GLOSSARIO
Dividends Aristocrats
O que são Dividends Aristocrats. Como funciona os Dividends Aristocrats e sua presença no mercado brasileiro.
O que são Dividends Aristocrats?
Do inglês, Dividends Aristocrats é um termo que pode ser traduzido como Aristocratas dos Dividendos. A palavra é usada para classificar empresas que pagam dividendos de forma diferenciada aos acionistas.
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Isso porque além do pagamento consistente como já acontece em algumas empresas. Dentro do mercado financeiro, uma organização considerada Dividend Aristocrat é aquela que aumenta anualmente o seu pagamento.
Em geral, essa classificação é composta predominantemente por grandes empresas. Ou seja, aquelas já bem estabelecidas no mercado e que não apresentam mais um crescimento acelerado.
Com isso, os Dividends Aristocrats tornam-se à prova de recessão, gerando lucros consistentes independentemente do cenário econômico. Para identificar esse tipo de empresa, a organização deve atender os seguintes critérios:
- Pagar dividendos de forma consistente e estável aos seus acionistas;
- Aumentar o valor dos dividendos anual e progressivamente por pelo menos 25 anos.
Outros fatores podem ser considerados ainda, tal como a liquidez do ativo. Assim como o tamanho da empresa, o que costuma ser relacionado a sua estabilidade e crescimento no mercado.
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Como Funcionam os Dividends Aristocrats?
O funcionamento de empresas Aristocratas dos Dividendos é bastante simples. Pois, é definido por aquelas que mantém o seu dividend yield (rendimento de dividendos) alto, normalmente, devido aos seguintes fatores:
- Sua capacidade de manter as vendas mesmo em momentos de crise e recessão;
- A lucratividade consistente por serem negócios já estabilizados no mercado;
- Um crescimento desacelerado e valorização reduzida de suas ações.
Tudo isso faz com que seja menos comum a existência de Dividends Aristocrats. O último fator é justamente o que justifica uma distribuição maior e gradual de dividendos aos acionistas.
Como a empresa já é bem desenvolvida, em termos de crescimento e valorização ela não tem muito a oferecer aos investidores. Ao contrário de empresas que estão ainda nesse processo.
Em contrapartida, elas conseguem oferecer um rendimento maior e até mesmo previsível. Desse modo, servindo como uma recompensa que atrai novos investidores e mantém sua captação de recursos.
Tais aspectos fazem também com que existam poucas organizações desse tipo no mercado. É comum que, mundialmente, não existam mais do que cerca de 100 Dividends Aristocrats em um mesmo momento.
No ano de 2020, entre o índice S&P 500 da Standard & Poor 's, estavam listados apenas 64 negócios aristocratas. Distribuídas entre diferentes setores econômicos, tais como:
- Serviços de comunicação;
- Indústrias de consumo;
- Serviços financeiros;
- Materiais básicos;
- Petróleo e gás;
- Construção;
- Tecnologia;
- Energia;
- Varejo;
- Saúde;
- Etc.
Existem Dividends Aristocrats brasileiras?
No cenário brasileiro também existem empresas consideradas Dividends Aristocrats, mas, com apenas 5 anos de consistência e aumento no pagamento de dividendos. Como aponta o índice nacional do 500 S&P.
Estão listadas na B3 (Bolsa de Valores), 30 empresas brasileiras dentro da categoria. De modo que são monitoradas e analisadas pelo índice S&P Dividendos Brasil, que inclui ações como:
- SANB11 - Banco Santander Brasil: serviços financeiros;
- MRVE3 - MRV Engenharia: construção civil;
- CMIG4 - CEMIG: energia.
Quais Tipos de Empresas Podem ser Dividends Aristocrats?
Em geral, são empresas de grande porte já bem estabelecidas no mercado. Ou seja, aquelas que oferecem lucros previsíveis e tem suas operações pouco ou nada afetadas por crises econômicas.
Organizações desse tipo são consideradas as melhores pagadoras de dividendos. Pois, além de realizar a distribuição de forma regular aos acionistas, sua estabilidade nos lucros justifica o volume das compensações.
Podemos considerar os setores de serviços financeiros, construção e energia, os mais comuns entre Dividends Aristocrats. Pois, prestam serviços ou comercializam produtos de uso cotidiano, altamente consumidos no mundo todo.
A área da saúde, das indústrias e o mercado imobiliário também se encontram presentes em peso nessa categoria. Indo em contrapartida o setor da tecnologia, que encontra-se menos presente.
Do mesmo modo que startups e empresas iniciantes, esse setor foca mais no reinvestimento dos lucros. Isso porque seu foco está voltado ao sustento de um crescimento acima da média.
Enquanto os pequenos negócios e startups muitas vezes possuem prejuízo líquido.
O que as impossibilita de pagar dividendos ou as torna “más” pagadoras, já que tem pouco a oferecer.
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