A Livraria Saraiva (SLED4), em recuperação judicial, demitiu os funcionários de suas últimas 5 lojas na última quarta-feira (20).
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A rede, que já foi a maior do Brasil, com cerca de 100 unidades, deve funcionar, a partir de agora, apenas como e-commerce.
Até esta semana, a empresa tinha quatro lojas em São Paulo – na Praça da Sé, a segunda inaugurada pela empresa, ainda nos anos 1970, e também no Shopping Aricanduva, Jundiaí e Novo Shopping – e uma em Campo Grande (MS).
Em 2018, a Saraiva fez seu primeiro movimento de fechamento de lojas.
Naquela ocasião, a rede ficou com 84 unidades e com o site.
Um mês depois, ela entrou com pedido de recuperação judicial.
A dívida revelada naquele momento era de R$ 674 milhões.
Ao longo dos últimos anos, sem conseguir se reerguer, a Saraiva continuou reduzindo sua operação física e foi focando cada vez mais no negócio online.
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Assembleia de acionistas preferencialistas da Saraiva
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A empresa realizará Assembleia Geral Especial de Preferencialistas (AGESP) na próxima sexta-feira (22) para discutir, entre outros temas, a transformação das ações preferenciais em ações ordinárias, segundo o PublishNews, publicação especializada em mercado editorial.
Assim, o controle da empresa, atualmente com a família Saraiva, poderia ser transferido para os principais acionistas preferenciais.
Além disso, os acionistas também devem decidir sobre o cronograma para a recomposição do Conselho de Administração após a renúncia de dois membros do conselho, alegando existir uma falsa ata do Conselho de Administração assinada pelo presidente.
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“A companhia se encontra em recuperação judicial e com situação complexa frente ao cenário econômico do varejo brasileiro. Como já apresentado em fatos relevantes a atividade da companhia reduziu-se expressivamente e, infelizmente, alguns pagamentos, inclusive o de Conselheiros, estão atrasados, o que, provavelmente irá gerar outras renúncias de conselheiros eleitos”, disse a empresa na terça-feira (19).
Saraiva em números
A Saraiva, rede de livrarias em recuperação judicial, registrou prejuízo líquido ajustado, antes do resultado líquido de operações descontinuadas, de R$ 16,2 milhões no segundo trimestre de 2023 (2T23), 26% melhor em relação ao 2T22.
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Na mesma base de comparação, a receita líquida caiu 60,8%, para R$ 7,3 milhões, em decorrência da redução do número de lojas na rede de 31 para 6 lojas.
A receita líquida das lojas físicas caiu 60,2%, para R$ 7,2 milhões.
Já Same Store Sales, ou seja, as vendas das mesmas lojas comparadas entre o 2T23 e 2T22, teve redução de 43%.
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