O que é Open Banking

Open Banking é um conjunto de regras e tecnologias que permite o compartilhamento de dados a respeito de clientes e serviços financeiros entre diferentes instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central.

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Em outros termos, Open Banking é uma forma de compartilhamento de informações, serviços e produtos do sistema financeiro entre as instituições financeiras à critério do cliente.

Isso significa que, com a permissão de cada correntista, as instituições e bancos irão estabelecer uma linha de troca de informações, em um ambiente seguro, e acessar os dados autorizados pelos clientes.

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Objetivos Open Banking 

O “sistema bancário aberto”, ou “banco aberto”, é uma política financeira desenvolvida pelo Banco Central cujo objetivo principal é dar maior liberdade ao consumidor para que ele leve suas informações financeiras para onde desejar.

Essa política financeira está atrelada a modernização do sistema financeiro brasileiro, que conta também atualmente com o PIX.

Assim, a ideia é que os correntistas tenham maior acesso a serviços distintos de empresas ou bancos, evitando a primeira barreira: as taxas e condições de pagamentos.

Essa medida começou a ser estudada no início de 2019 e só será completamente implementada ao final do segundo semestre de 2021, ou seja, trata-se de uma implementação escalonada e gradual.

Vale mencionar que, embora o Open Banking venha ao mercado para responder requisições dos bancos digitais e das fintechs, ele será integrado também aos bancos tradicionais, que ainda concentram a maior parte dos correntistas.

Como funciona Open Banking 

A primeira etapa para o funcionamento do Open Banking é a autorização e o consentimento do cliente para compartilhar seus dados e informações, seja ele pessoa física ou jurídica.

Com a autorização, o Open Banking passa a ser um sistema que estabelece conexões entre usuários e empresas que necessitam dos dados financeiros, portanto, conectar correntistas e sistema bancário.

Antes do Open Banking começar a se desenvolver, as instituições financeiras concentravam as informações sobre seus clientes de forma interna. Com isso, todas as informações eram sigilosas, embora algumas não precisassem ser.

Dessa maneira, com alguns dados disponíveis, é possível criar uma comunidade em torno da instituição financeira, com desenvolvedores expandindo os serviços digitais.

Por exemplo, se um aplicativo de controle de gastos financeiros desejar, ele poderá estar diretamente em contato com os sistemas do banco, podendo agrupar os dados automaticamente.

Na prática, o funcionamento para o cliente será simples: todo o histórico de crédito, como contas pagas em dia, salários depositados, empréstimos, gastos e prestações, estará disponível como um banco de dados.

Esse banco de dados será de propriedade do cliente, permitindo que ele leve para onde quiser, inclusive para uma empresa concorrente.

Vantagens Open Banking 

A primeira vantagem do Open Banking é a maior competitividade no mercado, seja entre os bancos, seja entre as fintechs que irão surgir em decorrência dessa solução de mercado.

Com os dados dos usuários disponíveis, as instituições poderão oferecer novos produtos e serviços para clientes, inclusive de seus concorrentes.

Além disso, o cliente terá sempre a voz final, pois os dados serão dele e não da instituição financeira. Com isso, o cliente poderá inclusive migrar de banco de maneira mais fácil.

Outra ideia é que o Open Banking possa estimular as instituições a desenvolverem melhores experiências nos produtos e serviços já disponíveis, bastando apenas aprimorá-los através das informações que os clientes enviam.

Open Banking no mundo

Embora o conceito de Open Banking seja recente, alguns países já estão na dianteira desse processo, como é o caso do Reino Unido, o primeiro país a desenvolver estudos sobre essa solução de mercado.

Além de outros países europeus e países como Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, o Open Banking tem se espalhado também nos países em desenvolvimento, como a Índia, Cingapura e outros países asiáticos.