Nesta quinta-feira (20), a divulgação dos resultados referentes ao segundo semestre (2T20) da Cogna Educação (COGN3) apresentou o forte impacto que a empresa sofreu pela queda de receita e aumento da inadimplência diante dos efeitos da pandemia do coronavírus.

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A companhia informou que, como consequência deste período de isolamento social, alunos antes resistentes ao ensino digital agora preferem um curso híbrido equivalente, por isso aproveitará “para fazer a maior e mais impactante mudança no segmento de ensino superior já conduzida pela empresa”.

A Cogna, que reúne as marcas Kroton, Vasta, Saber e Platos, anunciou que teve prejuízo ajustado de R$ 140 milhões, ante lucro de R$ 267 milhões um ano antes.

A receita líquida caiu 21% na comparação anual, para R$ 1,37 bilhão, refletindo queda do faturamento no ensino superior, a maior evasão dos alunos do ensino infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental, explicou a empresa.

O resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), foi negativo em R$ 139,5 milhões, ante R$ 267 milhões positivos um ano antes, também sob influência de itens ligados à compra da Somos, maior provisão para perdas esperadas com calotes no ensino superior e nos produtos de parcelamento.

A Cogna adotou medidas mais restritivas de rematrícula, evitando que débitos antigos fossem renovados, o que no curto prazo gerou aumento da evasão e das provisões para perdas, mas que “a base remanescente é mais saudável e permite resultados em patamares mais sustentáveis no longo prazo”, disse a empresa.

A empresa decidiu ainda encerrar a oferta de Parcelamento Especial Privado (PEP) nos processos de captação de alunos a partir de 2021.

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Fonte: Reuters