A Linx (LINX3) divulgou nesta terça-feira (1) fato relevante informando que a Stone reviu os termos da sua oferta de fusão de operações.

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A decisão ocorre após críticas de acionistas minoritários da Linx, que viam no pacote de não remuneração para os fundadores da companhia uma espécie de “prêmio de controle disfarçado”.

Novos termos

Na nova proposta, os acionistas da Linx receberiam R$ 35,10 por ação, de R$ 33,7625 na oferta original.

Os novos termos preveem R$ 31,56 em dinheiro e 0,0126774 ação classe A da Stone.

Isso representa um prêmio de 47% em relação à média móvel de 60 dias da ação da Linx.

Em valores absolutos, a nova proposta é de R$ 6,284 bilhões, ante R$ 6,044 bilhões da oferta original.

A Stone também reviu os termos do pacote de não competição com os fundados da Linx, Alberto Menache, Nércio Fernandes e Alon Dayan, além do contrato de trabalho de Menache, que continuaria na empresa resultante da fusão por um ano.

Os valores do 'non compete' foram reduzidos, mas o prazo passou de três para cinco anos.

O non compete de Menache será de R$ 19 milhões por ano, mais o salário de R$ 5 milhões no primeiro ano.

Para Fernandes, o pacote de não competição será de R$ 15 milhões por ano, e para Dayan, de R$ 3 milhões por ano.

A Stone também reviu os termos da multa que as partes podem ter de pagar uma a outra em algumas situações nas quais o acordo não seja fechado.

A multa passou de R$ 605 milhões para R$ 453,75 milhões.

A multa para o caso de o acordo não ser aprovado pela assembleia de acionistas da Linx passou de R$ 151 milhões para R$ 112,5 milhões.

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Visões sobre os termos

Segundo a Stone, a revisão dos termos da oferta ocorre após sugestões de certos acionistas da Linx, os conselheiros independentes da companhia e também seus fundadores.

A credenciadora diz ainda que a nova proposta foi aprovada pelos conselheiros independentes.

“Nós acreditamos que a proposta revisada melhora a atratividade da nossa transação e resolve sugestões trazidas pelos stakeholders”.

A Linx, por sua vez, ressaltou no fato relevante, que a negociação do aditivo ao acordo de associação foi conduzida exclusivamente pelos membros independentes do conselho, auxiliados pelos assessores financeiros da companhia e por assessores jurídicos especialmente contratados.

“A assinatura do aditivo foi aprovada pelos membros independentes do conselho em reunião realizada nesta data, com abstenção de voto dos acionistas fundadores da Linx, inclusive para endereçar sugestões apresentadas por acionistas da companhia”.

Sobre a oferta rival feita pela Totvs (TOTS3) em 14 de agosto, com prazo de validade de 30 dias, os conselheiros independentes da Linx dizem que estão realizando reuniões e tratativas, incluindo sobre a definição do cronograma e das condições negociais para implementação do negócio proposto.

“Diante de tais fatos, os membros independentes do conselho de administração da Linx entendem que ainda carecem de elementos importantes para ter uma melhor compreensão de todos os benefícios e riscos da proposta da Totvs e, com base nisso, apresentar aos acionistas sua recomendação a este respeito”.

A Linx diz que os conselheiros independentes continuarão, em conjunto com seus assessores financeiros e jurídicos, interagindo com a Totvs para a melhor compreensão e análise dos benefícios e riscos da operação e o encaminhamento da proposta.

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Fonte: Valor Econômico