O Ministro da Economia, Paulo Guedes, quer privatizar todas estatais brasileiras.
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No final de agosto, o Governo Federal anunciou uma lista com 17 empresas estatais que serão privatizadas:
- Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF);
- Dataprev (Fornecedora de soluções de tecnologia da informação);
- Casa da Moeda;
- Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasaminas);
- Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) em Porto Alegre;
- Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU);
- Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp);
- Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp);
- Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa);
- Correios;
- Eletrobras;
- Empresa Gestora de Ativos (Emgea);
- Lotex (Loteria Instantânea Exclusiva);
- Porto de São Sebastião;
- Serpo (Serviço Federal de Processamento de Dados);
- Trensurb (Empresa de Trens Urbano de Porto Alegre/RS);
- Telebras.
Destas empresas, Eletrobras (ELET6) e Telebras (TELB4) têm ações negociadas na bolsa de valores.
Injeção de Ânimo
Com o anúncio e a privatização de fato, as ações dessas companhias tendem a se valorizar.
Entre os fatores estão a esperada redução de custos, a profissionalização na gestão e a visão estratégica de negócio.
Isso traz perspectivas positivas e influencia nos ânimos dos negócios na bolsa de valores.
“Vamos desindexar, desvincular e desobrigar todas as despesas de todos os entes federativos”, afirmou Paulo Guedes ao se referir às privatizações e às próximas etapas que virão.
O processo de privatização e o programa de concessões injetará na economia brasileira uma soma de R$ 208 bilhões em investimentos até 2022.
O Processo
Apesar das expectativas, ainda faltam detalhes sobre o que envolve todas as privatizações desejadas, incluindo o prazo final.
Em média, uma privatização leva em torno de 1 ano e meio para ser concluída.
Apressar esse processo é a intenção do Ministro da Economia.
Essa foi uma das razões por que a lista contendo as 17 empresas foi divulgada de uma vez só pelo Palácio do Planalto.
Desse grupo, 8 empresas já haviam sido incluídas em programa de privatização existente, no qual outras 9 foram somadas.
O andamento de cada uma delas tem particularidades.
Estas privatizações precisam ser aprovadas pelo Congresso Federal, por exemplo:
- Casa da Moeda;
- Eletrobras;
- Lotex;
- Trensurb.
O Tribunal de Contas da União (TCU) fará uma validação geral do processo também, ainda antes da apreciação pelos deputados e senadores.
Caberá ao BNDES (Banco de Desenvolvimento Econômico e Social) a coordenação de todo processo.
Entre as definições a serem conhecidas estão a dos bancos de investimentos, que farão a assessoria da etapa de venda.
De forma geral, a certeza é de que cada uma das privatizações terá características e peculiaridades a serem respeitadas, o que influenciará o processo como um todo.