As ações da Sabesp (SBSP3) chegaram a recuar quase 11% nesta quarta-feira (19), após o governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), falar sobre capitalização da companhia paulista de água e saneamento.

Carteira Recomendada? Faça um Diagnóstico Online e Receba uma Carteira Gratuita.

A declaração gerou dúvidas sobre uma esperada privatização da empresa.

Melhores Negócios para Investir Hoje? Veja a Melhor Empresa para Receber Dividendos.

Por volta de 15h05, os papéis caíam 5,98%, chegando a R$ 52,23, ficando entre as maiores quedas do Ibovespa, que cedia 0,36%.

No pior momento, as ações da companhia alcançaram o valor de R$ 49,60.

“A decisão do governo de São Paulo (...) é de fazer a capitalização da Sabesp”, afirmou Doria em evento online do Santander Brasil, que ocorreu na manhã da quarta-feira.

No momento, o governador ainda acrescentou que, a partir deste mês, a empresa começará a prestar serviços a outros Estados.

“A Sabesp vai disputar concessões na área de saneamento, distribuição de água e tratamento de água, e do lixo”, disse Doria.

Segundo o governador paulista, a empresa terá crescimento “exponencial” e que um amplo programa de capitalização será anunciado em breve.

Melhores Negócios para Investir Hoje? Veja a Melhor Empresa para Receber Dividendos.

Na visão da analista Caroline Ribeiro, do Credit Suisse, a notícia é negativa porque o mercado esperava uma privatização.

“No entanto, uma parceria ou um follow on ainda pode ser bom”, afirmou a especialista, observando que ainda são necessários mais detalhes e confirmação sobre a capitalização.

A expectativa em torno da privatização da Sabesp ganhou força após aprovação do novo marco regulatório do saneamento básico no país. A mudança da legislação abriu caminho para o aumento da presença da iniciativa privada no setor que atualmente depende das entidades estatais.

O analista Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, avalia que a reação do mercado é compreensível, mas é correta a postura do governador em não seguir com os planos de privatização e promover a capitalização da companhia.

O especialista vê a decisão como correta, considerando a “impossibilidade de se avançar a uma privatização mediante assimetria política e a necessidade de promover o aumento do vigor econômico da empresa, que precisará não só competir pelos contratos que já tem como também buscar soluções além do escopo onde já atua atualmente”.

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Fonte: Reuters