Provavelmente, você deve estar se culpando por ter comprado recentemente algum fundo de papel e já está no prejuízo.
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Mal começou a investir em fundos imobiliários, e já passa por apuros.
Para te tranquilizar, isso já aconteceu ou vai acontecer com todo mundo. Não é sua culpa.
FIIs são ativos de renda variável, portanto, jamais você deve pensar em previsibilidade para esse investimento.
Um erro comum a maioria de investidores novatos é olhar o retorno passado de um determinado fundo e achar que aquele comportamento de retorno será o mesmo daqui para frente.
Essa relação acima é dada pelo indicador dividend yield, ou seja, quanto de dividendos foram distribuídos nos últimos doze meses em relação ao preço da cota hoje.
Percebe como isso não faz sentido ao olharmos a relação de risco e retorno para o futuro?
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Você visualiza os rendimentos do passado calculando sobre o preço do ativo no presente.
No caso de fundos de papel, o seu retorno mensal está automaticamente ligado à inflação.
Ela é repassada a você normalmente com um intervalo de dois meses.
Parte do rendimento mensal a ser distribuído vem de uma linha do resultado do fundo dedicado à correção monetária.
No pior cenário, quando temos deflação (que já ocorreu e ainda deve acontecer), essa linha nada terá de valor a ser distribuída para o cotista.
Nesse momento, passamos por uma mudança de patamar de preços nos fundos imobiliários em função do ciclo econômico.
Até então, tínhamos uma inflação descontrolada (aumento dos rendimentos nos fundos de papel) e a elevação recorrente da taxa de juros nos últimos dois anos (maior desconto dos fundos de tijolo).
Atualmente, temos uma inflação parcialmente sob controle (o que segura os rendimentos mensais dos FIIs de papel em um menor patamar), porém parece ser o fim do aumento da Selic.
Esse movimento pode puxar para cima os preços das cotas dos FIIs de tijolo.
Ao montar uma carteira diversificada de fundos imobiliários, você precisa sempre levar em conta o movimento da taxa de juros e ser contra cíclico.
Para fazer isso, você precisa abrir mão no curto prazo dos rendimentos tentadores.
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Aos nossos clientes, a sugestão de alocação, desde o começo do ano, era (e segue sendo) a de manter maior parte destinada aos fundos de tijolos.
No entanto, não deixamos de abrir mão dos rendimentos de curto prazo acima da média.
Com o aumento contínuo da taxa Selic e posterior controle da inflação, uma hora essa bonança ia acabar.
Focando os aportes em FIIs de tijolo, entramos com uma assimetria muito favorável para o cenário de inflação em queda no ano que vem.
Compramos ativos com desconto e potencial crescimento de rendimentos nos próximos 12 meses.
Por isso, não se desespere ao ver as cotações caindo, tenha uma estratégia definida ao montar uma carteira.
É isso que vai manter você calmo em eventuais solavancos do mercado financeiro.
