O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (15) que pode desistir da criação de um novo imposto sobre transações digitais, nos moldes da antiga CPMF.

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A questão em debate está no âmbito da Reforma Tributária, que tem influenciado nas perspectivas dos investidores sobre o quadro fiscal do Brasil.

Em entrevista à CNN Brasil, Guedes disse que o novo imposto não bancará “de jeito nenhum” o Renda Cidadã, programa em estudo para substituir o Bolsa Família.

“Não tem aumento de imposto, não existe aumento de imposto”, reforçou Guedes.

Segundo o ministro, o imposto só existiria se fosse pra desonerar a folha de pagamento.

"Talvez nem precise, talvez eu desista”, afirmou Guedes.

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A desoneração da folha de pagamento atinge atualmente mais de 6 milhões de trabalhadores de 17 setores.

A medida vale até o final do ano.

Sua ampliação até 2021 foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro no início de julho, mas o Congresso ameaça derrubar esse veto.

A desoneração é considerada por alguns como fundamental para a criação de empregos e assim ajudar na recuperação econômica por conta da crise provocada pela pandemia do coronavírus.

Com a medida, as empresas podem substituir a contribuição previdenciária de 20% sobre os salários por uma taxa menor sobre a receita bruta.

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Ontem, porém, Guedes havia defendido a criação do imposto sobre transações e acusou a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) de ser contra a iniciativa “porque quer beber água onde os bancos bebem”.

“Eu acho que os bancos vão acabar usando também. Porque os bancos já cobram uma CPMF hoje".

"A Febraban é que mais subsidia e paga todos os economistas brasileiros para dar consultoria contra esse imposto, mas a Febraban está fazendo isso porque querem beber água onde os bancos bebem", alegou durante o 10º Seminário de Administração Pública e Economia, promovido pelo IDP.

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Fontes: Estadão e UOL