A agência de classificação de risco Fitch elevou o rating IDRs (Issuer Default Rating - Rating de Inadimplência do Emissor) de Longo Prazo em Moeda Estrangeira e Local da JBS (JBSS3) para "BB+", de "BB".
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A Fitch também atualizou as notas seniores sem garantia asseguradas pela JBS para "BB+", antes "BB", além de atualizar o rating da Escala Nacional da empresa para "AAA (bra)", de "AA+ (bra)". A perspectiva de classificação é estável.
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Em nota, a Fitch informou que a atualização para "BB+" reflete negócios resilientes da JBS e fundamentos de médio prazo, o refinanciamento de dívida implementado no ano passado, que reduziu o custo de capital (5,28% no primeiro trimestre deste ano, contra 5,88% em igual período do ano passado nos EUA) e ampliou o perfil de vencimento da dívida, forte posição de liquidez e níveis moderados de alavancagem em 2020, apesar dos desafios operacionais e das fracas condições econômicas decorrentes da pandemia de coronavírus.
A Fitch considera que a crise econômica deve provocar impactos negativos no desempenho da empresa, em especial no segundo trimestre, no segmento de aves nos EUA.
A Fitch espera que a empresa gere mais de US $ 1 bilhão em FCF (Free Cash Flow ou Fluxo de Caixa Livre) em 2020.
Segundo a agência, o rating da JBS é limitado por uma fraca governança
corporativa devido à sua estrutura acionária e incerteza, à medida que várias
investigações envolvendo a JBS e seus acionistas continuam.
Isso inclui procedimentos administrativos da Comissão de Valores Mobiliários e multas em potencial do Departamento de Justiça dos EUA.
Essas questões legais criam incerteza quanto ao prazo e à magnitude de quaisquer multas em potencial. A JBS possui uma pontuação de governança de 5.
A Fitch destacou, no comunicado, a diversificação geográfica e de atuação da companhia, que produz carne suína, bovina e de aves e tem forte presença na América do Norte, América do Sul, Austrália e Europa. "Essa diversidade permite à empresa mitigar a volatilidade dos negócios inerente ao setor", disse a Fitch.
As exportações representaram 25,7% das vendas globais da JBS no primeiro trimestre, de acordo com a agência, e a exposição da companhia ao serviço de alimentos é de cerca de 10% no Brasil e menos de 20% nos EUA.
A agência avaliou também que a companhia possui alavancagem moderada, apesar dos desafios do setor relacionados à pandemia do coronavírus, e que a alavancagem líquida da JBS deve permanecer abaixo de 3x em 2020.
Ponderou, ainda, que a paralisação temporária de fábricas nos EUA e no Brasil, bem como os custos mais altos relacionados a medidas de distanciamento social empreendidos pela empresa, pressionarão as margens em 2020.
Resultado da JBS no Primeiro Trimestre de 2020
O resultado da JBS (JBSS3) no primeiro trimestre de 2020 (1t20), divulgado no dia 14 de maio, apresentou um prejuízo líquido de R$ 5,8 bilhões, queda de 603,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O Ebitda da JBS atingiu R$ 3,9 bilhões no 1t20, apresentando retração de -31% na comparação com o 4t19.
A margem ebitda foi de 6,9%, uma retração de 3,0 p.p. quando comparado ao 4t19.
Já a margem líquida da JBS atingiu -10,4% no 1t20, apresentando retração de 23,3 p.p. na comparação com o 4t19.
As ações da JBS (JBSS3) acumulam queda de 1,55% na bolsa de valores nos últimos 7 dias e alta de 4,34% nos últimos 12 meses.
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This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.Fonte: Estadão Conteúdo.
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