No trimestre passado eu já tinha falado dela, com seu resultado surpreendentemente positivo em meio a pandemia.

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Nesse terceiro agora, mesma coisa. Resultado forte mais uma vez.

A Hypera (HYPE3) divulgou seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2020 semana passada.

Em algumas linhas ela bateu recorde, em outras nem tão bem assim, mas no apanhado geral, foi muito bem novamente.

O que mais me chamou a atenção nesse trimestre é a sua geração de fluxo de caixa operacional, que bateu recorde.

Foram R$ 465 milhões no trimestre, o maior número já registrado pela empresa em um único trimestre.

A importância desse número é óbvia:

Isso é o quanto sobrou de dinheiro no caixa da empresa depois de suas atividades operacionais, ou seja produzindo e vendendo seus produtos, desconsiderando todo o resto: financiamento, compra e venda de equipamentos e tudo mais.

É da operação que uma empresa precisar viver, é dali que o dinheiro tem que vir.

Só o fluxo de caixa líquido pode ser maquiado ou distorcido pela venda de um imóvel, equipamento ou pela contratação de um empréstimo.

Tudo isso gera entrada de caixa, mas um é não recorrente e o outro vai gerar uma saída maior ainda logo ali na frente.

Portanto, neste quesito, palmas para a Hypera

Em um ano de pandemia onde muitas empresas se viram em dificuldades, ela soube se ajustar e se destacar.

Mesmo com toda essa geração de caixa a empresa saiu de uma posição líquida de caixa de R$ 370 milhões para um endividamento líquido de R$ 637 milhões. 

Isso se deveu principalmente em função do pagamento de R$ 1,3 bilhão pela aquisição do Buscopan e Buscofem. 

Nesse mesmo trimestre a empresa fez a emissão de R$ 735 milhões em debêntures de longo prazo (exemplo clássico de entrada de caixa, mas com uma saída maior no futuro).

Junto com esse resultado forte divulgado, veio o anúncio de pagamento de Juros Sobre Capital Próprio (JCP), no valor total de R$ 0,29 por ação, o que equivale a menos de 1% de dividend yield sobre sua cotação de R$ 31 atualmente.

Com essa geração de caixa toda, das duas uma: ou ela se torna uma boa pagadora de dividendos, ou ela volta a fazer aquisições.

A empresa teve já um histórico de aquisição de uma série de marcas no passado, várias das quais foram vendidas em uma reestruturação feita no passado.

Para o futuro, eu acredito mais em aquisições do que em dividendos.

Vamos ficar de olho...

O negócio está gerando mais valor do que nunca, no entanto a empresa ainda não deixou claro se pegará o hábito de remunerar os seus acionistas com dividendos mais polpudos.

Nesse momento, essa é a única razão pela qual ela não entra na carteira do Canal Seleção de Dividendos.

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