Ibovespa em alta com novo remédio para pacientes da Covid-19

As bolsas de valores operam em forte alta nesta sexta-feira (17/04), apesar do anúncio de queda histórica no PIB chinês do 1° trimestre, após divulgação de relatório com medicamento para tratamento de pacientes da Covid-19.

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A bolsa da Coreia do Sul (Kospi) subiu +3,21%.

Na China (Hang Seng) a valorização foi de +2,12% e no Japão (Nikkei), fechou em +1,10%.

Divulgado resultado de PIB da China no 1° trimestre, número é um pouco mais baixo do que previsões, com queda de -6,8% devido aos efeitos da pandemia de Coronavírus.

Apesar da forte queda do PIB Chines, o número não gerou impacto no mercado financeiro, o motivo foi que as projeções estavam apontavam um PIB até pior.

O que impulsiona as bolsas hoje é a publicação de um relatório divulgando um novo medicamento, fabricado pela Gilead Sciences, que tem mostrado bons resultados no tratamento de pacientes diagnosticados com Covid-19.

Investidores depositam esperanças em recuperação apoiada pelo Estado.

No Japão, o governo pagará o equivalente a cerca de US$ 930 aos cidadãos, com o objetivo de compensar perdas causadas pela pandemia.

Detalhes do projeto, como quem vai receber e a duração do benefício, ainda não estão claros.

Na Austrália (S&P/ASX 200) chegou a +0,41%.

As bolsas europeias abriram em alta.

Na Alemanha, o índice DAX subia +3,73% pouco antes das 9 horas. Na Espanha (IBEX 35) houve alta de +3,74%.

Na França (CAC 40), a valorização era de +3,85% e no Reino Unido (FTSE 100), de +1,63%.

Ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, anuncia que pandemia está em situação administrável no país. Segundo Spahn, foram testadas até o momento 1,7 milhão de pessoas. A taxa de infecção de pessoa a pessoa caiu para 0,7.

A partir de segunda-feira, lojas de até 800 m² poderão voltar a abrir na Alemanha, seguindo regras rígidas de higiene. As aulas serão retomadas em 4 de maio.

Os índices futuros de Nova York estão no terreno positivo agora de manhã.

Pouco antes das 9 horas, o índice futuro de Dow Jones subia +3,16%, S&P 500 +2,90% e Nasdaq +2,01%.

O índice do medo (VIX), que calcula a volatilidade das principais ações do mercado financeiro americano, chegou aos 34,48 pontos, com baixa de -5,60%.

Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou ontem diretrizes para reabertura, com plano de três fases, permitindo que estabelecimentos voltem a funcionar e pessoas voltem a circular gradualmente.

Trump sugeriu que estados menos afetados iniciem o processo ainda este mês. Em Nova Iorque, o estado mais afetado pela pandemia, governador estendeu medidas de isolamento até 15 de maio.

Já no Brasil, o índice futuro do Ibovespa, cai -0,49%, mostrando um pessimismo no mercado financeiro hoje.

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) tem alta de +0,23%.

No mercado financeiro, Döhler (DOHL4) comunicou que pretende emitir 15,1 milhões de novas ações, sendo 10,8 milhões ordinárias e 4,2 milhões preferenciais. Negociação ocorrerá a partir de 5 de maio na B3.

E a Eneva Energia (ENEV3) concluiu a venda de seus 30% de participação na empresa Seiva Sul Mineração, que foi comprada pela Copelmi Participações por R$ 18 milhões.

No mercado corporativo, CEO da Via Varejo (VVAR3), Roberto Fulcherberger, afirma que empresa não está parada, apesar das lojas fechadas, e assegura que processo de reestruturação continua avançado.

Segundo Fulcherberger, vendedores estão trabalhando por meio de plataforma digital que já representa 20% de todas as vendas online da empresa.

Fulcherberger também destaca que uma das principais preocupações é o caixa. Por isso, a empresa decidiu descontar seus recebíveis e pegar linhas de crédito em março, antes do fechamento das lojas.

Na política, depois da troca de liderança no Ministério da Saúde, novo ministro, Nelson Teich, não apresentou ainda qual será seu posicionamento a respeito das medidas de contenção da pandemia.

Teich diz que não haverá definição radical em relação às orientações para o isolamento social.

Teich afirma que há alinhamento completo entre ele, todo o grupo do ministério, e o presidente Jair Bolsonaro, e também destaca que saúde e economia não competem entre si.

Enquanto isso, presidente Bolsonaro acusa presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de ter péssima atuação nas propostas econômicas para enfrentar a crise, e diz que Maia parece ter a intenção de tirá-lo do governo.

Acusação faz referência à disputa que está sendo travada em relação à proposta de auxílio financeiro a estados e municípios, que atualmente está em votação no Senado.

O dólar comercial hoje (17/04) opera em baixa com variação negativa de -0,41%.

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