A RBR, especializada em mercado imobiliário, vai entrar na área de financiamento habitacional para pessoas físicas, segmento tradicionalmente dominado pelos bancos.

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A ideia da gestora, que tem R$ 6,5 bilhões em recursos sob o guarda-chuva, é justamente oferecer uma alternativa ao crédito para aquisição de casa própria das instituições financeiras tradicionais.

Segundo o sócio responsável pela operação, Guilherme Antunes, “a expansão acontece em decorrência da crescente demanda do mercado por financiamento ao consumidor”.

O gestor reconhece haver um cenário macroeconômico desafiador, “com juros altos, inflação em elevação e possivelmente baixo crescimento”.

No entanto, ressalta que “para alguns pode parecer um contrassenso, mas é nesse cenário que a gente gosta de atuar e vê oportunidades”.

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Antunes explica que, em um ambiente mais desfavorável para o crédito em geral, os bancos tradicionais costumam “subir a régua”, ou seja, tornarem-se mais conservadores na liberação ainda que mantenham um apetite mais elevado em relação à linha.

“Nós podemos oferecer condições diferenciadas e ter um processo de aprovação mais ágil. Muitas famílias que não vão conseguir as taxas subsidiadas [com recursos da poupança] nos bancos terão oportunidade com nossas soluções.”

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O representante da RBR reconhece que as taxas da casa tendem a ser mais elevadas que o crédito tradicional, mas “por outro lado, temos flexibilizações no processo de aprovação e nas formas de pagamentos”.

Conforme Antunes, a perspectiva da gestora é trabalhar em uma linha atrelada a índices de preços. “A gente tem expectativa de trabalhar com taxas entre 8% e 12% mais a inflação”, afirma.

O financiamento ao consumidor, diz o sócio, vai ser feito de forma indireta.

Os recursos virão de um novo fundo da casa, mas a oferta em si será realizada por meio de parcerias com incorporadoras, distribuidores de ativos bancários e outros canais.

De acordo com a gestora, o montante inicial do portfólio vai alcançar R$ 100 milhões a partir de recursos proprietários da RBR e de um investidor institucional.

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“Nossa expectativa é de já utilizar essa capacidade de R$ 100 milhões em três meses”, afirma Antunes.

O foco inicial será o financiamento de unidades residenciais na cidade de São Paulo. “Mas em um futuro próximo a ideia é fazer o Brasil inteiro”, acrescenta.

De acordo com o gestor, a casa vê potencial de R$ 1 bilhão em financiamento habitacional nesse formato nos próximos 18 meses.

“Com a nova operação, vamos ampliar nossa atuação, que hoje tem um foco maior em fundos imobiliários e de crédito privado, e pulverizar o risco, com aumento da base de clientes potenciais e acompanhar a oportunidade em crédito à pessoa física.”

A RBR tem experiência no crédito imobiliário, mas até então as operações se restringiam a à sociedade com empreendedores na compra de terrenos, financiamento de obra e antecipação de resultados de projeto.

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Segundo a casa, cerca de R$ 2 bilhões já foram investidos nesses formatos, em mais de cem operações e parcerias com 50 empresas.

Startup fatura R$ 27 milhões com intermediação de crédito para obras imobiliárias (Pequenas Empresas, Grandes Negócios – Economia – 30/03/2020)

A dificuldade de acesso a crédito afeta vários setores da economia. Vinícius Motta, natural do Rio de Janeiro, presenciou essa realidade ao abrir sua empresa.

Formado em engenharia civil, Motta percebeu que vários de seus clientes não concluíam suas obras imobiliárias por falta de recursos financeiros.

Em 2019, para solucionar esse problema, ele e o amigo Diego Carielo criaram o Minha Casa Financiada, startup que atua como intermediária de crédito na venda de projetos de construção.

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“A empresa nasceu dessa dor. O cliente não tinha dinheiro para pagar e fazer a obra, e eu não tinha dinheiro para dar ao cliente. Portanto, o recurso tinha de vir de algum lugar”, conta Motta a PEGN.

A startup busca simplificar o acesso das pessoas a linhas de crédito imobiliário em parceria com instituições financeiras.

Atualmente, segundo Motta, a empresa é responsável por cerca de 40% dos financiamentos individuais feitos pela Caixa Econômica Federal neste segmento.

Também mantém parcerias com Banco Inter, Cyrela e Creditas.

Para facilitar o processo de construção, a empresa também conecta clientes a arquitetos e engenheiros de todas as regiões do país. Já são cerca de três mil construtores cadastrados na plataforma.

A gente ganha um valor de participação dos bancos por fazer a intermediação, e também recebemos uma quantia dos construtores para eles terem acesso ao nosso sistema”, explica Motta.

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Segundo ele, a ideia é solucionar os problemas da construção civil de ponta a ponta. “Ao entrar no site o cliente pode simular a montagem da casa e fazer uma aprovação de crédito online. Ele também já entra em contato com o construtor que vai finalizar o projeto.”

O tíquete médio dos projetos é de 700 mil reais, com taxas de juros que variam de 8,63% até 15% ao ano.

A plataforma oferece três opções de financiamento: construção e terreno próprio, aquisição de terreno e construção e home equity.

“Oferecemos também crédito para condomínios que precisam fazer obras e não possuem capital”, diz Motta.

Nos últimos dois anos, diz ele, a startup intermediou quase R$ 2,2 bilhão de crédito de 4,3 mil clientes, faturando R$ 27 milhões em 2021.

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Hoje conta com 34 funcionários, e pretende ampliar para 50 até dezembro.

De olho no futuro, a empresa pretende lançar um novo produto em parceria com a Cyrela para promover a construção de edifícios e casas de alto padrão em condomínios.

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Fonte: Valor Econômico.