Fundo Imobiliário RBRY11 vende R$ 4,5 milhões em cotas do XPCI11 e apura ganho de capital de R$ 77 mil no mês. 

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Ainda com parte dos recursos captados em março passado em caixa, o Fundo Imobiliário RBRY11 fez movimentações relevantes em maio. 

O Fundo adquiriu 3 novos CRIs e aumentou sua posição em outros dois já em carteira, movimentando cerca de R$ 45,7 milhões de seu capital.

As novidades são o CRI You, o CRI Wimo e o CRI Baronesa. As posições elevadas foram o CRI Pinheiros e o CRI Mora. 

O portfólio de FIIs também foi alterado.

O Fundo vendeu R$ 4,5 milhões em cotas do XPCI11 e apurou um ganho de capital de R$ 77 mil no mês, equivalente a R$ 0,02 por cota. 

A carteira recebeu também os CRIs Gramado e Helbor II.

A gestão comenta no relatório gerencial do mês que os R$ 7,5 milhões investidos por ativo serão carregados por 30 dias em estratégia tática. 

O documento informa ainda que 70% dos R$ 150,7 milhões captados em março já foram investidos e que mais R$ 35 milhões seriam investidos em uma nova operação. 

A previsão é de que o Fundo alcance alocação total de 93% do montante captado no mês de junho. 

Se você busca maneiras mais eficientes de aumentar seu patrimônio e receber renda mensal isenta de impostos, deve investir nos melhores fundos imobiliários do mercado. 

Por isso, conhecer as características e o histórico do RBRY11 é fundamental.

Neste artigo você descobrirá: 

  • O que é RBRY11;
  • Rendimentos do RBRY11;
  • Resumo da carteira do RBRY11;
  • Liquidez do RBRY11;
  • Principais riscos do RBRY11;
  • Se vale a pena investir no RBRY11. 

Leia até o final e descubra se o RBRY11 vale a pena e deve fazer parte da sua carteira de investimentos.

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O que é RBRY11 FII?

RBRY11 é o ticker, ou sigla, que identifica o Fundo Imobiliário RBR Crédito Estruturado, gerido pela RBR Asset Management e administrado pela BRL Trust

Trata-se de um fundo imobiliário do tipo papel, que investe a maior parte de seus recursos em CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários).

Na atualidade, papéis lastreados em imóveis residenciais formam a maior parte da carteira do fundo. 

Com os juros gerados por esses títulos, o RBRY11 gera renda mensal isenta de imposto de renda para seus cotistas. 

O fundo teve início em julho de 2019. Foram realizadas duas ofertas 476 (destinadas somente aos investidores qualificados e profissionais) nesse ano, reunindo cerca de R$ 200 milhões. 

Para os investidores em geral, o Fundo só abriu captação em fevereiro passado. O Fundo levantou mais de R$ 150 milhões com cotas a R$ 104,50 cada. 

Ao final de maio de 2021, o patrimônio líquido do RBRY11 era de pouco mais de R$ 349,78 milhões. Suas cotas fecharam o mês em R$ 104,80. 

RBRY11 Rendimentos

O RBRY11 distribuiu R$ 0,75 por cota em junho, como rendimentos referentes ao mês de maio, equivalente a um dividend yield anualizado de 8,93% ao ano (cota mercado).

No relatório de maio, a gestão explica que finalizou o mês de maio com R$0,67/cota no fundo de reserva. O valor deve ser utilizado nos próximos meses.

A imagem abaixo detalha os rendimentos mensais do RBRY11 entre junho/20 e maio/21.  

Rendimentos mensais RBRY11
Rendimentos mensais RBRY11. Fonte: Relatório Gerencial.

O relatório gerencial de maio informa que o RBRY11 mantinha uma reserva equivalente a R$ 0,67 por cota e que o montante seria utilizado em breve. 

Como outros fazem outros Fundos, o RBRY11 mantém essa reserva como forma de equilibrar as distribuições mensais e/ou aproveitar oportunidades de mercado. 

No entanto, o Fundo tem obrigação de distribuir 95% de seus rendimentos no semestre. 

Assim, distribuições maiores ou menores podem ser feitas no último mês para atender essa obrigação. 

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Resumo da Carteira do RBRY11

A carteira de CRIs do RBRY11 é composta por 20 CRIs (aproximadamente 49% da carteira) e cotas de 12 Fundos imobiliários (cerca de 21% da carteira).

Na atualidade, a gestão do Fundo segue três estratégias com parâmetros e metodologias muito bem definidas:

  • Core (61%): Principal estratégia, CRIs com rating RBR mínimo BBB,operações exclusivamente “off-market”, de acesso restrito a investidores profissionais e preferencialmente originação e estruturação próprias;
  • Tático (23%): CRIs com carrego abaixo da taxa média CORE, mas com potencial de ganho de capital no curto/médio prazo, com desconto sobre o valor patrimonial e visando diversificação;
  • Liquidez (16%): Recursos que aguardam alocação futura e permanecem em ativos de maior liquidez. O padrão é um caixa por volta de 5% para aproveitar eventuais oportunidades. 

Na data, o FII mantinha ainda parte dos recursos captados na mais recente emissão de cotas, finalizada em março. O cenário mudará com o desenvolvimento da alocação, ainda em curso.  

Movimentações de Carteira

O RBRY11 adquiriu novos CRIs, aumentou duas posições e vendeu R$ 4,5 milhões em cotas de Fundos Imobiliários. 

Dentro da estratégia Core, o Fundo adquiriu 3 novos CRIs: 

  • R$ 21,4 milhões no CRI You (operação exclusiva RBR) com remuneração de CDI +5,00% ao ano;
  • R$ 10,5 milhões no CRI Wimo remunerando a IPCA+7,50% ao ano;
  • R$ 5 milhões no CRI Baroneza remunerando a 9,90% ao ano + kicker (performance) sobre a venda da garantia equivalente 1,5% do montante da operação. 

Além disso, a posição em 2 CRIs que já estavam na carteira foi elevada: R$ 4,6 milhões no CRI Pinheiros e R$ 1,2 milhões no CRI Mora. 

Ainda na carteira de CRIs, foram comprados R$ 7,5 milhões do CRI Gramado e R$ 7,5 milhões do CRI Helbor III, posições que a gestão pretende por 30 dias na estratégia tática.

Já na estratégia tática de FIIs, o Fundo vendeu R$ 4,5 milhões em cotas do XPCI11, apurando um ganho de capital de R$ 77 mil no mês (R$0,02/cota).

Dos R$ 150,7 milhões captados em março, 70% já foram investidos. 

Conforme explica a gestora, um investimento de R$ 35 milhões em uma nova operação aconteceria em junho, perfazendo uma alocação total de 93% do montante captado.

Carteira de CRIs

A carteira de CRIs do RBRY11 conta com 21 ativos, sendo a maioria deles (50%) indexados pelo CDI + 4,8%. 

Na imagem abaixo, os indexadores da carteira do RBRY11. 

Indexadores RBRY11
Indexadores RBRY11. Fonte: Relatório Gerencial.

Em relação ao risco, a principal exposição (48%) é a títulos com devedor corporativo, conforme a imagem abaixo.

Carteira RBRY11 por tipo de risco
Carteira RBRY11 por tipo de risco. Fonte: Relatório Gerencial.

Quanto ao setor imobiliário, a carteira do RBRY11 é composta principalmente de CRIs residenciais, que representam 72% da carteira. 

Os 28% restantes são divididos igualmente entre galpões logísticos e outros imóveis que não lajes corporativas ou shoppings. 

Carteira RBRY11 por setor imobiliário
Carteira RBRY11 por setor imobiliário. Fonte: Relatório Gerencial.

Cabe ressaltar que a carteira do Fundo busca CRIs com rating (classificação) igual ou superior a BBB. Em abril,  99,6% das operações atendiam esse requisito. 

A imagem abaixo detalha os CRIs presentes na carteira do RBRY11 ao final de abril de 2021. 

Carteira de CRI RBRY11
Carteira de CRI RBRY11. Fonte: Relatório Gerencial.

A principal exposição da carteira é o CRI Gramado Laghetto, que representa 8,9% do Patrimônio líquido do Fundo. 

Na sequência, o CRI Cabreúva representa 8,6% da carteira. O papel conta com alienação fiduciária de um galpão logístico AAA localizado na cidade de Cabreúva, São Paulo. 

O pagamento do CRI está atrelado ao contrato de locação do galpão, cujo locatário é uma rede varejista. O LTV da operação é de 38%.

A operação tem remuneração escalonada indexada ao IPCA a partir do 13º mês. No relatório de abril, a gestora informava sua intenção de carregá-la em carteira durante os 12 primeiros meses.

Carteira de Fundos Imobiliários

Ao final de abril de 2021, o RBRY11 contava com 12 Fundos Imobiliários em carteira. Seu foco são FIIs de CRI. 

Carteira FIIs RBRY11
Carteira FIIs RBRY11. Fonte: Relatório Gerencial.

Mesmo com a venda de 4,5 milhões de cotas, a maior exposição da carteira continua sendo o FII XPCI11, que responde por R$ 16,69 milhões do capital do FII. 

Negociação e Liquidez RBRY11

Como explico no livro Método Fayh, a liquidez é um ponto importante a considerar antes de investir em um FII. 

Afinal, trata-se de um dado relacionado ao risco de investimento, mostrando a capacidade do fundo de transformar cotas em dinheiro vivo para o investidor.

Em maio de 2021 foram registradas 36.367 negociações de cotas do RBRY11, totalizando um volume aproximado de R$ 26,04 milhões.

A média diária do período foi de cerca de R$ 1,18 milhão. 

Entre junho de 2020 e maio de 2021, o volume total das negociações do RBRY11 foi de R$ 125,27 milhões. Foram 86.730 negociações.  

O volume médio mensal no período foi de aproximadamente R$ 10,12 milhões. 

Riscos do RBRY11

Os principais riscos do RBRY11 são: a concentração, risco de crédito e os riscos estratégicos. 

Risco de Concentração

O risco de concentração considerada a quantidade de ativos presente na carteira de um fundo de papel, mas também: 

  • A classe e a localização desses ativos;
  • Concentração por devedor;
  • Indexadores atrelados aos papéis.

Em maio, ainda com parte dos recursos da última emissão por alocar, o RBRY11 apresentava uma carteira diversificada, sem concentrações anormais. 

Risco de Crédito

O risco de crédito é a possibilidade de inadimplência. 

De forma simplificada, os CRIs são empréstimos. Como tal,  é questão de tempo para que um devedor deixe de honrar seu compromisso de pagamento. 

Em fundos de CRI, como é o RBRY11, esse risco é mitigado por diferentes classes de garantias, entre outras: 

  • Cessão fiduciária de recebíveis;
  • Cessão fiduciária da carteira;
  • Fianças;
  • Alienação fiduciária das cotas das SPEs.

O risco da inadimplência em um fundo de CRIs é ainda agravado de acordo com a subordinação das séries dos CRIs presentes em sua carteira.  

A subordinação pode ser traduzida como a ordem em que serão feitos os pagamentos devidos àquele CRI. 

Em primeiro lugar, estão as séries sênior. Quem investe nelas, abriu mão de parte da rentabilidade em nome de maior segurança. 

Por isso, é recompensado recebendo seu retorno antes que os demais.

Na sequência, recebe quem possui séries mezanino, que se manteve no meio termo entre a segurança e a rentabilidade. 

Por fim, é a vez das séries subordinadas, que oferecem maior rentabilidade mas, para isso, sacrificam parte da segurança. 

Na prática, ocorre que se houver inadimplência quem recebe o maior impacto são os detentores de séries subordinadas, os últimos a receber.

Todos os demais serão pagos primeiro, e o que sobrar - e se sobrar - chegará até eles. 

Existem, ainda, CRIs sem subordinação, com séries únicas. Neles, todos são iguais e o impacto de uma possível inadimplência atinge todos os investidores igualmente. 

Como não existe obrigatoriedade deste detalhamento, o cotista depende da boa vontade da gestão em explicar o que acontece por dentro do Fundo. 

No relatório gerencial do RBRY11 não há informação sobre a subordinação dos CRIs do Fundo.  

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Dados do RBRY11

Agora que você já conhece tudo sobre o RBRY11, confira seus dados oficiais:

  • Razão Social: RBR Crédito Imobiliário Estruturado Fundo de Investimento Imobiliário
  • CNPJ: 30.166.700/0001-11
  • Gestor: RBR Asset Management
  • Público Alvo: Investidores em geral
  • Segmento: Títulos e valores mobiliários - Gestão Ativa
  • Patrimônio Líquido (05/2021): R$ 349.785.652,72
  • Benchmark: IPCA + Yield IMA-B 5 (calculado sobre a distribuição de rendimentos)
  • Taxa de Administração: 0,2 % a. a. sobre o PL do Fundo. 
  • Taxa de Gestão: 1,1 % a.a. sobre o PL do Fundo
  • Taxa de Performance: 20% sobre o que exceder o Benchmark IPCA + Yield IMA-B 5
  • Início do Fundo: maio de 2018
  • Quantidade de Emissões: 3
  • Número de Cotistas (05/2021): 8.933
  • Número de Cotas do RBRY11: 3.397.153
  • Regulamento do RBRY11
  • Relatório Gerencial  RBRY11
  • RBRY11 Site Oficial (RI)

RBRY11 Subscrição

A subscrição é um direito de quem possui cotas de um FII, que assegura a possibilidade de manter seu percentual de participação no fundo em uma nova emissão de cotas. 

Na prática, o fundo emite novas cotas (geralmente a um preço mais baixo do que o de mercado), e oferece a preferência de compra a seus cotistas. 

Não se trata de possibilidade de compra sem limites:  o número de novas cotas que você poderá adquirir será sempre proporcional ao número atual de cotas que já possui.

O anúncio da emissão informa um fator de proporção a ser aplicado sobre o número de cotas que já se possui para entender quantas novas cotas é possível adquirir.

Como direito, a subscrição é opcional. 

Inclusive, caso não queira comprar novas cotas, alguns fundos permitem que você venda esse direito através do home broker da sua corretora de valores.

A terceira emissão de cotas do RBRY11, finalizada em fevereiro, trouxe oferta de subscrição com fator de proporção 0,73421489158. 

Na prática, a cada 100 cotas que possuía na data de anúncio da emissão, o cotista pode adquirir 73 novas cotas ao preço de emissão (R$ 104,50).

Veja datas e prospectos das emissões do RBRY11 com subscricão:

Dúvidas sobre RBRY11

Veja as dúvidas mais comuns sobre o RBRY11.

Como comprar RBRY11?

A compra de cotas do RBRY11 é feita através de uma corretora de valores

Para isso, é preciso: 

  • Abrir sua conta;
  • Transferir o montante que deseja investir para ela;
  • Buscar o fundo por seu código (RBRY11, neste caso);
  • Selecionar a quantidade de cotas que deseja comprar e o valor a pagar;
  • Enviar a ordem de compra e aguardar confirmação. 

Onde achar o informe de rendimentos do RBRY11?

O informe de rendimentos do RBRY11 é disponibilizado pela gestora, a RBR Asset Management, na página oficial do fundo

Onde achar o relatório gerencial do RBRY11?

Assim como os informes de rendimentos, o relatório gerencial do fundo é encontrado na página oficial do RBRY11

Como declarar o fundo imobiliário RBRY11 no IR?

Para descobrir como declarar o fundo imobiliário no imposto de renda, consulte o artigo Como Declarar o Imposto de Renda sobre Investimentos.

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RBRY11 Vale a Pena?

O RBRY11 é um fundo imobiliário que investe em CRIs e cotas de outros FIIs de CRI. 

Ainda com recursos da recente emissão em caixa, o Fundo vai construindo seu portfólio e realizando operações de ganho de capital conforme o esperado. 

A gestão parece coerente com sua estratégia e os rendimentos vêm sendo recorrentes e mesmo interessantes. 

Não vejo nada que o desabone e, inclusive, gosto do que vejo: uma das opções de Fundos de CRI a considerar para diversificar a carteira desse segmento. 

O RBRY11 vale a pena sempre que se encaixe na sua carteira de FIIs, mas nunca a qualquer preço. Cuidado para não investir mal em um bom ativo. 

Preparei um relatório com 3 Melhores FIIs para Receber Aluguéis. Baixe uma cópia e comece a ganhar renda de aluguéis, mesmo que já invista em FIIs ou ainda não saiba como investir.

Lembre-se que antes de investir em fundos imobiliários é necessário conhecer seu perfil de investidor para fazer uma boa alocação de ativos e se expor a um nível adequado de risco.

Publiquei o livro Método Fayh na Amazon explicando tudo sobre como escolher os melhores fundos imobiliários do mercado para viver de renda. Mesmo que você já invista, recomendo fortemente a leitura.

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