Estamos passando por tempos confusos no mercado financeiro.
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Crises e problemas não chegam a ser uma novidade, quando se fala em renda variável ou até mesmo de Brasil.
Mas a questão aqui é que com muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, é natural que muitos investidores percam o foco naquilo que interessa.
O que realmente interessa são os fundamentos das empresas e, claro, a capacidade das empresas de pagarem os dividendos.
Toda essa confusão começou com a pandemia, depois com os resultados momentaneamente ruins das empresas.
Sabíamos que aquilo era passageiro, mas daí começam os desdobramentos menos óbvios: inflação e juros subindo, eventual tributação dos dividendos, bolsa caindo e até uma construtora chinesa em dificuldade virou motivo de preocupação.
Nesse cenário, o sentimento que eu percebo em muitos investidores é de falta de confiança nos investimentos em ações.
Percebo que o pessoal está focando na coisa errada. Está prestando atenção no ruído, e está ignorando o que realmente importa.
As divulgações de resultados das empresas até a metade deste ano foram surpreendentemente positivas.
Várias empresas com recordes de faturamento, lucro, margens e tudo mais.
Ou seja, os fundamentos estão melhores do que nunca.
Outro ponto que chama a atenção é o volume de dividendos distribuídos aos acionistas até a metade do ano.
Até a metade do ano, foram distribuídos mais do que o dobro do mesmo período do ano passado.
Em 2021 foram R$ 104,6 bilhões, contra R$ 46 bilhões em 2020 e R$ 66 bilhões de 2019 (considerando sempre somente o primeiro semestre dos anos em questão).
Para o segundo semestre a tendência é que o volume siga alto, pois há empresas inclusive antecipando como podem o pagamento de dividendos, pois se deixarem para pagar no ano seguinte, o acionista pode já ser tributado.
É o caso da Suzano (SUZB3), que convocou uma assembleia extraordinária de acionistas para votar uma proposta que pode viabilizar essa distribuição de dividendos antes do que normalmente ela o faria.
Outra que pode fazer isso, apesar de não ter sinalizado nada nesse sentido ainda, é a integrante da carteira Seleção de Dividendos Mahle Metal Leve (LEVE3) que apresentou lucro grande este ano, tem bastante caixa, pouca dívida, e costumava distribuir grande parte do lucro antes da pandemia.
Dado o cenário de pandemia “ficando para trás”, ela poderá surpreender com bons dividendos.
Ao mesmo tempo que temos fundamentos melhores do que nunca e os acionistas sendo muito bem remunerados, a bolsa de valores não está lá tão animada assim.
As cotações estão na média longe de suas máximas históricas e tornando a nossa bolsa extremamente atrativa para quem está fazendo seus aportes constantemente.
Ótimo para comprar barato.
É hora de aproveitar este momento, pois esse tipo de distorção não costuma durar muito tempo.