O Raio X do Investidor Brasileiro 2022 da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) chegou em sua 5ª edição revelando que a poupança ainda é o principal destino das economias dos brasileiros.

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Pelo segundo ano consecutivo, a pesquisa foi realizada em meio a um ambiente que ainda reflete as consequências da pandemia da Covid-19, impactando diretamente a maneira como as pessoas se relacionam com o dinheiro. 

Neste contexto, o levantamento de 2021 se torna ainda mais significativo do que o de 2020, pois abrange o comportamento de um ano inteiro pós-pandemia.

Com novos recortes sobre o comportamento financeiro dos brasileiros, a pesquisa deste ano incluiu as classes D/E e também trouxe novos recortes, com um olhar sobre o comportamento financeiro levando em conta o gênero, raça, orientação sexual e geração.

A pesquisa ouviu 5.878 pessoas nas cinco regiões do país, todas com 16 anos ou mais, sendo 1.393 pessoas da classe A/B, 2.810 pessoas da classe C e 1.675 classe D/E.

A amostra é composta por pessoas economicamente ativas, aposentadas e inativas que possuem ou não renda. Estima-se que este perfil corresponda a 167,9 milhões de habitantes.

As entrevistas foram realizadas entre os dias 9 e 30 de novembro de 2021. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. 

Confira abaixo os principais destaques da pesquisa.

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Brasileiros investidores

De acordo com a 5ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, há mais investidores nas classes A/B (52%), seguida da C (29%) e da D/E (16%). 

“É esperado que um número menor de famílias das classes D/E consigam poupar e investir. Uma parcela significativa dessas famílias vive inclusive em situação de vulnerabilidade social.

Mas é importante olharmos com mais atenção para essas famílias que conseguem, para entender as suas estratégias, avaliar se há produtos e serviços adequados às necessidades delas e entender que tipo de iniciativas de educação financeira podem ajudá-las a poupar e investir melhor”,

afirma Marcelo Billi, superintendente de Comunicação, Certificação e Educação de Investidores da ANBIMA.

Preferência pela poupança

Dentre os investimentos, a caderneta de poupança ainda é o produto financeiro mais utilizado entre os brasileiros, com 23% das menções. 

Este percentual sobe para 35% na classe A/B. 

Esse dado é preocupante, visto que a poupança apresenta baixa rentabilidade

Já os demais produtos, como fundos de investimento, títulos privados e ações apresentam uma participação baixa na carteira de investimento da população. 

Destino dos investimentos dos brasileiros
Destino dos investimentos dos brasileiros. Fonte: Anbima.

Ativos digitais, como criptomoedas, se mostraram mais populares entre a Geração Z (5%) e os Millenials (4%).

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Bancos tradicionais são as instituições mais conhecidas

Pela primeira vez, o Raio X do Investidor Brasileiro mediu o conhecimento dos brasileiros (investidores e não investidores) sobre as instituições financeiras

Quando perguntados sobre quais tipos conhecem, os mais lembrados foram os bancos tradicionais (45%), seguidos pelos bancos digitais (10%), que foram mais mencionados pelas pessoas das gerações Z e Millenials.

A classe social dos entrevistados influenciou nos resultados: quanto mais baixa, por exemplo, menor o conhecimento dos bancos digitais e corretoras.

Instituições financeiras que os brasileiros conhecem
Instituições financeiras que os brasileiros conhecem. Fonte: Anbima.

O que chama atenção é a falta de familiaridade dos entrevistados com o tema. No geral, 43% dos entrevistados não sabem e/ou não citaram nenhuma instituição financeira, índice que ficou em 42% na classe C e chega a 66% na D/E. 

Impacto da inflação

Como era de se esperar, a pandemia manteve o impacto negativo nos brasileiros. 

O relatório da Anbima apurou que mais da metade dos brasileiros (62%) perdeu parte ou toda sua renda durante o ano.

Além disso, 54% das pessoas precisaram de dinheiro para alguma emergência. 

A saída foi resgatar parte dos investimentos, pedir empréstimo ou se desfazer de algum bem.

Investimentos feitos em 2021

Como não poderia deixar de ser, o ambiente econômico ainda desafiador no Brasil, seja pela inflação alta, ou pelas seguidas elevações dos juros (taxa Selic), aliados à incerteza do cenário externo, impactam diretamente nos investimentos da população. 

82% dos entrevistados declararam não ter feito nenhum tipo de investimento em 2021.

Na análise por classe social, 69% das pessoas da classe A/B declararam não ter feito nenhum tipo de investimento.

Os índices são maiores quando olhamos para a classe C (84%) e para a D/E (92%). 

Investimentos dos brasileiros em 2021
Investimentos dos brasileiros em 2021. Fonte: Anbima.

Expectativa para 2022

A pesquisa também identificou os brasileiros que pretendem continuar investindo em produtos financeiros, não financeiros ou que desejam parar de investir. 

Enquanto cerca de 15 milhões de investidores indicam intenção de migrar para produtos não financeiros ou parar de investir, outros 18 milhões de não investidores sinalizam a intenção oposta. 

A expectativa, portanto, é positiva: um aumento de 2% no total de investidores, o que representa cerca de 3 milhões de pessoas.

Com relação às expectativas para o cenário econômico para 2022, a maioria (59%) dos entrevistados acha que a tendência é de melhora. 

Por classe social, a D/E é a mais otimista: 62% das pessoas desse grupo acreditam na melhora do ambiente econômico. 

Já as pessoas das classes A/B e C são as que mais acreditam que a tendência é a manutenção do cenário: 17% e 15%, respectivamente.

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