O mercado financeiro pareceu receber sem muitas surpresas o resultado das eleições presidenciais de domingo (30), que deram a vitória ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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A sessão de negociações segunda-feira (31) foi marcada por muita volatilidade, quando a bolsa de valores abriu caindo -2% e virou para uma alta de quase +2% no meio da tarde.
Ao passo que varejistas, educacionais e construtoras subiram, ações de empresas estatais acabaram oscilando na mesma intensidade, mas com sinal contrário.
Apesar dos dois dias de silêncio do presidente Bolsonaro seguido de um breve discurso ontem à tarde, os ânimos do mercado foram tranquilos, haja vista que personagens políticos relevantes já se colocaram à disposição na transição de governo.
Do outro lado, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, já foi encarregado de liderar a equipe de transição entre governos e conta com o respaldo do atual vice-presidente Hamilton Mourão.
Até aqui, o mercado de ações vem precificando uma menor chance de um “terceiro turno”.
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A expectativa agora fica em torno da nomeação dos ministérios por parte de Lula.
Em especial, o mercado financeiro aguarda nomes ligados à pasta da Fazenda.
Mesmo tendo acabado de aceitar um novo projeto no setor privado, o nome de Henrique Meirelles ainda ventila no mercado e seria bem aceito, uma vez que daria um aceno a uma política fiscal mais responsável.
Em outra frente, a ata do Copom já deu um recado bem claro: a queda da taxa básica de juros depende de um controle fiscal crível e, caso contrário, poderá retardar o início da queda da Selic.
Hoje, o mercado precifica o início da queda da Selic somente para o final do primeiro semestre.
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Como o Banco Central atuará de maneira independente e não veremos nenhuma queda imposta da Selic como vimos no primeiro governo Dilma.
A tendência é que o próximo governo adote uma postura política mais ao centro e tenda a dialogar com diversas frentes no Congresso Nacional.
Aos nossos clientes da GI Wealth, seguimos com as mesmas recomendações: títulos públicos pós-fixados não fazem mal a ninguém e a bolsa de valores brasileira segue barata.
Para além disso, olhamos empresas estatais com alguma cautela, mas uma carteira diversificada com ações de setores que consideramos baratos podem compor um portfólio promissor para o ano de 2023.
Vamos ficar de olho no cenário macroeconômico e manteremos todos informados.
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