Com a alta da Selic, os cuidados na hora de fazer um financiamento imobiliário devem ser redobrados para não acabar pagando mais caro e acabar se endividando.

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Mesmo que o aumento da taxa básica de juros coloque um freio no financiamento de imóveis, especialistas dizem que ainda é possível fazer uma boa negociação.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (27) a elevação da Selic de 6,25% para 7,75% ao ano, a maior desde 2017.

A taxa é uma referência dos juros no Brasil, usada como base para investimentos de renda fixa e operações de crédito como o financiamento de imóveis.

Desde março a Selic segue em alta, tendo saído de 2% para os atuais 7,75%. É esperado que aumente ainda mais e termine o ano em 9,25%.

Um dos setores mais afetados por esse aumento é o imobiliário. 

Os juros mais altos encarecem o crédito e pode deixar o sonho da casa própria cada vez mais distante para boa parte das famílias brasileiras. 

O ciclo de aumentos da Selic já está sendo repassado para as taxas de crédito imobiliário desde julho. 

Ainda assim, o preço dos imóveis têm se mantido atrativos e apesar do momento, especialistas do setor dizem que ainda é vantajoso ir às compras em 2021.

Embora muitos vejam o cenário ainda como favorável, há um alerta de que a partir do ano que vem a oferta de crédito pode ficar mais restrita.

Se a Selic subir para 10%, o que deve ocorrer no início de 2002, a TR (taxa referencial) que hoje está em 0%, começará a impactar a parcela do financiamento. 

Este é mais um dos fatores que precisam ser levados em consideração para fazer um financiamento de imóveis sem erro.

Maior comprometimento da renda

O grande problema do atual cenário de juros altos para o investidor está no valor fixado para a primeira parcela. 

Em um contrato médio, por exemplo, o aumento de 1% nas taxas de juros dos financiamentos teria o impacto de de aproximadamente R$ 240, na primeira parcela mensal, exigindo cerca de R$ 800 a mais de renda comprovada.

Além do aumento no valor da prestação e das famílias com orçamento mais restrito por conta da inflação, a contratação de uma dívida de longo prazo como o financiamento imobiliário exigirá uma renda ainda maior.

Apesar de a alta da Selic ter o poder de afetar o apetite para o financiamento de imóveis, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) considera que a decisão do comitê do Banco Central foi importante para conter o processo inflacionário.

"Com essa medida, será possível estabilizar os juros futuros de longo prazo, condição essencial para o crescimento econômico do país, do setor e para a geração de empregos", afirma a entidade em nota.

Para quem já tem contratos de financiamento em andamento, o pedido de portabilidade para um banco que cobre menos juros deve ser analisado, especialmente nos casos em que as taxas assumidas estão em torno de 12% ao ano.

Já para aqueles que pensam em fazer um financiamento imobiliário, a regra continua a mesma: pesquisar e comparar o custo efetivo total em diferentes instituições financeiras para fazer boas negociações.

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