A carreira de Christine Lagarde está totalmente ligada a assuntos das finanças internacionais e construída com base no pioneirismo feminino.
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"Primeira mulher" é uma marca que acompanha Lagarde.
Ex-advogada, ela foi a primeira mulher a presidir o escritório de advocacia global Baker & McKenzie.
Foi a primeira mulher a ser ministra das finanças de uma economia do G8, assim como a primeira a chefiar o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE).
Dito isso, não é surpresa que Christine Lagarde seja defensora da equidade de gênero.
Durante sua trajetória, Lagarde afirma ter enfrentado sexismo e discriminação. Por isso, acredita que a chave para melhorar a economia mundial é a inclusão das mulheres nos cargos de poder.
Dessa posição surgiu sua famosa frase:
"Se tivesse sido o Lehman Sisters em vez do Lehman Brothers, o mundo poderia ser bem diferente hoje."
No período que permaneceu no cargo máximo do FMI, Christine Lagarde enfrentou alguns momentos de turbulência, incluindo a crise econômica da Europa e a acusação de negligência.
Como atual chefe da política monetária europeia, responsável por definir as taxas de juros de curto prazo, ela tem grande influência sobre o valor do euro e enfrenta um teste crítico:
Garantir que a pandemia do coronavírus não cause mais estragos na zona do Euro.
Conheça mais da vida e carreira de Christine Lagarde, a pioneira das finanças mundiais.
Quem é Christine Lagarde
Christine Lagarde é uma política, empresária e advogada francesa, atual Presidente do Banco Central Europeu (BCE).
Lagarde é a primeira mulher a chefiar o BCE, cargo que ocupa desde 1 de novembro de 2019.
Também ficou conhecida como a primeira mulher a assumir a posição de Presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), entre Julho de 2011 e Setembro de 2019.
Christine também é conhecida por sua carreira política, atuando em vários cargos ministeriais no Governo da França de 2005 a 2011.
No seu extenso percurso profissional estão:
Desde novembro de 2019
- Presidente do BCE;
- Presidente do Comitê Europeu do Risco Sistêmico;
- Membro do conselho de administração do Banco de Pagamentos Internacionais.
2011 – 2019
- Diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Washington, D.C.
2007 – 2011
- Ministra da Economia e Finanças de França;
- Presidente do Conselho ECOFIN (Conselho dos Assuntos Econômicos e Financeiros);
- Presidência dos ministros das finanças e governadores dos bancos centrais do G20
2007
- Ministra da Agricultura e Pescas da França.
2005 – 2007
- Ministra do Comércio da França
1999 – 2005
- Presidente a nível mundial da sociedade de advogados internacional Baker & McKenzie, Chicago, Estados Unidos.
1995 – 1999
- Membro do comitê executivo a nível mundial e sócia-gerente do escritório de Paris da Baker & McKenzie.
1981 – 1999
- Advogada, sobretudo nas áreas de direito comercial, fusões e aquisições, legislação antitrust, direito do trabalho e arbitragem para clientes empresariais internacionais.
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Vida e carreira
Christine Madeleine Odette Lagarde nasceu em 1 de janeiro 1956, na cidade de Paris, capital da França, em uma família de professores.
Seu pai, Robert Lallouette, era um professor de inglês e sua mãe, Nicole, era professora de literatura latina, grega e francesa.
Lagarde e seus três irmãos mais novos passaram a infância em Le Havre, na região da Normandia. Lá ela frequentou o Lycée François e o Lycée Claude Monet.
Após terminar o colegial, recebeu uma bolsa de estudos para a Holton Arms School, nos Estados Unidos.
Durante o tempo em terras norte-americanas, Lagarde trabalhou como estagiária no Capitólio dos EUA como assistente do deputado William Cohen. Ela ajudava nas correspondências com constituintes de língua francesa.
De volta à França, se formou em direito pelo Institut d’Études Politiques d’Aix-en-Provence, com especialização em direito comercial e do trabalho. Além de possuir mestrado em língua inglesa.
Em 1981, ele se junta ao escritório internacional de advocacia Baker & McKenzie, localizado na cidade de Chicago.
Nos mais de 20 anos que permaneceu no grupo, Christine se tornou peça importante na empresa.
Em 1987, retornou para Europa, e assumiu o cargo de diretora do grupo na Europa Ocidental.
Em 1995, assumiu parte no Comitê Executivo do escritório e, em 1999, se tornou a primeira presidente mulher do Baker & Mckenzie.
Em 2005, ela deixou o escritório para mergulhar fundo no mundo da política como ministra francesa de comércio exterior.
Lagarde ficou no cargo até 2007, quando Dominique de Villepin deixou o cargo de primeiro-ministro francês.
No governo seguinte, de François Fillon, atuou em quatro ministérios diferentes de 2007 a 2011: ministério da agricultura, de assuntos econômicos, finanças e emprego.
Em 2011, foi a escolhida para o cargo da presidência do FMI, tornando-se a primeira mulher a ocupar a função, onde permaneceu até 2019.
Naquele mesmo ano, Lagarde foi nomeada pelo Conselho Europeu para suceder a Mario Draghi como Presidente do Banco Central Europeu (BCE), onde permanece até então.
Em 2020 e 2021 a Forbes classificou Christine Lagarde no segundo lugar na lista das 100 mulheres mais poderosas do mundo.
Presidência do FMI (2011-2019)
Em 2011, Christine Lagarde se candidatou para assumir a presidência do Fundo Monetário Internacional (FMI) depois que Dominique Strauss-Kahn renunciou após um escândalo sexual.
Na época, ela recebeu apoio de países como: Estados Unidos, Brasil, Rússia, China e Alemanha.
O FMI é uma organização composta por 190 países que tem por objetivo promover a cooperação monetária internacional, facilitar a expansão e o crescimento equilibrado do comércio internacional e disponibilizar recursos a países membros que estejam passando por dificuldades.
Durante seu mandato, Lagarde ajudou a reconstruir a credibilidade do FMI e reverter a instabilidade que a crise econômica causava na Europa na época.
Ela também aprovou um resgate de US$ 56 bilhões para a Argentina, o maior da história do FMI, em 2018, para conter a turbulência nos mercados emergentes.
Sob sua liderança, o FMI argumentou que os ricos deveriam pagar impostos mais altos para reduzir a desigualdade, defendeu a reforma do sistema tributário global e alertou sobre os efeitos macroeconômicos de algumas empresas com poder de mercado desproporcional.
Lagarde alertou também sobre o perigo para a economia global representado pelos altos níveis de dívida em vários países.
Acusação de negligência
O maior escândalo ligado a Christine Lagarde é o caso Tapie. Na ocasião, ela foi acusada de negligência por permitir um acordo arbitrário ao empresário Bernard Tapie.
A investigação durou mais de cinco anos e no final de 2016 o tribunal francês a considerou culpada.
Em 2011, Lagarde aprovou um pagamento de mais de 400 milhões de euros em fundos públicos ao magnata francês Bernard Tapie, amigo próximo do então primeiro-ministro Nicolas Sarkozy.
Tapie acusou o banco Le Crédit Lyonnais, anteriormente administrado pelo governo, de subestimar sua participação majoritária na Adidas quando a comprou dele em 1993.
O prêmio multimilionário foi concedido por um painel de arbitragem do governo e não foi apelado por Lagarde.
Lagarde sempre defendeu sua decisão, dizendo que era "a melhor solução na época".
O pagamento acabou sendo anulado e Lagarde correu o risco de ser condenada até um ano de prisão e uma multa de € 15.000 por seu tratamento inadequado da situação, mas o tribunal decidiu contra qualquer punição.
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Presidência do Banco Central Europeu (2019 – até o momento)
Christine Lagarde foi indicada para chefiar o Banco Central Europeu (BCE) em 2019 no lugar do italiano Mario Draghi.
Ela é a primeira mulher a comandar a instituição e a primeira pessoa que não é economista a ocupar o cargo.
O Banco Central Europeu tem base em Frankfurt, na Alemanha, e é responsável por definir políticas monetárias e supervisionar bancos nos 19 países que integram a zona do Euro.
Um dos trabalhos centrais do BCE é manter estabilidade de preços e inflação controlada na região.
Christine Lagarde já chegou a declarar que é “muito improvável” que os bancos centrais algum dia tenham criptomoedas.
Ela alega que o bitcoin é “altamente especulativo” e precisa ser regulamentado e também defende a criação do euro digital.
Recentemente, afirmou que a economia da zona do euro deve crescer rapidamente no segundo semestre do ano com o aumento da distribuição de vacinas contra o coronavírus.
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