“Quero ser capaz de explicar meus erros. Isso significa que só faço aquilo que entendo totalmente”.
Essas palavras são do megainvestidor Warren Buffett.
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Fica aqui um questionamento: se você não sabe o que está fazendo, por que o faz?
A abordagem apropriada nos investimentos não deve ser intuitiva, deve ser racional.
A ignorância pode ser uma bênção, mas não nos investimentos. Nesse caso, costuma provocar traumáticos pesadelos.
Se você quer ser capaz de explicar onde errou, precisa saber explicar onde acertou, e antes de mais nada porque agiu daquela forma.
Precisa distinguir uma empresa boa de uma ruim e ser capaz de avaliar se as ações de uma empresa estão baratas ou caras.
Se não consegue fazer isso, deve procurar alguém capaz de fazê-lo por você.
Caso contrário, estará apenas jogando dados numa mesa de apostas onde as chances estarão sempre contra você.
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Mesmo para um profissional financeiro, descobrir se uma empresa é boa e se ela está barata não é trivial, já que as melhores oportunidades estão em casos mais complexos de análise.
Para descobrir se uma empresa está negociando a preços descontados, faço uso de uma metodologia própria que considera os múltiplos históricos de preços, crescimento, dividendos e payout.
Em posse desses dados faço a projeção futura em uma janela de 5 anos e vou ajustando conforme alguma premissa se alterar.
Dadas as premissas necessárias para avaliação e utilizando as fórmulas adequadas, para as ações da Intelbras (INTB3), por exemplo, chegamos a um valor justo acima de R$ 40.
Quando nos baseamos em métricas quantitativas, eliminamos boa parte dos vieses comportamentais e isso joga a análise para um campo mais racional.
Mas, preciso de dizer algo…
Mesmo que você encontre a melhor empresa da bolsa de valores negociando a preços de banana, se você não tiver construído uma carteira robusta e segura, você não será bem sucedido.
Explico…
A exposição em uma ação é um percentual pequeno da alocação, logo, sozinha ela não resolve nada.
Primeiro, porque nem sempre estaremos certos na análise.
Os fatos são teimosos em serem diferentes do que esperávamos.
Segundo, porque mesmo que você acerte em cheio, uma única ação não fará tanta diferença na sua carteira de investimento.
Isso quer dizer que você não precisa acertar em cheio a melhor ação da bolsa de valores.
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Digamos que ela representa 10% da sua carteira de ações e sua carteira de ações representa 30% do total de sua alocação de ativos.
Isso significa que o peso do determinado ativo equivale a 3% do total.
Onde estão alocados os outros 97% do seu portfólio?
É justamente por isso que você precisa dar atenção para toda a carteira de investimento.
Mantenha o foco no time e não em um jogador.
Para construir uma carteira eficiente, você precisa incluir ativos de diferentes classes como:
- Renda fixa;
- Ativos do exterior;
- Fundos de investimentos específicos;
- Commodities, etc.
Os maiores fundos do mundo, que possuem trilhões de dólares em gestão, fazem exatamente isso.
Por que faríamos diferente?
