O que são Agregados Monetários?

Os Agregados Monetários são uma espécie de classificação para os ativos financeiros de um país. O principal critério utilizado para classificar esses ativos é quanto à liquidez dos mesmos.

Carteira Recomendada? Faça um Diagnóstico Online e Receba uma Carteira Gratuita.

A principal instituição por trás dessa classificação, no Brasil, é o Banco Central. Cada país tem a sua própria classificação, mas no geral elas se assemelham.

E sendo a liquidez a característica que mais importa para a classificação dos Agregados Monetários, é natural que o ativo financeiro mais relevante seja o papel moeda.

Ficou na Dúvida Sobre Investimentos? Baixe Grátis o Dicionário do Investidor.

Classificação de Agregados Monetários

Existem 4 grupos diferentes para se ordenar os Agregados Monetários. Estes grupos são ordenados de acordo com seu potencial de liquidação, sendo também inclusivos um com o outro.

Grupo M1

O primeiro grupo é o M1, que pode ser chamado de Base Monetária. Neste grupo encontra-se a moeda em papel, o ativo mais líquido de todos. Os depósitos bancários à vista também estão nele.

Grupo M2

Já no segundo grupo, o M2, além da moeda e dos depósitos bancários, também é possível incluir os depósitos remunerados à prazo que são depositados nos bancos. 

Existem dois tipos de depósitos a prazo:

  1. CDB (Certificado de Depósito Bancário);
  2. RDB (Recibo de Depósito Bancário)

Ambos possuem finalidades semelhantes, sendo a única diferença notável o fato de que os RDBs não podem ser transferidos antes da data do vencimento.

Grupo M3

No terceiro grupo, o M3, inclui-se o M1, o M2 mais a captação interna exercida por fundos de renda fixa que possuam alta liquidez, junto da carteira de títulos registrados na SELIC.

Alguns exemplos de investimentos nessa categoria são:

  • LCI (Letras de Crédito Imobiliário): possui isenção de IR, pode ser resgatado depois 180 dias, rende mais que a poupança e é protegido pelo FGC;
  • LCA (Letras de Crédito do Agronegócio): possui isenção de IR, rentabilidade e vencimento definidos no ato da compra e proteção do FGC;
  • Fundos de curto prazo: são compostos de títulos privados de baixo risco e títulos públicos pré-fixados;
  • Fundos DI: resgate em qualquer data sem perda de juros, possui taxa de administração e é composto por 95% de títulos públicos associados à SELIC.

Grupo M4

E o último grupo, o M4, agrega todos os grupos anteriores mais os títulos públicos de alta liquidez. São eles:

  • LFT (Letra Financeira do Tesouro): também conhecido como Tesouro SELIC, é a opção de investimento mais segura e pode ser resgatada depois do 30º dia sem tributação de IOF;
  • LTN (Letra do Tesouro Nacional): conhecido como Tesouro Pré-fixado, tem-se ciência da rentabilidade exata desde o dia da compra, contanto que seja mantido até a data de vencimento.
  • NTN-B (Nota do Tesouro Nacional B): ou simples Tesouro IPCA, é composto por dois indicadores, o IPCA e a taxa de juros pré-fixada no momento da compra. A rentabilidade do título será sempre maior que a inflação.

Agregados Monetários e o papel moeda

O papel moeda emitido, definido e criado pelo governo, é o denominador comum da economia. No entanto, para que a moeda possua qualquer valor, é necessário que ela cumpra algumas funções. São estas:

  • Representar uma reserva de valor: entende-se que o valor da moeda permanecerá estável com o passar do tempo, sem grandes alterações que prejudiquem a sua usabilidade;
  • Ser usada como unidade de medida: a moeda serve para definir o valor de tudo que esteja disponível para aquisição monetária;
  • Servir como meio de troca: as pessoas aceitam usar uma certa quantidade de moeda para adquirir bens e serviços sem precisar usar do escambo.

E assim, uma vez que uma moeda é aceita pela sociedade, as outras formas de utilização e comercialização desta passam a existir. Portanto, os Agregados Monetários só existem em causa da moeda.