O que é custo marginal?

Custo marginal é a variação no custo total ao optar por produzir uma unidade adicional de determinado bem. 

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O objetivo de analisar o custo marginal é determinar em que ponto uma organização deve produzir para maximizar seus lucros. 

Basicamente, a maximização ocorrerá quando o custo marginal de produção se igualar ao preço por unidade do produto, ou a receita marginal. 

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Entendendo o custo marginal

Para calcular o custo marginal deve-se dividir a variação nos custos de produção pela variação da quantidade produzida. 

Custo marginal = (variação do custo total) / (variação da quantidade)

O custo marginal é um conceito econômico, muito utilizado em microeconomia para definir qual será a quantidade de produto que uma determinada indústria irá produzir.

A regra básica é que, caso o gestor seja racional, ele irá sempre produzir até o ponto em que o custo marginal não ultrapasse a receita marginal.

A receita marginal é a receita adicional que se ganha ao produzir uma unidade adicional de produto.

Pela lógica, temos que a maximização ocorrerá quando a receita marginal for igual ao custo marginal

Isso porque, caso o custo marginal seja maior que a receita marginal, é sinal que o esforço gasto para aumentar a produção gerará mais gastos do que ganhos.

Se a empresa insistir em aumentar a produção nestas condições, passará a ter queda de lucro e, com o tempo, até mesmo prejuízo.

Já se a receita marginal for maior que o custo marginal, significa que a empresa tem espaço em termos de estrutura para aumentar sua produção e também seus ganhos financeiros

Comportamento do custo marginal

Entender o comportamento do custo marginal é um dos principais fatores para planejar a estratégia de atuação de uma companhia.

O custo marginal irá se comportar de diferentes formas, a depender da estrutura da empresa e do setor que ela estiver inserida.

Por exemplo, geralmente em empresas pequenas, que estão inseridas em setores bastante competitivos, têm a tendência de haver um custo marginal crescente.

Ou seja, a partir de um certo nível de produção, quanto mais uma dessas empresas aumentarem sua produção maior será a variação do custo de produção.

Neste caso, teremos uma curva de custo marginal ascendente, ou seja, positivamente inclinada.

Já em situações em que se verifica uma indústria com economia de escala, o custo marginal se comporta diferente.

Isso porque, em setores com economia de escala, os custos vão caindo quanto mais se produz. Logo, o custo marginal é decrescente até chegar a zero.

Um grande exemplo disso são as empresas que trabalham no meio digital, em que o produto ou serviço pode ser replicado infinitas vezes, sem custo adicional nenhum para o produtor.

Quando isso acontece é sinal que a empresa não tem barreiras internas para expandir sua produção.

Sempre que o mercado demandar unidades adicionais de produto a companhia poderá atender sem que a variação do custo se torne um empecilho. 

Exemplo para custo marginal

Os custos de produção consistem em custos fixos e custos variáveis. 

Os custos fixos não mudam com o aumento ou diminuição dos níveis de produção, de modo que o mesmo valor pode ser diluído com o aumento da produção. 

Os custos variáveis ​​referem-se aos custos que mudam com níveis variáveis ​​de produção, de modo que os custos variáveis ​​aumentarão quando mais unidades forem produzidas.

Vejamos com um exemplo como podemos interpretar o custo marginal.

Consideremos uma fábrica de sapatos. 

Cada sapato produzido requer R$7,50 de plástico e tecido. Plástico e tecido são custos variáveis. 

A fábrica de sapatos também incorre em custos fixos de R$10 mil por mês. 

Se a empresa fizer 500 sapatos por mês, cada um custará, em termos de custo fixo, R$20,00 para ser feito (R$10 mil / 500 sapatos). 

Neste exemplo simples, o custo total por sapato seria de R$27,50 (R$20 custo fixo por unidade + R$7,50 de custos variáveis).

Se a fábrica aumentasse o volume de produção e produzisse 1.000 sapatos por mês, cada sapato custaria R$10,00 de custos fixos (R$10.000 custos fixos totais / 1.000 sapatos).

Dessa forma, o custo total por sapato cairia então para R$17,50 (R$10,00 de custo fixo por unidade + R$7,50 de custos variáveis). 

Nessa situação, o aumento do volume de produção faz com que os custos marginais diminuam.

Se a fábrica de sapatos não conseguisse mais unidades de produção com o maquinário atual, o custo de adicionar uma máquina adicional precisaria ser incluído no custo marginal de produção. 

Suponha que o maquinário e o cômodo da fábrica só pudessem lidar com 1.499 unidades. 

A 1.500ª unidade exigiria a compra de uma máquina adicional de, por exemplo, R$ 5 mil, e a expansão do cômodo da fábrica. 

Nesse caso, o custo da nova máquina e da expansão do galpão deverão ser considerados no cálculo do custo marginal de produção.

A partir de então, o custo marginal iria subir. Se valerá a pena ou não fazer isso, dependerá da receita adicional obtida com a venda de mais sapatos.