O que é custeio?

Custeio é o conjunto de formas que os administradores de empresas utilizam para levantar os custos de produção dos bens e serviços oferecidos ao mercado. 

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Os métodos de custeio fazem a gestão do custo unitário de um produto.

É a partir do custeio que é possível definir a precificação, realizar a análise de desempenho financeiro e o cálculo de rentabilidade da empresa. 

Entender o preço unitário de cada produto é importante para que a empresa possa saber onde atuar para ajustar onde está se gastando mais e o que fazer para maximizar os lucros.

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Para que serve o custeio?

Muitas empresas, principalmente as industriais, costumam produzir mais de um produto.

Quanto maior é a variedade de produtos fabricados, maior é a complexidade na mensuração dos custos, diretos ou indiretos envolvidos em cada um.

Pode acontecer de uma empresa estar lucrando quando se analisa as receitas e custos gerais, mas isso não garante que ela está tendo lucro em cada um dos produtos fabricados.

Ou seja, pode acontecer de apenas uma pequena fração dos produtos está dando lucros, enquanto os demais estarem dando prejuízo.

Neste caso, seria mais racional mudar a forma de produzir estes produtos que têm custos elevados, ou mudar seus preços de vendas, ou ainda optar por não produzi-los mais.

É a partir dessas possibilidades e da necessidade de tentar sempre maximizar os lucros é que os métodos de custeio se fazem necessários.

Os métodos de custeio permitem ao gestor ter uma visão mais precisa e detalhada sobre cada parte da empresa.

Assim, entender como funciona cada método e saber aplicá-los à gestão do negócio é fundamental para que se tome a melhor decisão.

Como funciona o custeio?

Existem vários tipos de métodos de custeio usados no mercado, sendo os principais: 

  1. Custeio Variável;
  2. Custeio por absorção;
  3. Custeio ABC (baseado em atividades)
  4. Custeio UEP;
  5. Custeio Padrão.

Diante disso, os gestores financeiros devem analisar bem as características do negócio e, assim, escolher a opção de qual método utilizar.

Isso porque cada método tem seus pontos fortes e fracos, sendo cada um mais adequado para situações diferentes.

Vejamos um pouco sobre cada tipo de método de custeio.

Custeio variável

O método de custeio variável tem uma aplicação mais simples e objetiva. Ele é aplicado a partir da separação dos custos em custos variáveis e custos fixos.

Os custos variáveis são os custos que variam conforme o volume de cada produto fabricado. 

Já os custos fixos são aqueles que se mantêm constantes independentemente do volume de vendas. 

O método de custeio variável separa os custos fixos e variáveis e considera somente os últimos no processo de precificação.

A vantagem do custeio variável é que  o custo do produto é mensurado de maneira mais simples e objetiva. 

Outra vantagem é que não há interferência de fatores que podem gerar distorções.

Por exemplo, alterações de estoque ou equivalentes não impactam no cálculo do custo unitário mensurado pelo método de custeio variável.

Por isso o planejamento é feito com mais clareza e a tomada de decisões ganha precisão. 

Entretanto, o método de custeio variável apresenta algumas desvantagens.

A primeira é que a negligência dos custos fixos no processo de precificação pode gerar distorções que podem interferir no real conhecimento do custo de um determinado produto. 

No geral, o método de custeio variável tende a ter realizar uma subavaliação dos custos. 

Em suma, o custeio variável pode ser interessante para tomada de decisões a curto prazo. 

Entretanto não é o mais indicado para o longo prazo, por negligenciar fatores que podem gerar impactos importantes.

Custeio por absorção

O custeio por absorção é um dos métodos mais empregados pelas empresas porque é o mais intuitivo, além de atender os princípios fiscais e contábeis.

O método recebe este nome pois “absorve” todos os valores relacionados no custo unitário de cada produto vendido. 

Diferentemente do anterior, aqui o custeio por absorção abrange tanto os gastos fixos quanto os variáveis, diretos ou indiretos. 

Entretanto, ele abrange apenas os valores atrelados aos produtos vendidos.

Neste caso, os custos administrativos, financeiros, de investimentos, dentre outros, não são incorporados.

Custeio ABC

O método de custeio ABC é a sigla para Activity-Based Costing (Custeio Baseado em Atividade).

O custeio ABC rastreia os custos de cada fase das operações realizadas na empresa, verificando como os processos se relacionam e influenciam na geração de receita e no consumo de recursos.

De todos os métodos, o custeio ABC é o mais complexo, pois exige um maior esforço de levantamento e processamento de dados.

Por outro lado, ele tem a vantagem de ser o mais completo, fornecendo informações mais detalhadas para a empresa. 

Custeio UEP

O método de custeio UEP é a sigla para Unidade de Esforço de Produção.

Esse método parte do princípio de que é preciso mensurar e incluir todos os fatores aplicados direta ou indiretamente na fabricação.

O custeio UEP faz uso de uma unidade de medida comum a todos os produtos e processos da empresa.

Com isso, é possível que produtos de diferentes origens sejam mensurados igualmente para a definição de custos.

A vantagem deste método é que a realização de atividades de planejamento e controle de desempenho da produção ganham mais clareza e a análise se torna mais fácil.

O método de custeio UEP também tem a desvantagem de não considerar os gastos administrativos.

Custeio Padrão

O método de custeio padrão estabelece um valor de gasto considerado ideal que deverá ser alcançado pela empresa, em condições de plena eficiência e máximo rendimento.

Esse valor servirá de base para os gestores financeiros compararem os resultados efetivos com os ideias. Caso haja muita diferença entre estes custos, é sinal de que algo deve ser feito.

O método de custeio padrão serve como uma medida de eficiência para o processo produtivo.

Isso porque ele identifica os pontos em que podem ocorrer ineficiências ou desvios de recursos e os toma como base antes da determinação do custo efetivo.

Este método tem a vantagem de permitir identificar se o desempenho da empresa foi melhor ou pior do que o planejado.

Entretanto, por não se basear em aplicações reais, a sua desvantagem se deve ao não conseguir auxiliar a empresa em melhorar a gestão de seus custos.