Na GuiaInvest, trabalhamos com diferentes books, que são carteiras de ativos com estratégias específicas, compondo sua carteira de investimentos.

Hoje, o book que volta aos holofotes é o Trade Opportunity, cujo objetivo é expor as carteiras a teses diferenciadas com grande potencial de retorno.

A novidade que trazemos (ou melhor, um retorno esperado) é a China.

Muitos podem se perguntar:

A China não está enfrentando uma crise econômica?

Por que investir na China, um país em dificuldades?

Vamos começar pelo fim.

Investir em um país que enfrenta uma crise econômica pode ser arriscado.

No entanto, ao observar os fundamentos e dados certos, podemos encontrar excelentes oportunidades, sempre com cautela para não aumentar o risco da carteira.

Com a crise imobiliária desencadeando uma desaceleração da economia, a China viu o capital estrangeiro sair do país, resultando na bolsa chinesa negociando em mínimas históricas.

O gráfico revela que o preço das ações de empresas chinesas despencou com a saída do capital estrangeiro.

No entanto, muitas dessas empresas continuaram a apresentar resultados e lucros sólidos. Como resultado, a bolsa chinesa passou a negociar a um múltiplo de 9 vezes o lucro, um valor historicamente baixo.

A verdade é que a China está barata. Em momentos como este, quando os investidores estão evitando essa tese, surge a oportunidade de pagar um preço atraente por um ativo com grande potencial de valorização.

Apesar da crise, a China continua sendo a segunda maior economia do mundo, com potencial para se tornar a primeira ao longo do século.

Além disso, os dados econômicos recentes do país têm surpreendido positivamente, indicando um possível início de recuperação econômica.

Carteira Recomendada? Faça um Diagnóstico Online e Receba uma Carteira Gratuita.

Para entender o que os dados econômicos recentes indicam, é fundamental compreender as causas da crise chinesa.

Nos últimos anos, a China tem enfrentado uma forte desaceleração econômica, exacerbada por uma grande crise no setor imobiliário, que chegou a representar cerca de 30% do PIB chinês.

Como um país exportador, o desenvolvimento da infraestrutura e da urbanização foi praticamente uma consequência natural de seu protagonismo no comércio global.

Grande parte do PIB chinês foi alimentada pelo crédito concedido a empresas de construção para sustentar a demanda por projetos de infraestrutura e urbanização.

Os cidadãos chineses, sem a possibilidade de investir fora do país e com uma forte cultura de poupança devido à ausência de um estado de bem-estar social, tinham poucas opções de investimento: ações chinesas, títulos públicos e imóveis.

Na época, o setor imobiliário era a opção mais atrativa.

Com a mudança demográfica na China, a população estagnou, levando a um declínio natural do mercado imobiliário. Além disso, o forte investimento no setor criou uma bolha que inflou os preços dos imóveis.

O governo tentou frear esse investimento, impondo maiores burocracias para a compra de um segundo imóvel, mas sem grande sucesso. Como resultado, o crescimento do PIB chinês caiu de mais de 10% para 5,8% em 2019.

Outro ponto crucial foi a condução da política econômica durante a pandemia. O governo chinês estimulou a oferta, oferecendo subsídios de crédito e reduzindo impostos.

No entanto, esse estímulo gerou um desequilíbrio, onde a oferta superou a demanda, resultando em quedas significativas nos preços e uma forte deflação na economia.

A deflação é tão prejudicial quanto a inflação, pois impacta diretamente o PIB devido à queda nos preços, desestimulando a produção.

Com a crise do setor imobiliário, políticas monetárias controversas e um menor crescimento do PIB, a saída de capital estrangeiro da China foi intensa, levando a bolsa chinesa a negociar em mínimas históricas.

No entanto, no ano passado, o governo conseguiu estabilizar a economia por meio de estímulos, dissipando o medo de uma crise macroeconômica iminente.

Apesar disso, um rápido crescimento é improvável, pois a reestruturação do PIB não ocorre da noite para o dia.

A transformação do setor imobiliário, que antes representava uma grande parte do PIB, para uma posição menor, não acontecerá rapidamente.

O país está promovendo uma mudança significativa, concentrando-se em investimentos em setores da economia moderna, como semicondutores, biotecnologia, energia limpa, baterias e veículos elétricos.

Nos últimos três meses, o país voltou a apresentar inflação, indicando um aquecimento da demanda.

A balança comercial chinesa também mostrou avanços, com altas nas exportações e importações. O PIB chinês do primeiro trimestre surpreendeu positivamente, registrando um crescimento de 5,3%.

Carteira Recomendada? Faça um Diagnóstico Online e Receba uma Carteira Gratuita.

Dessa forma, enxergamos uma boa oportunidade para nos posicionar na tese da China neste momento. Apesar dos desafios, reconhecemos a força econômica chinesa e os sinais de melhora em seus indicadores macroeconômicos.

É crucial destacar que o book Trade Opportunity não se adequa a todos os perfis de investidores, sendo especialmente destinado àqueles com maior apetite ao risco.

Além disso, é fundamental reiterar a importância de manter as alocações em cada ativo de acordo com as recomendações específicas para o seu perfil, realizando ajustes conforme os movimentos dos ativos, a fim de manter uma proporção adequada.