Senador Ângelo Coronel diz que Congresso deve chamar o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, para prestar depoimento à CPI das Fake News.

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Após a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e as acusações ao presidente Jair Bolsonaro apresentadas em sua coletiva de despedida, agora o próximo passo da crise política pode ser um depoimento de Moro à CPI das Fake News.

A Comissão Parlamentar de Inquérito investiga disparo de notícias falsas e promoção do assédio nas redes sociais, e tem apontado para o envolvimento da família Bolsonaro nessas atividades.

No dia 20 de abril, o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, entrou com ação no STF para impedir a prorrogação da CPI e invalidar duas de suas reuniões, inclusive uma na qual a deputada Joice Hasselmann prestou depoimento mencionando Eduardo.

O depoimento de Sergio Moro pode demonstrar a tentativa de interferência política do presidente Bolsonaro na Polícia Federal, que tem papel importante nas investigações da CPI.

A troca do diretor-geral da PF, cargo até então ocupado por Maurício Valeixo, foi ponto determinante para a saída de Moro do Governo. Bolsonaro teria justificado a troca afirmando que queria alguém com quem pudesse "interagir".

Neste domingo, 26/04, Bolsonaro publicou nas redes sociais declaração afirmando que a PF é parte do sistema brasileiro de inteligência e que, portanto, abastece a presidência da república com informações para tomar decisões estratégicas.

Polícia Federal identifica Carlos Bolsonaro como coordenador de fake news

Informações divulgadas no sábado, 25/04, apontam que equipe da PF encarregada de investigar fake news lançadas contra o STF identificou Carlos Bolsonaro, filho do presidente Bolsonado, como coordenador dos ataques virtuais.

A PF também averigua a possível participação de Eduardo Bolsonaro, além de apurar quem esteve por trás das manifestações a favor da intervenção militar no dia 19 de abril, em ato no qual o presidente compareceu pessoalmente.

Entidade da PF pede autonomia

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal encaminhou uma carta pública ao presidente Bolsonaro neste domingo. No documento, a entidade pediu que seja firmado um compromisso público, assegurando total autonomia ao novo diretor-geral da PF.

Segundo a carta, os fatos da semana passada instalaram uma crise de confiança por parte dos delegados da PF, que prezam pela imagem da instituição e não querem trabalhar sob um clima de desconfiança.

Bolsonaro reafirma lugar de Guedes na economia

O principal receio do mercado financeiro é a possível saída de Paulo Guedes, ministro da Economia, seguindo os passos de Moro e Mandetta.

Essa preocupação tomou forma em rumores, impulsionados pelo aparente descontentamento de Guedes e sua equipe com o plano Pró-Brasil.

Bolsonaro parece ter acompanhado os rumores. Hoje, em entrevista coletiva realizada na saída do Palácio da Alvorada, o presidente afirmou que " o homem que decide a economia no Brasil é um só: chama-se Paulo Guedes".

A entrevista foi dada ao final de uma reunião com Guedes, além dos ministros da Infraestrutura e da Agricultura e o presidente do Banco Central, todos presentes no momento da declaração.

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