A agência de classificação de risco S&P elevou o rating (nota de crédito) de longo prazo do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável.

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O movimento ocorre após a aprovação da reforma tributária, com a agência destacando que a medida estende o histórico de implementação de “políticas pragmáticas” no país nos últimos sete anos.

As demais reformas desde 2016 incluem a da Previdência, a autonomia do Banco Central, estabelecimento de regras fiscais e também uma série de reformas microeconômicas em todos os setores.

Para os analistas da agência de rating, ainda que implementada gradualmente, a reforma deve se traduzir em ganhos de produtividade no longo prazo.

Em junho deste ano, a agência havia alterado a perspectiva de rating do Brasil (até então em BB-) de estável para positiva, o que não acontecia desde 2019.

A nota brasileira segue em território especulativo, dois degraus abaixo do chamado grau de investimento.

A S&P aponta que a perspectiva estável reflete a expectativa de que o Brasil manterá uma posição externa forte, graças à forte produção de commodities e às necessidades limitadas de financiamento externo.

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Acreditamos também que a estrutura institucional do Brasil pode sustentar a formulação de políticas estáveis e pragmáticas, com base em amplos freios e contrapesos nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do governo. Esperamos uma correção fiscal muito gradual, mas antecipamos que os déficits fiscais permanecerão elevados”, avaliam.

Para a S&P, o quadro institucional, caracterizado por interesses políticos e econômicos fragmentados, continuará a abordagem o problema da rigidez fiscal de forma lenta.

O componente que falta tem sido a falta de progresso para lidar com os gastos grandes, rígidos e ineficientes do governo brasileiro. Ao longo do tempo, isto resultou em déficits fiscais consistentes, espremendo recursos do setor financeiro e explicando parcialmente o fraco crescimento do Brasil. A grande dimensão do aparelho governamental deve-se parcialmente a uma constituição muito detalhada”, derivada de interesses políticos e económicos fragmentados e que exige grandes somas de capital político para ser corrigida”, avalia.

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Além disso, a agência ressalta que a trajetória de crescimento do Brasil melhorou nos últimos anos, mas continua mais fraca do que a dos pares dos mercados emergentes.

A S&P espera que a economia brasileira cresça quase 3% em 2023.

Isto deve-se ao forte desempenho agrícola e às suas repercussões significativas ao longo do primeiro semestre do ano, juntamente com um mercado de trabalho robusto e uma recuperação dos salários reais que mantiveram a resiliência do consumo interno.

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Dito isto, a economia brasileira desacelerou durante o segundo semestre de 2023.

Além disso, dada a expectativa de desaceleração do crescimento econômico global – e, com ela, da demanda externa – a S&P estima que o PIB do Brasil desacelere para 1,5% em 2024.

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Fonte: Infomoney.