O dólar passava a trabalhar próximo da estabilidade contra o real nesta terça-feira, depois de ter subido mais cedo.

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Com a força da divisa norte-americana no exterior dividindo atenções com a ata da última reunião de política monetária do Banco Central do Brasil.

Às 10:13, o dólar avançava 0,05%, a R$ 5,5217 na venda, depois de ter chegado a subir 0,59% na máxima do dia, a R$ 5,5515. O dólar futuro de maior liquidez ganhava 0,19%, a 5,520 reais.

A alta apresentada mais cedo foi reflexo do avanço de cerca de 0,3% apresentada pelo índice do dólar contra uma cesta de pares fortes e da valorização da moeda norte-americana frente a peso mexicano, peso chileno, rand sul-africano e dólar australiano, divisas consideradas arriscadas.

Nesta manhã, vários analistas citavam a notícia de que a China sofreu sanções de grandes economias por abusos de direitos humanos e a desvalorização da lira após a demissão do presidente do banco central da Turquia como fatores de impulso para o dólar e pressão para divisas emergentes ou ligadas a commodities.

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Além disso, a forte disseminação da Covid-19 na Europa ficava no radar, depois que a Alemanha prorrogou um lockdown nacional que já dura meses até o dia 18 de abril.

Por outro lado, chamava a atenção a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil.

O documento, divulgado nesta terça-feira, mostrou que a decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual na última semana e indicar outra alta do mesmo valor para maio levou em conta os riscos fiscais de curto prazo em meio ao recrudescimento da pandemia no país e preocupações com a desancoragem das expectativas para a inflação.

A avaliação do Copom é de que o cenário básico para a alta dos preços, com forte crescimento nos últimos meses e piora das expectativas para a inflação, já recomendaria o início de um processo de normalização "parcial" das taxas de juros.

"O ponto relevante, a nosso ver, é que o discurso do BC, a despeito de fazer menção a uma normalização parcial, antevê uma recuperação mais forte da atividade econômica no segundo semestre e enxerga menor ociosidade no mercado de trabalho e riscos fiscais assimétricos sobre a inflação, compatíveis com a percepção de maior juro neutro na economia", escreveram analistas do Bradesco (BBDC4).

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O baixo patamar da taxa Selic -- que até a semana passada estava numa mínima histórica de 2% -- foi apontado como um dos principais motivos para a forte desvalorização do real no último ano.

A perspectiva de elevação de juros pode favorecer a moeda brasileira, uma vez que o maior diferencial de juros entre o Brasil e outros países tornaria rendimentos domésticos mais atraentes, possivelmente atraindo mais capital estrangeiro.

Na véspera, o dólar à vista fechou em alta de 0,64%, a R$ 5,5190 na venda.

O Banco Central anunciou para esta sessão leilão de swap tradicional para rolagem de até 16 mil contratos com vencimento em dezembro de 2021 e abril de 2022.

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Fonte: Reuters.