Lembra da BR Distribuidora (BRDT3)? Pois é, mudou de nome. Agora se chama Vibra Energia.
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Segundo a empresa, a troca de é mais um marco na transformação da empresa de uma distribuidora de combustíveis, para uma empresa de energia voltada para o mercado de baixo carbono.
Tudo muito lindo, mas precisa mesmo é dar dinheiro. Não nos esqueçamos disso.
Também não duvidamos que seja o caso, acreditamos na empresa que já há algum tempo está no radar da carteira do Canal Seleção de Dividendos.
A transformação mais importante da empresa começou lá atrás com a sua privatização, que por sinal foi um movimento muito inteligente da equipe econômica.
A equipe se deu conta que o governo vender empresas era muito difícil, mas as estatais venderem empresas nas quais têm participações era moleza, já que não precisam de autorização expressa do Congresso Nacional para isso.
Enfim, a Petrobras (PETR4) vendeu o controle da então BR Distribuidora em julho de 2019. E, recentemente, vendeu o que restava da sua participação na empresa.
Dessa forma a empresa deixou de sofrer interferências políticas, uma vez que era bastante cobiçada por políticos em função da sua capilaridade no país.
Agora a empresa é uma corporação, nome que se dá a empresas de controle pulverizado.
Ou seja, não há um “dono” por trás. Isso já ocorre com a Lojas Renner (LREN3), por exemplo.
Agora, livre das amarras políticas e do jogo de interesses, a empresa só tem o seu próprio interesse (e dos acionistas por consequência) para perseguir.
Gostamos!
Recentemente ela fez alguns movimentos que marcam uma gestão moderna e focada em resultados e eficiência.
Ela criou uma joint venture com a Coopersucar para criar uma empresa comercializadora de etanol que aproveita uma série de sinergias dos dois negócios dos sócios.
São ganhos de escala e vários outros aspectos que têm potencial para tornar essa empresa a maior do país no seu segmento.
Outro movimento interessante que a empresa está fazendo é tornar sua estrutura de capital mais eficiente.
A empresa possui muito dinheiro imobilizado nos imóveis dos seus postos de gasolina.
Faria mais sentido ela poder vender estes postos e alugá-los imediatamente de volta, conseguindo transformar todo aquele patrimônio imobiliário em dinheiro para investir na sua própria operação.
É exatamente isso que ela está fazendo agora.
A corporação vai colocar os imóveis dos seus postos de gasolina num Fundo Imobiliário e em seguida promover a venda das cotas deste fundo para outros investidores.
São coisas que parecem simples e óbvias, mas não quando você é uma estatal e está distraída cuidando de interesses que não são os seus.
Enquanto ela vai se modernizando cada vez mais, os seus resultados vão aparecendo e com eles vêm os dividendos.
No dia 31 de agosto ela paga a segunda parcela do dividendo referente ao resultado do ano passado.
São R$ 0,62 por ação e, melhorando os resultados, pode vir mais.
Essa é uma empresa que gostamos de acompanhar de perto no Seleção de Dividendos.
Quem sabe ela não vira uma boa pagadora de dividendos no futuro?