O ex-CEO da Disney (DISB34), Bob Iger, está de volta ao comando da empresa, substituindo Bob Chapek após menos de três anos no comando. 

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O anúncio da mudança repentina na liderança foi feito em um comunicado à imprensa na noite de domingo. A alteração entra em vigor imediatamente, de acordo com a The Walt Disney Company. 

A Disney disse no comunicado que Iger concordou em atuar como CEO da empresa por dois anos, durante os quais trabalhará com o Conselho para encontrar um sucessor.

“O Conselho concluiu que, à medida que a Disney embarca em um período cada vez mais complexo de transformação da indústria, Bob Iger está em uma posição única para liderar a empresa nesse período crucial”, disse Susan Arnold, presidente do conselho da Disney, no comunicado à imprensa da empresa. 

Arnold disse que Iger tem o "profundo respeito" da liderança sênior da Disney e é "muito admirado pelos funcionários da Disney em todo o mundo". 

"Estou extremamente otimista com o futuro desta grande empresa e emocionado com o pedido do Conselho para retornar como seu CEO", disse Iger no comunicado de imprensa da empresa no domingo. 

“Estou profundamente honrado por ser convidado a liderar novamente esta equipe notável, com uma missão clara focada na excelência criativa para inspirar gerações por meio de narrativas ousadas e incomparáveis”, acrescentou. 

Iger, que assumiu o cargo de CEO pela primeira vez em 2005, renovou seu contrato com a Disney várias vezes ao longo dos anos, enquanto a empresa procurava um sucessor em potencial. 

Ele finalmente deixou o cargo de CEO em fevereiro de 2020, pouco antes do início da pandemia de COVID-19, entregando o controle operacional a Chapek, mas permanecendo como presidente executivo até 2021. 

As tensões entre os dois aumentaram durante o último ano de Iger na empresa, informou Claire Atkinson, do Insider, em julho, citando pessoas familiarizadas com o pensamento de Iger.

O retorno de Iger à Disney ocorre depois que a gigante do entretenimento divulgar um péssimo relatório fiscal do quarto trimestre há apenas duas semanas. 

A empresa registrou uma perda operacional de US$ 1,47 bilhão - mais do que dobrando em relação ao ano anterior - em seu segmento direto ao consumidor, que inclui o Disney+. 

O preço das ações da empresa despencou 13% em um único dia após o relatório de lucros, levando as ações a uma mínima de 52 semanas. 

Em 11 de novembro, Chapek disse aos líderes da divisão em um memorando interno que a empresa estava planejando o congelamento de contratações e cortes de empregos, informou a CNBC.

Esta foi a última de uma série de notícias negativas com as quais Chapek teve que lidar desde que assumiu o cargo de CEO. 

No início de 2022, Chapek enfrentou críticas sobre a falta de resposta inicial da Disney sobre o projeto de lei "Don't Say Gay" da Flórida e irritou os fãs depois de aumentar os preços nos parques da Disney. 

Em julho, a atriz Scarlett Johansson processou a Disney por violar seu contrato depois que a empresa lançou simultaneamente seu filme "Viúva Negra" em sua plataforma de streaming Disney+ e nos cinemas, o que, segundo ela, afetou seu salário. Os dois chegaram a um acordo em outubro.

Já havia especulações sobre se a Disney manteria Chapek depois que seu contrato inicial expirasse em fevereiro de 2023. Mas a Disney estendeu o mandato de Chapek em junho com um novo contrato até julho de 2025. 

Desde a saída de Iger da Disney, observadores da empresa e do setor especularam sobre seu possível retorno como CEO, mas ele repetidamente descartou a ideia. 

Em 2021, ele disse à CNBC que estava deixando a empresa em parte porque havia se tornado "confiante demais" e menos tolerante com as opiniões alheias.

Em uma entrevista em janeiro com Kara Swisher para seu podcast "Sway", Iger chamou a ideia de voltar à Disney como CEO "ridícula", acrescentando: "Você não pode voltar para casa. Eu fui embora".

Erik Gordon, professor da Ross School of Business da Universidade de Michigan, chamou o retorno de Iger ao cargo de CEO de "a maior reviravolta desde que [Steve] Jobs retomou a Apple".

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Fonte: Business Insider