O que é fundo restrito?

Fundo restrito é um fundo de investimento criado para atender um público bem específico, havendo uma restrição maior quanto à quantidade de cotistas que podem participar.

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Esse tipo de fundo de investimento pode ser construído para atender os interesses de um grupo, como uma família, funcionários de uma organização ou investidores qualificados.

Para deixar claro, investidores qualificados são aquelas pessoas que têm mais de R$1 milhão disponíveis para investimentos.

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Como funciona um fundo restrito?

Um fundo restrito pode restringir a entrada de novos investidores a partir da exigência de alguns requisitos.

Esses requisitos podem ser a exigência de ser participante de um grupo (família, organização, grupo de amigos, etc), a imposição de valores elevados para as cotas, ou uma combinação dessas duas formas.

No mais, os fundos restritos funcionam como qualquer outro tipo de fundo de investimento.

O dinheiro aplicado dos investidores são somados em um conjunto único e administrado por um gestor, que decidirá a estratégia do fundo e quais ativos serão comprados. 

Os fundos restritos também devem ser regulamentados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que é o órgão que fiscaliza o mercado financeiro e de capitais do Brasil.

Cada fundo de investimento restrito apresenta ainda uma regulamentação própria, com regras definidas quanto à sua forma de operação.

As regras do fundo devem constar os objetivos a serem perseguidos, os tipos de ativos que deverão compor a carteira, o nível de risco, e os custos cobrados para os participantes.

Os fundos restritos podem investir em vários tipos de ativos, como: ações, títulos de renda fixa, cotas de outros fundos, derivativos, câmbio, entre outras coisas mais.

Os fundos também precisam apresentar uma estrutura administrativa profissional e transparente, contando com um gestor e administrador.

O gestor é quem decide a estratégia e os ativos a serem comprados e vendidos, enquanto que o administrador será responsável pelo trabalho administrativo e burocrático para que o fundo funcione corretamente.

Como os fundos restritos podem conter poucos participantes, o que facilita o trabalho burocrático, pode ocorrer da gestão e administração serem feitas por uma mesma pessoa ou instituição.

Vantagens de investir em um fundo restrito

A principal vantagem dos fundos restritos se deve à capacidade de selecionar investidores com um perfil semelhante, o que diminui os conflitos de interesses.

Os fundos comuns apresentam uma infinidade de investidores com perfis diferentes, o que pode gerar dificuldade para o fundo, pois muitos irão pedir resgate em momentos diferentes.

Dessa forma, os fundos comuns precisam ter uma quantidade significativa dos recursos em ativos líquidos, e que rendem pouco e comprometem a rentabilidade total do fundo.

Isso não é problema para os fundos restritos, pois os participantes tendem a ter um perfil mais homogêneo, o que facilita o gestor em administrar a alocação dos ativos.

Dessa forma, os fundos restritos tendem a ter possibilidades maiores de rentabilidade, pois a estratégia é feita de maneira personalizada, ajustada ao perfil dos participantes.

Outra vantagem de um fundo restrito é que, ao exigir a criação de um CNPJ, há a possibilidade de acesso a produtos que não estão disponíveis para pessoas físicas, ampliando a gama de oportunidades.

Por fim, os fundos restritos permitem economias tributárias, como o Imposto de Renda. 

Não há incidência, por exemplo, do temido "come cotas", tampouco aplicação de tributos enquanto a movimentação financeira ocorrer dentro do próprio fundo. 

Ainda nessa área, os cotistas possuem o direito de compensação de prejuízo.

Entretanto, é importante lembrar que o Imposto de Renda é cobrado sobre os rendimentos na hora do resgate.

Custos de investir em um fundo restrito

Como todo fundo de investimento, os fundos restritos também cobram taxas de administração e de performance.

Os custos administrativos são cobrados pelos gestores, que devem contratar uma equipe de análise para mapear e analisar todos os aspectos dos ativos que serão comprados e vendidos.

Os custos administrativos dos fundos de investimentos apresentam dois componentes principais:

  1. Taxa de administração: Uma porcentagem do patrimônio do fundo, que geralmente é uma taxa média de 2%;
  2. Taxa de performance: Uma porcentagem dos ganhos, que costuma variar entre 10% a 20% incidido sobre os ganhos que excederem um índice de referência (Ibovespa ou CDI).

Além dessas taxas cobradas pelo fundo, o investidor também deverá pagar Imposto de Renda (IR) de 15% sobre os ganhos auferidos com o fundo de investimentos no momento do resgate dos seus recursos.

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