O BTG Pactual (BPAC11) conseguiu na Justiça o direito de bloquear R$ 1,2 bilhão da Americanas (AMER3) sob custódia do banco, decidiu o desembargador Flávio Marcelo Fernandes, da segunda instância do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

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A decisão desta quarta-feira (18) é liminar, uma vez que o pedido do banco ainda será apreciado pelo tribunal.

Segundo a decisão obtida pelo InfoMoney, o magistrado apontou que a proteção obtida pela Americanas contra credores antes de uma possível recuperação judicial não pode garantir que a empresa tenha livre acesso ao recurso, em especial em um contexto em que há risco de calote.

“Há necessidade de diligência com o fim de se evitar a utilização do instrumento [proteção] como meio de fraude a credores, sob pena de se esvaziar o próprio intuito da Lei”, escreveu Fernandes.

Ainda de acordo com o juiz, é necessário um melhor diagnóstico da situação da empresa, para que se possa pedir uma proteção aos credores.

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“Considerando, deste modo, a existência de Cláusula de Compensação – sem limite de prazo de denúncia – e o perigo real e concreto de irreversibilidade da medida ante o passivo de mais de R$ 20 bilhões, defiro a liminar”, prosseguiu o juiz.

Neste sentido, Flávio Marcelo Fernandes determinou que o valor fique bloqueado até a apreciação do mandado de segurança pedido pelo BTG. 

“Assim, reservo-me a um exame mais detido do pedido por ocasião do julgamento definitivo”, disse o juiz, que deu 10 dias para que a Americanas preste mais esclarecimentos ao tribunal.

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A vitória na Justiça beneficia apenas o BTG Pactual. No entanto, o Bank of America, o BV e o Goldman Sachs também tentam derrubar na Justiça a proteção contra credores obtida pela Americanas.

Resultado da Americanas no Terceiro Trimestre de 2022

resultado da Americanas (AMER3) no terceiro trimestre de 2022 (3t22), divulgado no dia 10 de novembro, apresentaram um prejuízo de -R$ 211,5 milhões no 3t22, baixa de -187,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

O Ebitda ajustado das Americanas atingiu R$ 582,0 milhões no 3T22, apresentando retração de -21,6% na comparação com o 3T21.

A margem Ebitda das Americanas totalizou % no 3T22, apresentando crescimento de pontos percentuais na comparação com o 3T21. 

A margem líquida das Americanas atingiu -3,9% no 3T22, apresentando retração de -7,7 pontos percentuais na comparação com o 3T21.

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Fonte: Infomoney.