O que é correção monetária?

A correção monetária, também chamada de atualização monetária, nada mais é que os ajustes financeiros da moeda nacional em relação a outras moedas e a inflação

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Essa atualização acontece de acordo com as taxas de juros dos bancos e por meio do índice de inflação

O responsável por calcular o valor da correção monetária nos títulos financeiros é o Banco Central.

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Para que serve a correção monetária?

A correção monetária serve, basicamente, para compensar as perdas decorrentes do aumento geral no nível de preços na economia.

Nos dias atuais, os principais indexadores são a taxa Selic e o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Em alguns casos, os valores podem ser corrigidos também pela variação do valor de moedas estrangeiras, como o dólar.

A correção monetária pode ser aplicada a várias coisas como nos salários, empréstimos, aplicações financeiras.

É comum, por exemplo, no final de um ano, o governo anunciar a mudança do salário mínimo para o período seguinte.

Essa variação, costumeiramente, é feita de acordo com o índice oficial de inflação (IPCA)

Quando há a intenção de valorizar o salário mínimo real, então deve-se aplicar um ajuste que seja maior que a inflação.

Caso seja aplicado um aumento menor que a inflação, então o que ocorrerá será uma desvalorização do salário mínimo em termos reais.

Como funciona a correção monetária

A atualização monetária é um fator importante para quem realiza investimentos, seja no mercado financeiro ou de capitais. 

Supomos um caso no qual a inflação de determinado ano tenha sido 5%.

Se os rendimentos de determinado ativo forem de 5%, na prática esse investimento não gerou nenhum ganho real, apenas garantiu ao investidor a manutenção do poder de compra.

O ganho real só ocorreria caso o ativo investido rendesse um ganho nominal acima de 5%.

Neste caso, devemos diferenciar os juros da correção monetária.

Os juros são um prêmio atrelado ao risco do ativo. Quanto maior o risco maior será sua taxa de juros.

Já a correção monetária é um indicador que atualiza o poder de compra do dinheiro que foi aplicado.

Ou seja, a correção monetária não é associada ao risco do ativo, mas sim à mudança no valor do dinheiro ao longo do tempo.

Correção monetária no Brasil

A correção monetária começou a ser instituída no regime militar de 1964.

Na época foi criado o primeiro indexador, denominado Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional (ORTN), que media o valor de alguns créditos específicos.

Ao longo dos anos, com a mudança da economia brasileira (fim da hiperinflação), esse indexador foi sofrendo alterações. 

Durante a década de 1980, o Brasil conviveu com altas taxas de inflação, o que gerou inclusive momentos de hiperinflação durante esse período.

A hiperinflação é uma inflação fora de controle a níveis extremamente elevados. O que ocorre é um encarecimento rápido dos produtos e desvalorização acentuada da moeda

No Brasil, o ápice da inflação foi em 1990, quando o índice chegou a marcar 80% ao ano.

Dessa forma, a moeda brasileira perdeu poder de compra diariamente, o que gerava um cenário de grande instabilidade econômica.

Nessa época, a atualização monetária chegou a ser diária, uma vez que os preços eram alterados diariamente. 

Somente a partir de 1994, com a implementação do Plano Real, que o país passou a ter uma inflação controlada.

Dessa forma, a correção monetária passou a ser feita apenas anualmente, uma vez que a moeda nacional não perdia tanto valor ao longo do tempo.

Os mecanismos de correção monetária são importantes até hoje, pois no longo prazo, o Real continua se deteriorando, embora a taxas menores que no passado.