O que é Heterodoxia

Heterodoxia é um conceito do campo de estudos da economia que aborda teorias e conceitos do mercado econômico. 

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Nos estudos de economia, as teorias econômicas são classificadas em ortodoxa e heterodoxa, são ideias opostas de pensamento e de análise. 

A economia heterodoxa reúne teorias econômicas como economias feministas, marxiana, austríaca, pós-keynesiana e entre outras. 

Há especialistas que entendem a economia heterodoxa como uma estrutura histórico-social-institucional e a ortodoxa como de equilíbrio-racionalidade-individualismo. 

Dessa forma, há uma certa oposição entre as teorias econômicas ortodoxa e heterodoxa.

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História da Heterodoxia

A teoria heterodoxa surgiu como uma oposição à revolução neoclássica que ocorreu na década de 1870. 

De lá para cá a teoria foi se desenvolvendo e reunindo diversos defensores e em determinados momentos da história mundial seu papel foi fundamental como meios de saída de crises como foi o caso da Grande Depressão de 1929 nos EUA. 

Como funciona a Heterodoxia

Existem várias teorias que são classificadas como heterodoxa e elas, em geral, rejeitam a economia neoclássica que defende a racionalidade dos agentes econômicos, ou seja, é o principal conjunto de teorias que divulga a oferta e demanda. 

A teoria neoclássica da economia surge no fim do século XIX, e tem como principal argumento que o próprio mercado tende ao equilíbrio. 

Em contrapartida às teorias heterodoxia se opõe a ideia de que os seres humanos tomam decisões econômicas com o objetivo de maximizar o prazer ou utilidade, sendo esse um dos pilares da economia ortodoxa. 

Outro ponto criticado pela economia heterodoxa é o equilíbrio de mercado (oferta e demanda) que para eles há momentos em que a microeconomia não consegue por si só se regular. 

A crítica aos mercados de trabalho também é um ponto de discordância entre as teorias. Na heterodoxa critica-se a exploração da mão de obra e de recursos naturais como forma de ganho de capital. 

Escolas Heterodoxas

Para o campo da economia as escolas heterodoxas são:

  • Economia feminista: foco da mulher em suas funções dentro da economia que muitas vezes são entendidas como ações não sendo valorizada. 
  • Economia marxista: advindo dos pensamentos de Karl Marx, que critica a estrutura do capital, mercados de trabalho, mercadoria e da mais-valia.
  • Economia ecológica: acredita no alinhamento entre a produção e capital a manutenção e preservação dos recursos naturais. Se opondo também a forma de exploração desses recursos para o ganho de capital.
  • Economia institucionalista: tem como pensamento a centralização econômica das instituições financeiras.
  • Economia pós-keynesiana: baseada nas ideias de John Maynard Keynes que acredita no papel da moeda, da especulação financeira e defende a intervenção estatal na economia. 
  • Economia Austríaca: tem foco na organização espontânea do mecanismo de preços e defende a mínima intervenção nas transações comerciais. 

Sendo essas as principais escolas econômicas que são classificadas como heterodoxas.

Escolas Ortodoxas

As escolas ortodoxas se aproximam dos pensamentos da teoria neoclássica, acreditando no equilíbrio do mercado em pleno emprego, no conjunto de princípios do liberalismo econômico e divulgador de teorias bem conhecidas como a mão invisível entre outras. 

Dentro dessa escola encontram-se teóricos como Adam Smith, Thomas Malthus, David Ricardo e Jean-Baptiste Say, idealizador da Lei de Say (Lei dos Mercados) que acreditava na ideia de compra de produtos sem o seu domínio de produção. 

No mundo globalizado em que vivemos hoje em dia, algumas teorias heterodoxas não são adotadas por completo, mas podem ser usadas como medidas de mitigação de crises em que o mercado demoraria algum tempo para se autorregular.

No mercado financeiro, as teorias neoclássicas são aplicadas nos mais diversos mercados como a bolsa de valores, fundos de multimercados. Enquanto no Estado brasileiro a economia pode sofrer algumas alterações de teorias ora mais heterodoxa ora mais ortodoxa, dependendo mais da opinião política dos governantes do que de outros fatores.