O Santander Brasil (SANB11) registrou lucro líquido recorrente de R$ 2,729 bilhões no terceiro trimestre deste ano, de acordo com números publicados nesta quarta-feira. Em um ano, o resultado do banco teve queda 12,6%, mas em relação ao segundo trimestre deste ano, teve alta de 18,2%.

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Analistas, em média, esperavam que o banco de origem espanhola apurasse um resultado líquido recorrente de R$ 2,75 bilhões para o trimestre de julho ao final de setembro, segundo dados da Lseg.

Após 18 meses de piora na qualidade dos ativos, o banco observou uma queda da inadimplência no comparativo trimestral, o que ajudou a reduzir as despesas com provisões contra calotes.

Por outro lado, as margens recuaram na comparação com o trimestre anterior, e embora tenham subido no comparativo anual, não compensaram o aumento nas despesas da instituição.

A margem financeira bruta do banco, que reflete os ganhos com operações que rendem juros, foi de R$ 13,413 bilhões, alta de 6,5% em um ano, graças à expansão da margem com clientes e da melhoria dos resultados da tesouraria. Em um trimestre, houve queda de 1,2%.

Nas margens com clientes, o resultado foi de R$ 14,240 bilhões, crescimento de 0,6% no comparativo anual, mas uma baixa de 1,3% em três meses. Nesta linha, estão contabilizados os resultados com operações de crédito.

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O banco afirma que a alta anual é fruto da melhor margem nas captações, graças à mudança nos preços do crédito diante da alta de juros.

Em um trimestre, porém, houve queda diante do mix de clientes e de produtos. O Santander continua concentrando as concessões de crédito em linhas menos arriscadas e em clientes de melhor perfil de risco, o que se traduz em uma rentabilidade menor.

Na tesouraria, o Santander teve perda de R$ 827 milhões, uma melhoria de 46,5% sobre as perdas de R$ 1,545 bilhão informadas no mesmo período de 2022. O banco atribui o melhor resultado a um impacto positivo da taxa de juros. O balanço do Santander se beneficia da queda da Selic.

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“Nesse trimestre consolidamos a nossa estratégia com a materialização da qualidade da nossa carteira, evoluindo positivamente os indicadores de inadimplência”, afirma o presidente do Santander Brasil, Mario Leão.

Segundo ele, os números reforçam o viés positivo para o custo de crédito nos próximos trimestres, e permitem ao banco retomar gradualmente o crescimento da carteira.

A inadimplência do Santander, medida pelos créditos em atraso há mais de 90 dias, foi de 3% no terceiro trimestre, queda de 0,3 ponto porcentual em relação a julho. No comparativo anual, ficou estável. A chamada inadimplência curta, de 15 a 90 dias, caiu 0,3 ponto em um ano, para 4%.

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“Neste trimestre evoluímos em nossos indicadores de qualidade da carteira e consequentemente alcançamos o menor nível de custo do crédito desde março de 2022”, diz em comunicado o vice-presidente financeiro do Santander, Gustavo Alejo.

“Esta melhora se deve à estratégia adotada desde o início de 2022, mais seletiva em crédito, com foco em produtos com garantias e em clientes com melhor perfil de risco.”

Ao todo, a carteira de crédito ampliada do banco somava R$ 625,487 bilhões no final do terceiro trimestre, um crescimento de 7,9% no intervalo de um ano. Essa alta foi puxada por itens como títulos privados (+40,9%) e avais e fianças (+16,9%), enquanto na carteira principal, que inclui operações de crédito, a alta foi mais forte em pequenas e médias empresas (+6,5%).

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As receitas do banco com serviços aumentaram 8,2% em 12 meses, para R$ 5,123 bilhões. Houve crescimentos de destaque nas linhas de conta corrente (+8,3% em um ano) e corretagem e colocação de títulos, que reflete as operações no mercado de capitais, e que subiram 19,2% no mesmo período.

O Santander Brasil tinha ao final de setembro R$ 1,162 trilhão em ativos totais, alta de 15,4% em um ano. Em relação ao final do segundo trimestre, em junho, houve alta de 6%. O patrimônio líquido, por sua vez, aumentou 2,9% em um ano, para R$ 84,793 bilhões, de acordo com o banco.

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Como resultado, o retorno sobre o patrimônio líquido do Santander caiu 2,5 pontos porcentuais em um ano, para 13,1%. Em relação ao segundo trimestre deste ano, houve alta 1,9 p.p..

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Fonte: Infomoney.