O uso das chamadas stablecoins (criptomoedas estáveis) está passando por “crescimento significativo” no Brasil, aponta levantamento da Receita Federal divulgado nesta quinta-feira (26).

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Esses criptoativos, ao contrário de outros como o Bitcoin (BTC), costumam manter paridade com moedas ou cesta de moedas oficiais; ou com ativos, como, por exemplo, commodities.

A maioria é indexada ao preço do dólar.

Segundo a Receita, que faz esse levantamento mensalmente desde 2019, a stablecoin que obteve maior destaque foi a criptomoeda Tether (USDT).

No período observado pelo Fisco foi negociada [a Tether] em patamar acumulado superior a R$ 271 bilhões, quase o dobro do volume do Bitcoin no mesmo período (mais de R$ 151 bilhões)”, informou a Receita.

A Tether e a USD Coin (USDC), as duas stablecoins mais negociadas no Brasil, têm paridade com o dólar. Outra bastante utilizada no país é a BRZ, que acompanha o preço do real.

A partir da análise de dados públicos é possível observar uma mudança significativa no perfil das transações envolvendo criptomoedas nos últimos anos.

A negociação de Bitcoin e outras criptomoedas foi superada em larga escala pela movimentação de stablecoins como o Tether”, diz o levantamento.

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Essa mudança de comportamento chama atenção da Receita porque pode refletir significativamente no cenário tributário e regulatório das criptomoedas no país.

Reportagem do InfoMoney revelou, em junho, que o uso de stablecoins, em especial a Tether, está ligado à tentativa de evasão fiscal e de divisas. 

A criptomoeda é utilizada, por exemplo, por lojistas da região da Rua 25 de Março, em São Paulo, para pagar por mercadorias contrabandeadas.

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Fonte: Infomoney.