrimônio líquido do fundo RBRP11 alcançava R$ 1,05 bilhão. Sua participação no IFIX era de 1,029%.
RBRP11 Rendimentos
Em maio, o Fundo distribuiu rendimentos de R$ 0,32 por cota. Esse valor equivale a 135,71% do CDI.
O dividend yield é equivalente a 4,49% a.a. considerando a cota de mercado no fechamento de maio (R$ 87,23) e 4,52% a.a. sobre a cota patrimonial.
Entre jun/20 e maio/21, os rendimentos médios gerados pelo Fundo foram de R$ 0,43. Na imagem abaixo, confira a composição dos rendimentos do RBRP11.
Note que os rendimentos mensais do RBRP11 foram de R$ 0,52 por cota nos três primeiros meses do ano e sofreram queda em abril e maio.
Os proventos foram afetados pelo valor alocado em caixa após a 5ª emissão de cotas, finalizada em abril.
A maior parte do montante (78%) já estava comprometida com o pagamento final do empreendimento River One, em junho.
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Resumo da Carteira do RBRP11
Ao final de maio de 2021, o Patrimônio Líquido do Fundo era principalmente composto por seus 11 ativos imobiliários.
A imagem abaixo mostra a composição completa do PL do Fundo.
Na data, o Fundo ainda mantinha boa parte dos recursos captados na última emissão de cotas, encerrada em abril.
O cenário mudará em breve, já que o pagamento do recentemente adquirido Edifício River One tomará aproximadamente 78% do montante.
A carteira do Fundo é estruturada com base em quatro pilares estratégicos:
- Core (70% a 100% do PL): Investimento direto em imóveis ou FII exclusivo com ênfase nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro;
- Tática (0% a 30% do PL): Via FIIs listados, buscando “arbitragens” para ganho de capital;
- Liquidez (0% a 20% do PL): Renda Fixa, LCIs, CRIs;
- Desenvolvimento/Retrofit (0% a 10% do PL): Direto ou via FIIs, quando identificadas oportunidades de construir muito abaixo do preço que o mercado negocia os ativos no público/privado.
A imagem abaixo detalha a carteira do Fundo em maio/21 por participação do ativo no PL do Fundo e estratégia de investimento.
É interessante comentar que certos planos para a carteira são detalhados no relatório de maio.
A gestora comenta as negociações de um terreno na Vila Olímpia (SP) e prevê um primeiro projeto de desenvolvimento comercial no RBRP11.
Também afirma acreditar que o projeto de desenvolvimento no pipeline será um gerador de alfa - rendimento acima do esperado pelo mercado - para o Fundo ao longo do tempo.
Carteira de Imóveis
Até maio, a carteira de imóveis do RBRP11 é composta por 11 ativos, sendo 9 edifícios comerciais e 2 instituições de ensino. A posição considera a Torre River One.
Dois desses imóveis estão localizados na cidade do Rio de Janeiro e os demais em São Paulo, capital.
A tabela abaixo mostra os imóveis do RBRP11 e seu percentual em relação à receita do Fundo. Não contempla a venda de parte do Edifício Mykonos, ocorrida em junho.
Ativos Core | Localização | Receita (%) |
River One | Marginal Pinheiros, SP | 34% |
Ed. Celebration | Vila Olímpia, SP | 23% |
Ed. Delta Plaza | Paulista, SP | 12% |
Ed. Venezuela 43 | Porto, RJ | 8% |
Ed. Amauri 305 | Faria Lima, SP | 7% |
SLB Somos | Santo Amaro, SP | 4% |
Ed. Mykonos | Vila Olímpia, SP | 3% |
Ed. Castello Branco | Centro, RJ | 3% |
Ed. Mario Garnero - Torre Sul | Faria Lima, SP | 5% |
Ed. Pravda | Alphaville,SP | 1% |
SLB Anima | Paulista, SP | 1% |
A maior exposição do portfólio é a Torre River One, em São Paulo, que hoje gera 32% das receitas do FII.
Adquirido em dezembro de 2020, a aquisição está em fase final. Segundo o relatório de maio, seu HABITE-SE já foi emitido e mais de 98% das obras estão concluídas.
A transação foi estruturada para gerar renda imobiliária para o fundo de 7% ao ano desde o primeiro desembolso.
Após o pagamento final, a renda mínima garantida durará 15 meses.
No relatório de maio, a gestão comenta que já está em contato com interessados na locação.
Sua previsão é de ocupação de 100% em até 12 meses após a entrega do imóvel. Nenhum contrato foi firmado até a data de publicação deste artigo.
Carteira de Fundos Imobiliários
A carteira de Fundos Imobiliários do RBRP11 representa 18,7% de seu patrimônio investido.
A principal exposição do RBRP11 em Fundos Imobiliários é no Fundo RBRL11, também gerido pela RBR Asset.
O RBRP11 detém 29% das cotas do RBRL11, e representa 15,8% do capital investido pelo Fundo.
O RBRL11 é fundo de tijolo, focado em imóveis logísticos. Em abril, os rendimentos do Fundo foram de R$ 0,70 por cota com um DY de 8,21%.
Outros Fundos, como XPML11, TEPP11 e TRTN11, respondem juntos por 2,9% dos investimentos do RBRP11.
Negociação e Liquidez RBRP11
Como explico no livro Método Fayh, a liquidez é um ponto importante a considerar antes de investir em um FII.
Afinal, trata-se de um dado relacionado ao risco de investimento, mostrando a capacidade do fundo de transformar cotas em dinheiro vivo para o investidor.
Em maio de 2021 foram registradas 79.038 negociações de cotas do RBRP11, totalizando um volume aproximado de R$ 74,75 milhões.
A média diária do período foi de cerca de R$ 3,39 milhões.
Entre junho/20 e maio/21, o total de negociações do fundo foi de 841.887, o correspondente a aproximadamente R$ 833,6 milhões.
Em média, o volume mensal foi de R$ 69,46 milhões durante o período, o que leva a uma média diária aproximada a R$ 3,15 milhões.
A imagem abaixo mostra a evolução das cotas do RBRP11 entre outubro de 2019 e maio de 2021.
Riscos do RBRP11
Os principais riscos do RBRP11 são: a vacância, a concentração, o prazo dos contratos e o risco dos inquilinos.
Vacância
Vacância é o termo utilizado para indicar a área locável que não gera rendimentos para o fundo por não estar ocupada.
Ela se divide em duas situações:
- Vacância física, contada em área desocupada; e
- Vacância financeira, a diferença entre o potencial de gerar renda e a renda efetivamente gerada pelo fundo.
Ao final de maio de 2021, O RBRP11 apresentava vacância física de 10% e vacância financeira de 7%.
A imagem abaixo mostra a evolução da vacância do RBRP11 entre junho de 2020 e maio de 2021.
Riscos dos Contratos
O tipo, prazo de vencimento e outros detalhes dos contratos são informações relevantes para a previsão de resultados do fundo.
A maior parte dos contratos de aluguel do RBRP11 (53%) são atípicos, frutos de acordo entre as partes em operações estruturadas.
Como essa classe de operações contempla a individualidade de cada negócio e busca imóveis específicos para as necessidades do locatário, seus contratos contam com mecanismos de segurança mais fortes.
Exemplos são as multas por rupturas, que costumam ser bem mais salgadas, e a duração dos contratos, que costumam ser mais longas.
No entanto, cabe ressaltar que isso não é uma garantia de renda. Mesmo nesses casos, cabe a possibilidade de ruptura de contrato.
Os demais contratos do Fundo (47%) são típicos, enquadrados dentro da Lei do Inquilinato (8.245/91).
Contratos típicos trazem como característica principal a revisão de valores anual, seguindo um índice de reajuste, como o IPCA ou o IGP-M.
Cada tipo de contrato favorece mais ou menos o investidor de acordo com o momento do ciclo imobiliário em que aconteçam as revisões e vencimentos de contratos.
No RBRP11. 29,2% de seus contratos vencem entre 2021 e 2024. Os 70,8% restantes, a partir de 2025.
A imagem abaixo mostra os vencimentos de contratos do RBRP11 (70,8% a partir de 2025).
Quanto às revisionais, as maiores concentrações estão em 2023 (19,7%) e 2025 (51,3%), conforme mostra a imagem abaixo.
Risco do Inquilino
O risco gerado pelos inquilinos é inerente ao mercado imobiliário: sempre cabe a possibilidade de que um deles não cumpra suas obrigações de pagamento.
É natural que os Fundos Imobiliários busquem minimizar este risco com diversificação de inquilinos e garantias contratuais.
Risco de Concentração
O risco de concentração fala da diversificação do portfólio do FII, considerando não apenas a classe e o número de ativos que possui, mas também:
- Localização dos ativos;
- Inquilinos;
- Prazos e tipos de contrato.
A maior exposição do Fundo é o Edifício River One, que em maio/21 respondia por 32,7% dos recursos investidos pelo RBRP11.
Risco Potencial de Conflitos de Interesses
A gestora e a administradora do FII RBRP11 exercem as mesmas funções em outros fundos imobiliários, o que pode colocá-las em uma potencial situação de conflito de interesses.
Hoje, mais de 15% dos recursos investidos pelo RBRP11 estão alocados em outro fundo gerido e administrado pelas entidades.
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Dados do RBRP11
Agora que você já conhece tudo sobre o RBRP11, confira seus dados oficiais:
- Razão Social: RBR Properties Fundo de Investimento Imobiliário
- CNPJ: 21.408.063/0001-51
- Gestor: RBR Asset Management
- Público Alvo: Investidores em geral
- Segmento: Renda - Outros
- Patrimônio Líquido (04/2021): R$ 1.055.098.676,95
- Taxa de Administração: 1,12% ao ano
- Início do Fundo: Novembro 2019
- Quantidade de Emissões: 5
- Número de Cotistas (04/2021): 88.346
- Número de Cotas do RBRP11: 12.179.186,94
- Regulamento do RBRP11
- Relatório Gerencial RBRP11
- RBRP11 Site Oficial (RI)
RBRP11 Subscrição
A subscrição é um direito de quem possui cotas de um FII, que assegura a possibilidade de manter seu percentual de participação no fundo em uma nova emissão de cotas.
Na prática, o fundo emite novas cotas (geralmente a um preço mais baixo do que o de mercado), e oferece a preferência de compra a seus cotistas.
Não se trata de possibilidade de compra sem limites: o número de novas cotas que você poderá adquirir será sempre proporcional ao número atual de cotas que já possui.
O anúncio da emissão informa um fator de proporção a ser aplicado sobre o número de cotas que já se possui para entender quantas novas cotas é possível adquirir.
Como direito, a subscrição é opcional.
Inclusive, caso não queira comprar novas cotas, alguns fundos permitem que você venda esse direito através do home broker da sua corretora de valores.
A última oferta pública de distribuição de cotas do RBRP11 finalizou em abril de 2021. Na ocasião, o fator de proporção aplicado foi de 0,46360827160.
Na prática, para cada 100 cotas que possuía na data de anúncio da emissão, o cotista pode adquirir 46 novas cotas.
Veja abaixo as emissões com oferta de subscrição do RBRP11:
Dúvidas sobre RBRP11
Veja as dúvidas mais comuns sobre o RBRP11.
Como comprar RBRP11?
A compra de cotas do RBRP11 é feita através de uma corretora de valores.
Para isso, é preciso:
- Abrir sua conta;
- Transferir o montante que deseja investir para ela;
- Buscar o fundo por seu código (RBRP11, neste caso);
- Selecionar a quantidade de cotas que deseja comprar e o valor a pagar;
- Enviar a ordem de compra e aguardar confirmação.
Onde achar o informe de rendimentos do RBRP11?
O informe de rendimentos do RBRP11 é disponibilizado pela gestora na página oficial do fundo.
Onde achar o relatório gerencial do RBRP11?
Assim como os informes de rendimentos, o relatório gerencial do fundo é encontrado na página oficial do RBRP11.
Consulte a aba Informações aos investidores > Relatórios.
Como declarar o fundo imobiliário RBRP11 no IR?
Para descobrir como declarar o fundo imobiliário no imposto de renda, consulte o artigo Como Declarar o Imposto de Renda sobre Investimentos.
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RBRP11 Vale a Pena?
O RBRP11 é um fundo de tijolo com uma estratégia de investimentos híbrida e que acumula um patrimônio superior ao R$ 1 bilhão.
Trata-se de um fundo com uma carteira de imóveis interessante, que vem marcando baixos índices de vacância e geram rendimentos recorrentes.
Mas, a carteira do RBRP11 não se resume apenas a ‘tijolo’. O Fundo investe em outros FIIs, e promete desenvolvimento para um futuro não muito distante.
Hoje, a maior exposição é em outro fundo gerido pela casa, o RBRL11.
A posição faz sentido pensando em liquidez e desinvestimento parcial. Já chegou a ocupar 26,5% da carteira do Fundo, e hoje está reduzida a 15,8%.
Seja como for, o futuro do Fundo está atrelado ao Edifício River One, que hoje representa mais de 32% da carteira.
Esse ativo chega ao mercado sem nenhum contrato de locação assinado. É preciso ver como o mercado se comporta.
A perspectiva da gestora é positiva. Ela afirma que prevê locação completa nos primeiros 12 meses após a entrega.
Cabe comentar que a renda mínima gerada pela operação é de 15 meses e trata-se de um imóvel AAA muito próximo da principal região de negócios de São Paulo.
No entanto, ele fica do outro lado do Rio Pinheiros, na margem contrária à Avenida Faria Lima. Trata-se de um detalhe que faz alguma diferença para as lajes na cidade.
Além disso, os negócios em São Paulo se movimentam também em outras regiões. Há várias entregas para a região da Av. Chucri Zaidan até 2023, e o mercado volta os olhos para além da Faria Lima.
Há ainda outras questões.
Afetada pela pandemia, a taxa de vacância das lajes corporativas em São Paulo fechou 2020 em torno de 18% e vem subindo em 2021. O primeiro trimestre do ano já marcava ao redor de 20%.
E, pelo quarto trimestre seguido, foram registradas mais devoluções de imóveis do segmento que locações.
Com base nisso, minha opinião é de que o RBRP11 é um Fundo que pode compor parte cautelosa de sua carteira.
Existem outros Fundos de lajes mais puros, com imóveis ainda melhor localizados, já locados e rendendo.
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Lembre-se que antes de investir em fundos imobiliários é necessário conhecer seu perfil de investidor para fazer uma boa alocação de ativos e se expor a um nível adequado de risco.
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