Os fundos de infraestrutura (FI-Infra) podem ajudar o investidor a potencializar seus resultados e obter retornos recorrentes.

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Como o próprio nome diz, ao investir em fundos de infraestrutura, o investidor estará emprestando dinheiro para financiar projetos de infraestrutura no Brasil.

Em troca, ele recebe uma remuneração, normalmente atrelada ao IPCA, com isenção de imposto de renda.

O FI-Infra é um tipo de fundo de investimento bastante recente.

Sua regulamentação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) se deu em 2019 e, desde junho de 2020, está disponível ao público em geral através da Bolsa de Valores (B3).

Atualmente, os fundos de infraestrutura contam com cerca de R$ 6 bilhões sob gestão, um valor pequeno considerado o estoque de R$ 200 bilhões em debêntures incentivadas.

Mas o fácil acesso ao investidor pessoa física a esses investimentos e a isenção de Imposto de Renda, fazem com que a indústria de FI Infra ainda tenha muito espaço para crescer.

Conheça mais dos Fundos de Infraestrutura e se vale a pena investir.

O que são os Fundos Infraestrutura (FI-Infra)?

O Fundo Incentivado de Investimento em Infraestrutura (FI-Infra) é um fundo de investimento que capta recursos para investir em ativos relacionados à infraestrutura. 

Por meio do FI-Infra, o investidor tem acesso a uma cesta de ativos, por exemplo, debêntures incentivadas, que financiam projetos de infraestrutura no país, como empresas de setores como energia, saneamento básico, rodovias, telecomunicações, transporte, entre outros.

Todo Fundo de Infraestrutura possui um regulamento que, dentre outras disposições, determina a política de investimento do fundo, que é considerado um ativo de renda variável.

Estes fundos operam sob a forma de condomínio fechado, ou seja, não é possível resgatar as cotas antes de decorrido o prazo de duração do fundo. 

Entretanto, o investidor pode negociar a venda de suas cotas na B3, no mercado secundário.

Onde investem os Fundos de Infraestrutura

Um FI-Infra deve investir pelo menos 85% do patrimônio líquido em ativos de infraestrutura.

Esses fundos podem aplicar em Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e, principalmente, em debêntures incentivadas, que são títulos de dívida de empresas privadas do setor.

Os principais setores de atuação desses fundos são: transmissão de energia; saneamento básico; geração de energia renovável; rodovias, portos e aeroportos e telecomunicações.

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Tipos de Fundos de Infraestrutura

Os fundos de Infraestrutura FI-Infra facilitaram o acesso aos investidores em geral para empresas do setor de infraestrutura.

Como, por exemplo, as debêntures com alta rentabilidade e risco controlado, que não são acessíveis aos investidores pessoa física, mas estão nas carteiras dos FI-Infra.

Além desse fundo, existe ainda o FIDC-Infra e FIP-IE que são apenas para investidores qualificados, ou seja, investidores que possuem mais de R$ 1 milhão investidos.

  • (FI-Infra) – Fundos de Investimento em Infraestrutura;
  • (FIDC-Infra) – Fundos de Investimento em Direitos Creditórios de Infraestrutura;
  • (FIP-IE) – Fundos de Investimento em Participações de Infraestrutura.

Vantagens do FI-Infra

Os fundos de infraestrutura proporcionam ao investidor uma carteira diversificada e selecionada por profissionais. Além disso, conta com o incentivo da isenção de imposto de renda.

Embora seja um ativo novo, existe um cenário favorável para o setor de infraestrutura, pois a maioria das companhias possuem receitas corrigidas pela inflação e estão inseridas em um setor regulado, estável e previsível para retornos no longo prazo.

Isenção de imposto de renda nos rendimentos e ganho de capital

Entre as principais vantagens dos FI-Infra está a isenção de imposto de renda sobre os rendimentos e ganho de capital para o investidor pessoa física.

Mesmo que os dividendos virem a ser tributados, os FI-Infra provavelmente seriam poupados, assim como as debêntures incentivadas, visto que o segmento é necessário para o crescimento do país.

Maior liquidez

O FI-Infra facilita o acesso às debêntures incentivadas e aumenta a liquidez, já que os fundos têm negociação diária na bolsa. 

Gestão profissional na seleção de ativos

Com os fundos, é possível diversificar os investimentos e investir em ativos contando com a expertise de profissionais na seleção dos produtos. 

Renda mensal recorrente

De forma semelhante como acontece com os Fundos Imobiliários, o FI-Infra também oferece ao investidor a vantagem de remuneração mensal.

Desvantagens do FI-Infra

Por serem produtos novos no mercado, os FI-Infra não possuem um histórico de desempenho no qual o investidor pode se basear.

Como são poucos produtos, atualmente existem apenas dez ativos negociados na B3, o volume negociado diariamente é baixo e pode haver um spread. 

Ou seja, a diferença entre o preço de compra e venda das alíquotas.

Com desvantagem, também é preciso considerar as taxas que podem ser encontradas, como taxas de administração e performance.

FI-Infra listados na B3

De acordo com a B3 (B3SA3), a Bolsa brasileira, existem dez Fundos de investimento em infraestrutura (FI-Infra) listados até o momento. São eles:

  • BDIF11 - BTG PACTUAL DÍVIDA INFRA FIC. FDO. INC. IE. RF. CP
  • BIDB11 - INTER INFRA FIC INFRA RENDA FIXA CRÉDITO PRIVADO
  • BODB11 - BOCAINA INFRA - FDO INV COTAS FDO INV INFRA RF CP
  • CPTI11 - CAPITÂNIA INFRA FDO. INV. FDO. IE. RF. CRED. PRIV.
  • IFRA11 - ITAÚ FDO INV COTAS FDO INCENT DE INV INFR. RF CP
  • JURO11 - SPARTA INFRA FIC FI INFRA RENDA FIXA CP
  • KDIF11 - KINEA INFRA - FDO INV COTAS FDO INC. INV INF RF CP
  • OGIN11 - ÓRAMA FIC DE FUND INCENT DE INV INFRAESTRUTURA RF
  • RBIF11 - RIO BRAVO ESG FIC INFRA RENDA FIXA CRÉDITO PRIVADO
  • XPID11 - XP FDO INV. COTAS FDO INC. INV. EM INFR. R. FIXA

Vale a pena investir em Fundos de Infraestrutura?

O FI-Infra pode ser uma alternativa importante de alocação de ativos pois permite ao investidor se expor de maneira mais barata, diversificada e com liquidez quase que diária, a um setor importante.

Além disso, os fundos de infraestrutura apresentam benefícios fiscais atrativos e podem entrar na sua estratégia de renda passiva, pois alguns realizam a distribuição de dividendos e ganho de capital.

Como qualquer outro investimento, cabe avaliar o seu perfil de investidor, ter uma boa estratégia de investimentos e diversificação da carteira.

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